| Oito |

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Sentimento 

e

emoção

Dois nomes semelhantes, não é?

O coração acelera,
os músculos se contraem
ou
o ar parece faltar dos pulmões.
A pele fica rosada,
os olhos arregalados
ou
então você fica em êxtase.

Você chama isso de emoção ou de sentimentos?

Por mais que pensamos que as duas palavras são semelhantes – e tudo bem, parece mesmo – elas não são. E estão em lugares bem diferentes da expressão corporal. Enquanto as emoções podem ser perceptíveis, os sentimentos podem ficar escondidos.

Segundo especialistas e sites: as emoções se referem a uma reação natural. É uma resposta neural para os estímulos externos. Os sentimentos refletem como a gente se sente frente a uma emoção.

Uma pessoa pode viver uma vida inteira e não expressar totalmente os seus sentimentos. Por exemplo: quem passa por uma profunda tristeza, pode perfeitamente comportar-se como se estivesse alegre e nunca revelar sua tristeza. Em casos extremos, pode até tentar enganar a si mesmo, pois passa a agir assim como se fosse normal: triste por dentro; alegre para os outros.

*****

Bianca está muito feliz. De verdade. Fazia anos que ela não conseguia sentir essa sensação. Talvez, ter esbarrado com Rafaella duas vezes, e sair para comer um lanche uma vez, foi o que realmente faltava. E, Bianca, não faz a mínima ideia do porquê disso. Rafaella poderia ser como uma mulher qualquer que Bianca já conversou.

Mas, não, caralho, ela é diferente! Ela não é igual as mulheres que Bianca conversa em alguns bares e festas que estão todos bêbados e drogados. Ela não é daquelas que em apenas alguns minutos de conversa, já estão em um quarto de motel cinco estrelas. Ela gosta de conversar sobre a vida e sobre tudo que envolve ser feliz. Ela fazia Bianca esquecer os problemas, mesmo que em cinco minutos de conversa. Como a própria Bianca prefere: curtir o momento. Não é questão de tempo e sim de conexão. E mesmo que Bianca nunca mais veja Rafaella, será eternamente grata a ela, por ter trago um pouco de luz e cor para sua vida.

Bianca estacionou o carro perto de uma lanchonete ali perto da praia. O céu está incrivelmente lindo: sem nuvens, mas com milhões de estrelas. Tudo parecia estar propício para que a noite seja incrivelmente boa.

— Onde sua amiga está? — Bianca perguntou, guardando a chave do carro na sua bolsa.

A praia estava se esvaziando aos poucos, claro, era domingo, mas já eram quase sete da noite, deveria estar lotada pra caralho durante o dia.

— Na ligação ela falou perto de uma barraquinha que vendia peixes. — Rafaella falou, olhando ao redor.

— Por favor, não diga que ela só disse isso — Bianca falou séria, fazendo Rafaella rir. — Em cada espaço tem alguém vendendo peixe.

— Vou mandar uma mensagem pra ela.

Rafaella pegou o celular, digitando algumas coisas nele. Manoela respondeu alguns segundos depois, dizendo o destino certo. Felizmente, elas não estavam longe. Andaram por alguns minutos até chegar ao local.

Hello. — Rafa cumprimentou a amiga, que estava acompanhada por alguns amigos. Estavam sentados ao redor de duas mesas que foram colocadas juntas.

— Olá, Rafaella Kalimann — Manoela sorriu, vendo Bianca vim logo atrás. Rafaella logo percebeu o sorriso nada inocente da amiga, dando um tapinha disfarçado no braço da mesma. Rafa sentou-se ao lado de Manoela, que puxou uma cadeira para Bianca.

Tudo o que nos uniu || RaBiaOnde histórias criam vida. Descubra agora