Só Segure A Minha Mão

capítulo XX

Desde o coquetel tenho evitado falar com Ana Júlia, conversamos somente o necessário relacionado ao trabalho.

A sua postura confiante me incomoda, pois ela não tocou se quer no assunto, era como se nada houvesse acontecido, em seu olhar não revela nada, sua postura continua a mesma, como sempre foi.

É muito difícil olhar para aquele pedaço de mal caminho, e não poder joga-la em minha mesa e tê-la de novo.
Ela perturba meus pensamentos, ela foi a primeira mulher que não me cobrou nada depois de uma transa, que não me mandou uma mensagem me xingando de todos os nomes possíveis, ou jogando um charme para uma próxima transa.

Nesses últimos dois meses, ela atrapalha meus sonhos, e até mesmo está presente , quando estou com outras mulheres. Tenho saído com uma quantidade absurda de mulheres, e nenhuma delas tem me deixado tão satisfeito como Ana Júlia. Eu fico procurando nas outras alguma coisa parecida, mas aquela loirinha atrevidas é incomparável.
Ela tem o dom de me provocar, sem ela mesmo saber. O simples fato de vê-la sorrindo ou conversando com algum idiota me incomoda tanto, que atrapalha até meu bom humor .
Vê-la suada saindo de suas aulas aeróbicas, me deixa completamente duro, principalmente quando ela está de macacão de academia, que realça cada curva do seu corpo.

O sorriso dela é de outro mundo, e muitas das vezes fico imaginando como seria essa boca atrevida em volta do meu pau. Eu deveria ter aproveitado mais a chance que tive, e ter matado toda minha curiosidade, mas naquele momento o que eu mais queria era me enterrar nela, e foi o que eu fiz, saboreei aquele corpo gostoso.

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Ana Júlia.

Após retornamos da visita ao novo shopping, Max fez a gentileza de me levar até o prédio que seu amigo tinha o Studio, realmente era muito próximo ao trabalho, localização melhor não teria.

_ Luca liberou sua visita , a chave está com o seu Ricardo, quer conhecer o Studio agora?

_ Claro que sim, já estou ansiosa, amei a localização.

Max pegou a chave com o síndico, e subimos para o sexto andar, graças a Deus elevadores existem, porque eu estava muito cansada pra subir tantos degraus.
Ele abriu a porta, e eu fiquei apaixonada pelo que eu estava vendo, era perfeito.
O estúdio era bem maior que minha quitinete, na entrada havia um balcão, com um clocktop, uma pia, um forno embutido e um microondas, ao lado uma geladeira inox, acima alguns armários espelhados rose Gold, em frente outro pequeno balcão composto por três banquetas elegantes.
Mais alguns passos estava lá, a cama dos meus sonhos.
Uma cama box de casal enorme, ao seu lado um armário de duas portas de correr, toda de espelho, e em frente a cama um painel ripado, com um televisor de 47 polegadas.
Ao lado direito da cama estava um banheiro lindo, uma pia escupida em mármore branco, box super moderno, sem portas, e uma parede em destaque totalmente em porcelanato, imitando uma madeira preta, era simplesmente fantástico, algo que todo arquiteto sonharia em ter.
Ao lado esquerdo da cama uma porta de correr dando acesso a uma varanda.

_ Isso é perfeito Max. Quero dizer André.

_ Eu sabia que você iria gostar.

_ Seu amigo tem muito bom gosto, cada centímetro desse lugar foi muito bem aproveitado.

_ Olha a iluminação.

Max apertou o interruptor, me mostrando o quão legal era a iluminação daquele ambiente. Era luzes quentes na cabeceira, azul no teto, e até acima do painel tinha uma iluminação própria deixando, tudo muito harmonioso e único.

_ O valor do aluguel aqui deve custar um rim, André.

_ Tenho certeza que seu salário pode pagar perfeitamente. Ou não estou sendo um bom patrão?

_ Claro que sim André, mas eu sou daquelas, que economiza cada centavinho. Um dia eu quero poder comprar meu próprio espaço, planejar e decorar cada centímetros.

_ Você é uma mulher admirável.

_ Admirável não sei, mas sei que sou igual uma Anja, só falta a auréola.

Max olhou tão intenso, que meu corpo chegou a arrepiar. Deu alguns passos e chegou bem próximo ao meu corpo, deixando minhas pernas adormecidas.

_ Anjo não, você é a Diaba em pessoa.

Disse , se aproximando da minha boca, e me roubando um beijo