Au: peguem os lencinhos, esse capítulo está difícil de ler :( vejam o vídeo!!
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Um cordão de prata ligava minha alma à dela. E nem mesmo os deuses poderiam dar um fim nisso.
Em meio a todo o caos da noite que deveria ser a mais amena do ano, eu pensava em tudo que minha irmã havia passado e em como ela foi forte. Fala sério, perder um filho é uma dor surreal, mas somado ao desaparecimento de uma pessoa amada é... Doloroso demais. Eu sequer consigo achar palavras que transmitam toda a melancolia do momento. Por alguns segundos desejei ter a força e a coragem de Carlie para enfrentar a terrível realidade.
Dês de os primordios de nossa existência meu único instinto era protegê-la. Dividimos o útero apertado de nossa mãe ainda humana, com meus braços envoltos em seu corpo frágil, eu gerenciava nossos movimentos no espaço. O nascimento foi difícil, e eu também me lembro de cada detalhe do fatídico dia, onde a mesma acidentalmente quebrou boa parte das costelas de nossa mãe. Eu saí primeiro, nosso pai precisou tirar meus braços de Carlie, pois eu não queria a largar por nada, sabia o quanto ela estava assustada, foi a primeira vez que temi por sua vida, por não estar mais ao meu alcance. Minha cópia chorou a plenos pulmões ao sentir o ar queimá-los garganta abaixo. E mesmo depois de limpas e vestidas, só conseguíamos ficar abraçadas.
Carlie foi uma criança extremamente agitada, sempre falando e fazendo perguntas. E eu gostava disso, não era de falar muito, mas adorava explorar o mundo ao seu lado.
Pela manhã Carlisle nos soltava na floresta pra pegarmos sol e quem sabe, ela gastar toda a energia acumulada. Mas Carlie odiava a ideia de dormir, era injusto, ela poderia passar tanto tempo brincando, por quê dormir? A mesma costumava se debruçar nos joelhos de nosso pai ou tios, enquanto eles liam algo pra ela, ou ela insistia até que fizessem, mesmo que fosse um livro sobre astrofísica, e assim eles faziam até ela adormecer.
A garota era humana demais, dês de o início percebemos isso. Lembro-me do alívio na face de meu avô ao ver que Carlie enfim havia aceitado algo, uma mamadeira, para se alimentar. A mesma também chupava os dedos o tempo inteiro, estranhamente, o médio e o anelar, isso incomodou minha tia Rosalie, que comprou chupetas. Essa fase era engraçada, o bebê andava pra lá e pra cá com uma na boca e outras duas presas nos dedos. Todos esses adornos davam a ela uma aparência de bebê normal e não uma criatura selvagem, como eu era.
Haviam outras diferenças entre nós, além da alimentação. O tom de seus cabelos e olhos eram mais claros que o meu, Carlie era ruiva, em um tom escuro e lindo, e seus olhos eram uma mistura intensa de castanho mel e verde. "Os olhos de Edward", dizia meu avô. Já eu, possuía um cabelo castanho acobreado, mais escuros, assim como meus olhos. Ela também parecia estar em comunhão eterna com a natureza, fazendo até mesmo parecer que os bichos entendiam e obedeciam a ela. Fascinante saber que todas essas coisas eram dadas apenas por sua aversão ao sangue ou derivados animais. E mesmo com todas as diferenças, eu ainda a queria por perto. Ainda que em nosso silêncio desagradável, era melhor que nada.
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O Inferno De Carlie - (Crepúsculo)
FanfictionE se Bella não estivesse grávida de uma menina, mas de duas? - Conheça a história de Carlie Cullen, que busca descobrir sua identidade e liberdade em meio a guerras e mágoas familiares. Será que ela deixará de lado as dores para lutar por sua... Fa...