+ Bomba relógio +

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Olá, aqui é a autora.

Vim pedir encarecidamente o envolvimento de vocês na história. Sou uma pessoa insegura e as vezes não tenho certeza se estou transmitindo o que quero!!

Por isso peço que se possível, citem trechos, diálogos e pensamentos. Criem teorias! Tudo me ajuda demais. 💞

Dês de já, grata.

Atenciosamente, Nina Lu.
Xoxo

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Minha família, e acima de tudo meu pai, sempre se questionaram sobre o real motivo do meu bloqueio mental. Eu não era um escudo como minha mãe, nem mesmo Eleazar soube dizer.

Lembro-me da infortúnea ocasião em que nos conhecemos, a época das testemunhas. Eleazar soube na hora o que mamãe era, mas quando pôs os olhos em mim, a frustração e o temor tomaram conta de seu rosto. Foi o que quase o fez desistir de estar do nosso lado na campina.

"- Interessante... Não consigo ver, mas, apenas sentir. - Ele dizia a uma certa distância, olhava profundamente em meus olhos, como se tentasse enxergar minha alma. Eu encarava meu próprio reflexo em seus olhos dourados, adorável e calma.

- Não consegue saber? - Meu pai perguntou confuso e logo após olhou pra mim também, como se eu fosse um charada difissílima.

- Não sei o que é, nunca vi algo assim antes. Mas de fato é muito poderoso e... Assustador. - Eleazar estremeceu e deu um passo pra trás, puxando de leve o braço da esposa, Carmen. Meu pai me apertou mais em seus braços e eu segurei seu pescoço. Como poderiam achar que eu faria algum mal a alguém, tudo que eu conhecia era amor.

- Um bebê não fará mal a ninguém, Eleazar. - Tanya disse firme.

- Essa não. - Disse apontando pra Renesmee. - Mas essa...

- O quê? - Meu pai ficou frenético de repente e o clima não era mais o mesmo, algo estava muito errado e é claro que ele sabia.

- É questão de tempo... O que quer que seja, quando vier será como uma explosão. - Ele negava com a cabeça e estreitava os olhos, parecia estar concentrado demais. - A criança é uma bomba relógio, e devem ter cuidado com os fios."

Depois dessa ocasião, tudo o que sabiamos era que eu era como uma contagem regressiva. Não sabíamos o que era ou como iria vir, mas tínhamos medo da destruição que Eleazar previra. Lembro-me dos conselhos que ele deixou, como ter cuidado com meu gênio, pois minha irritação poderia ser um gatilho ou algo assim.

Ao longo de nosso crescimento nossos tios tiveram grande presença em nossas vidas, mas o que mais dispendia tempo comigo era Jasper. Ele achava de extrema importância a arte e a filosofia, tanto que fazia faculdade de noite sobre a matéria. Passávamos horas no mesmo cômodo enquanto ele me lançava perguntas sobre o mundo e a sociedade que não lhe importava de nada. Mas a mim, sim.

"- O que torna um ser humano um criminoso? - Ele perguntou enquanto fazíamos mais uma de nossas gravações.

Alice disse que era importante termos vídeos falando sobre como pensávamos em cada período de nossas vidas. Meras recordações.

- Roubar, matar... - Nessie diz inquieta na poutrona ao meu lado, ela realmente odiava essas coisas.

- Apenas isso? - Tio Jas questiona e ela balançou a cabeça com força, fazendo os cachos voarem. Jasper sorri e olha pra mim, me incentivando a dizer o que pensava. Era difícil pra mim, sempre foi.

- ...Ser pego? - Digo pensativa e escuto meu pai rindo em outro cômodo. Me encolho rindo minimamente, com as mãos sobre a boca.

- É um ótimo raciocínio, Carlie. Sua mente é fascinante. - Tio Jas diz com as sobrancelhas franzidas."

Ele também me acompanhava nas sessões de pintura sobre telas, das quais eu progredi bastante. Esme sempre achava minhas pinturas meio mórbidas. E elas eram, de fato. Sempre sombrias, solitárias e estranhamente, aguardando por um desastre desconhecido.

 Sempre sombrias, solitárias e estranhamente, aguardando por um desastre desconhecido

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(Arte meramente ilustrativa)

Quando não me sentia mais atraída pelas telas Jasper custou a ceder o proprio rosto, mas ele não sabia dizer não, adorava ver até onde minha criatividade e raciocínio me levariam. Foi quando passei a usar cores vivas pra me expressar.

 Foi quando passei a usar cores vivas pra me expressar

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(Arte meramente ilustrativa)

Emmett e Rose também tinham um papel importante pra mim, os treinos. Me manter ocupada e gastando energia era o plano de todos alí, seja testando novas receitas com meu pai ou lendo uma nova série de livros com minha mãe. Tudo deveria ser feito pra me cansar.

Mas com a chegada do meu ciclo mestrual, seis meses após o de minha irmã, tudo saiu de orbita. E de brinde ganhei uma enxaqueca constante, sem pausa. Os acessos de raiva também chegaram nessa época, lembro de ter quebrado a quina da ilha da cozinha após Nessie ter sujado minha calça favorita com cloro.

Foi então que Esme sujeriu yoga. Ficávamos horas fazendo poses e nos equilibrando -facilmente- em silêncio. E toda essa rotina funcionou, até uma ocasião.

Um acontecimento com data e endereço. Mas acima de tudo, um nome.

Neil Perry.

O que nos leva para um próximo período da história, o ensino médio.





Espero que estejam gostando,
até xoxo.

O Inferno De Carlie - (Crepúsculo)Onde histórias criam vida. Descubra agora