Mental

Capítulo 10

Não demorou muito para Harry concluir que todo o progresso que ele e Draco haviam feito foram desfeitos mais rápido do que Vitor Krum poderia encontrar um pomo. Nas horas que se seguiram à briga no Cabeça de porco, Draco o chamou de tudo, de um perdedor a um idiota da Grifinória com cara de merda, além de fazer vários comentários sobre seus modos, moral e a ligação óbvia entre sua terrível personalidade hipócrita e sua falta dos pais.

Em retaliação, Harry o chamou de tudo, de um covarde a um filho-da-puta sonserino mimado, incluindo vários comentários depreciativos sobre sua lealdade e sua necessidade patética de agradar seu pai.

A discussão estava fora de controle quando eles voltaram para Hogwarts e não pararam durante todo o jantar. Harry foi para o Salão Principal, esperando que Malfoy estivesse lá para que ele pudesse socá-lo, mas ele estava ausente de seu grupo de sonserinos que estavam sentados na outra extremidade da mesa. Quando todos saíram, Harry notou que Parkinson tinha um prato de comida na mão, provavelmente levando-o de volta para a sala comunal da Sonserina para Draco. Harry imediatamente o atacou, chamando-o de covarde que nem se atreveria a descer para jantar.

No momento em que foi para a cama, ele irritou Ginny por mal prestar atenção nela no jantar, confundiu Ron, que não conseguia acompanhar onde a atenção de Harry estava focada, e irritou completamente Hermione, que ainda insistia que ele havia reagido exageradamente para o que quer que ele e Malfoy tenham discutido.

Ele não tinha sido capaz de admitir para ninguém porque eles se desentenderam, de qualquer maneira. Ele nunca ficava tão confortável quanto os outros caras quando falavam sobre sexo e outras coisas, mesmo quando eles estavam apenas brincando no dormitório. Parte disso se devia ao fato de a irmã de Ron ser sua namorada, e o resto ... bem, ele simplesmente não entendia. Brincar sobre seios e fazer comentários obscenos simplesmente não era algo que ele tinha superado.

E até imaginar contar a Hermione sobre sua pequena indiscrição ... O pensamento o fez querer se jogar do topo da Torre da Grifinória. Era quase tão ruim saber que Malfoy potencialmente sabia sobre o que ele tinha feito. Ele estava temendo o dia seguinte, imaginando se Malfoy decidiria se vingar anunciando que sabia tudo sobre os hábitos masturbatórios de Harry, recontando a história em detalhes excruciantes para quem quisesse ouvir. Harry quase teve um ataque quando Ginny perguntou casualmente com que frequência ele fazia isso - qual era a resposta certa para aquela porra de pergunta quando sua namorada perguntou, afinal? - e ele suspeitou que teria um ataque completo se Malfoy lhe perguntasse algo semelhante.

Sob tudo o mais que ele estava sentindo, havia uma forte corrente de culpa. Ele não tinha a intenção de atacar Malfoy, ele realmente não tinha; as palavras simplesmente escaparam antes que ele pudesse pensar racionalmente. Ele tinha ficado tão envergonhado e, em outro nível, envergonhado. O tópico de sexo e todas as atividades relacionadas era realmente desconfortável para Harry; ele estava bem ciente de sua inexperiência e como ele simplesmente não parecia apreciar isso no mesmo nível que os outros caras. Ele não queria ninguém, muito menos Malfoy, investigando aquela parte de sua vida, e descobrindo sobre sua lamentável falta de experiência e seu corpo estúpido que não parecia muito preocupado em ganhar essa experiência. Ele não sabia qual seria o menor dos dois males; não tendo experiência e sendo ridicularizado por isso,

O que havia de errado com ele? Ele tinha dezoito anos, era saudável, amava a atividade sexual da qual era o único participante, então por que ele não podia se levantar e envolver mais alguém? Então ele não teria atacado e agido como um garoto de quinze anos diante das perguntas possivelmente inofensivas de Malfoy.

Ele não pôde deixar de se fixar na expressão no rosto de Malfoy quando ele encontrou os olhos de Harry no pub mais cedo. A sugestão sutil de interesse, a maneira como os olhos cinzas permaneciam nele ... ele não conseguia entender, e isso o enervava e o fascinava por sua vez.