capítulo 25

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Eles estavam correndo pelos corredores intermináveis ​​da mansão, girando e girando, o coração batendo forte no peito. Os corredores eram negros e escuros, iluminados apenas pelo luar que entrava pelas janelas altas ao longo da parede esquerda. Os porta-retratos à direita estavam todos vazios, abandonados. O rosto de Draco estava branco e em pânico, apavorado, e Harry tentou chamá-lo, mas descobriu que não conseguia pronunciar um som.

Draco olhou para trás e um soluço estrangulado cresceu em seu peito, seus pés tropeçando ligeiramente.

" Não!"

Ele correu como se sua vida dependesse disso, fugindo do suave som de deslizamento que se seguia a cada curva que ele fazia. Ele chegou ao fim do corredor, agarrando a maçaneta e puxando, puxando com toda a força que podia, mas a porta não se mexia. As lágrimas correram livremente por seu rosto enquanto ele batia na porta com o punho.

" Deixe-me entrar! Mãe-"

Houve um silvo atrás dele e Draco se virou, suas costas pressionadas contra a porta que não abria para ele. O medo cresceu e dominou o corredor, um medo nauseante e retorcido que o sufocou e o esvaziou de cor.

Voldemort estava caminhando em sua direção, seus olhos vermelhos brilhando. Suas vestes ondularam ao redor dele, e ele estendeu uma mão esquelética para Draco, a palma para cima e convidativa.

" Draco, meu filho, não fuja de mim."

Draco olhou em volta desesperadamente, seu peito arfando com soluços de pânico, e uma porta apareceu à sua direita. Ele mergulhou para pegá-lo e puxou-o, fechando-o com força atrás de si. Uma sala familiar entrou em foco, uma com estantes de livros e uma janela alta que Harry tinha visto antes. Lucius Malfoy ergueu os olhos de trás de sua mesa com pés de cobra esculpidos, parecendo irritado.

" Eu disse para você não entrar. Saia."

Draco balançou a cabeça violentamente. "Pai, ele está aí-"

" Eu não me importo!" Lucius rosnou, batendo o punho na mesa. "Fora do meu escritório!"

Harry olhou para trás para Draco e seu coração apertou ao ver o garoto de quinze anos que ele não conhecia mais parado ali, apavorado e implorando.

" Por favor, deixe-me ficar-"

" Eu disse não!" Lucius se levantou, parecendo furioso, puxando sua varinha-

Harry voltou à consciência, sentindo-se desorientado e tonto. Sua boca estava seca e seu corpo coberto por uma fina camada de suor, resultado do sonho que acabara de testemunhar. Ele se sentiu desamparado e mais do que um pouco assustado. Compartilhar sonhos com Draco havia se tornado uma regularidade à qual ele se acostumara; a maioria era sobre trabalhos escolares, voar e outros tópicos fúteis que não significavam muito.

Não esta noite, aparentemente. Harry não teve que pensar muito para entender o que esse sonho significava. Portas trancadas na Mansão, Draco sendo incapaz de encontrar sua mãe, Voldemort andando pela casa e Lucius jogando-o para os lobos-

Harry?

O estômago de Harry se contraiu ao ouvir a voz de Draco, baixa e trêmula pelo link.

Estou aqui,  respondeu ele. Tudo bem, foi apenas um sonho.

Fique comigo,  Draco disse, sua voz rouca. Só por um minuto.

Harry acenou com a cabeça, embora Draco não pudesse vê-lo. Claro, estou bem aqui.

Draco não respondeu, mas Harry não precisava dele; ele estava grato por Draco ainda sentir que poderia pedir ajuda a Harry. Depois de um longo tempo, Draco pareceu se acalmar e relaxar o suficiente para voltar a dormir, pulsos lentos de sono agitado fluindo através do link para a mente de Harry. Ele engoliu em seco, sentindo-se inexplicavelmente culpado. Ele deveria ter ficado com Draco, recusado a sair quando Draco ficou nervoso mais cedo. Agora que eles estavam em um relacionamento, o vínculo não era a única fonte de conforto que tinham; eles tinham um ao outro também e Harry deveria ter usado isso a seu favor e feito mais para ajudar.

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