Capítulo 13 — Neura.
— Vou ao banheiro, já volto. — Gregório falou, enquanto o namorado ajeitava-se na mesa. — Pode ir pedindo para mim.
Otávio viu-o retirar-se e acompanhou-o com os olhos. Ao mesmo ritmo que ele se afastava, o mesmo garçom que tinha os guiado para a mesa, voltou com os cardápios, onde recebeu um deles e agradeceu, em seguida chamando o homem.
— Com licença. — Otávio fez com que ele se aproximasse da mesa.
— Posso ajudar em algo?
— Sim, pode sim.
Com uma história rapidamente inventada e um sorriso simpático no rosto, Otávio descobriu se o namorado veio acompanhado para o almoço e com isso, também soube o nome de quem veio com ele. Agradeceu e em seguida fez o pedido.
— Demorei? — Gregório puxou a cadeira, sentando-se em frente a ele.
— Estava sentindo saudade. — Brincou, pegando em sua mão.
— Já fez o pedido?
— Já sim, pedi coca pra nós dois. — Otávio respondeu.
— Eu queria parar de tomar refrigerante, mas tudo bem.
— Acho que ainda dá tempo de trocar por um suco.
— Não, não tem necessidade. — Gregório sorriu, sentindo uma das mãos do namorado ainda sobre a sua. — O que foi?
— Então, eu estava querendo te perguntar uma coisa.
— Pode falar, amor.
— Você veio hoje acompanhado para o almoço? — Indagou, querendo testar sua sinceridade.
— Sim, eu vim.
— Posso saber com quem?
— Promete que não vai surtar? — Gregório suspira, encarando-o.
— Relaxa, você sabe que pode me contar tudo. — Trouxe a mão dele para perto da boca, depositando um beijo ali.
— Eu vou ser sincero com você, eu estou tão engajado com as propagandas que estamos trabalhando agora, que acabei passando o almoço todo só cuidando disso. — Explicou. — Eu vim com o Francisco, se lembra dele?
— É claro que eu me lembro. — Afirmou, tentando não exteriorizar o que pensava. — É o estagiário, certo?
— Sim, ele mesmo. — Falou, ainda apreensivo. — Nós só falamos sobre negócios... Eu espero que você não fique chateado.
— Chateado por quê? — Sorriu.
— Porque eu não te avisei antes.
— Está tudo bem, gosto que você seja sincero comigo, aprecio isso e outra coisa... Não tenho que me preocupar, você é só meu.
Gregório retribuiu o sorriso dele, sem se preocupar com o poder daquela frase.
•••
— Você tá zoando, né? — Augusto olhava fixamente para o amigo, de olhos arregalados, após ouvir toda a história.
— Não, mas queria estar. — Francisco respondeu, abrindo outra cerveja.
— Não é possível, Fran...
— Eu sou burro demais, não sou? O que eu faço agora? Com que cara eu vou olhar pra ele amanhã?
— Eu não sei, eu juro que eu não queria estar na sua pele.
— Eu consigo ultrapassar as barreiras, sou trouxa além do possível. — Bufou. — E eu ainda por cima fui responder à ameaça do Otávio! Eu sou idiota demais, pode falar!
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Workaholic
RomanceGregório é um executivo de notável sucesso financeiro atribuído a trabalho duro. Não apenas duro, como também excessivo. Diante das complicações de sua vida pessoal, Gregório não percebe que se tornou um Workaholic e que usa seu ofício para fugir de...