O CEO da Minha Vida tinha que ser Você (DEGUSTAÇÃO)

Capítulo 2

Jeferson

— Alexa, ainda tenho compromisso hoje?

Não recebi a resposta imediata, por isso tirei os olhos do computador para perceber que não estava trabalhando em casa. Portanto, minha assistente virtual ali não era a Alexa.

— E aí, Siri? — Corrigi e o som de bip indicou que ela estava pronta para me atender — ainda tenho compromisso hoje?

— Acessando o seu calendário. Você tem um encontro com Fran – Once, às 21h — debloqueei a tela do meu Iphone para me mostrar a informação.

— Eu tinha esquecido disso — respondi para o aparelho.

Mas não ia desmarcar. Estava mesmo precisando relaxar o meu corpo e nada melhor do que encontrar com uma loira. O Once era um aplicativo de relacionamentos para quem queria sair com alguém que combinasse com suas preferências. O diferencial desse app era a ideia de que fosse de apenas um único encontro. Claro, ele não te impedia de se encontrar com a pessoa mais vezes caso tivesse interesse, mas eu não tinha. Por isso, ele me servia melhor que o Tinder, por exemplo. O aplicativo faz com que você gaste menos tempo pesquisando entre centenas de usuários, proporcionando opções escolhidas de forma mais criteriosa. Além disso, ficava claro que a intenção era apenas um encontro casual, sem expectativas para outras vezes.

Encerrei o expediente, fechando as abas abertas no computador e me levantei. A empresa estava vazia, constatei passando pelas salas. O Peter havia ido embora há mais de uma hora. Anos atrás, depois que ficou decidido que a empresa teria sede no Brasil, ficou mais do que claro para o Peter que um nome em inglês não era uma boa opção, por isso optamos por chamá-la de Veloz.

No estacionamento, entrei no meu Cullinan e dei a partida. Aquele carro vermelho era um dos meus troféus mais brilhantes. Não apenas por ser exclusivo e caro, mas por misturar conforto, luxo e potência, sem parecer pequeno e frágil. Não era um carro de mauricinho ou pelo menos não se parecia com um. A SUV da Rolls-Royce era grande, imponente e sua frente parecia a de um carro antigo. Ou de um trator, dependia das referências de quem olhava.

Dirigi por alguns minutos, pegando a melhor rota que o GPS indicava até o meu apartamento. Tinha tempo o suficiente apenas para tomar banho e trocar de roupa. Havia perdido a hora no trabalho e agora teria que correr atrás do tempo perdido.

Vesti uma camiseta de manga longa azul marinho e calça jeans clara. Calcei chinelo de dedo mesmo e dei uma olhada no corte baixo do meu cabelo, conferindo que estava bom. Relógio, carteira, celular e chaves: estava pronto.

Do elevador, mandei uma mensagem pelo aplicativo para a Franciele. Combinamos esse encontro dois dias atrás, mas caso ela também tenha se esquecido era melhor saber antes de dirigir até o endereço que me informou.

Eu: Boa noite. Tudo certo?

Fran – Once: Oi gato! Mais que pronta.
 Estou te esperando.

Eu: Quer jantar antes?
 

Fui gentil. Estava com fome e daria para unir o útil ao agradável. Não era porque se tratava de um encontro casual, que não poderíamos jantar.

Fran – Once: Já jantei. Quero você de sobremesa...

Sorri para a resposta na tela do meu celular. Ótimo. Íamos direto para a parte boa.