💓⟩» 𝐓𝐑𝐀𝐃𝐔𝐂̧𝐀̃𝐎: Me Amar Como Você
💓⟩» 𝐀𝐔𝐓𝐎𝐑𝐀: Gleysla Meireles
💓⟩» 𝐆𝐄̂𝐍𝐄𝐑𝐎: drama, romance lésbico, LGBTQIA+, ficção, ficção adolescente.
💓⟩» 𝐃𝐀𝐓𝐀: início 30/11/20 e fim 03/01/21
❝O amor não se deve subtrair ou completar...
❝Sempre pensei que você fosse uma falha para este mundo, mas se você estava mais feliz na Terra, talvez esse mundo seja uma falha para você.❞ ❥ Diamante azul, Steven Universe
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Infinitos flashs aparecem do nada me cegando, não sabia aonde me encontrava ou se estava ferida demais; as lembranças vieram com tudo em minha visão desfocada: Susan me derrubando após tentar ajudar Clarita, Loraline apontando a arma de seu falecido pai na cabeça dela e o familiar barulho de tiro depois de um apagão súbito da minha consciência.
“Loraline… Ela é como um furacão, vem de repente e destrói tudo o que vê… Até mesmo meu pobre coração. Clarita… sinto muito.”
— Ela recebeu uma pancada forte... — ouço de um enfermeiro.
— Deve ser por isso que desmaiou, será que sabe quem foram os culpados do acidente? — escuto de outra.
“Acidente?Que tipo de acidente?”
Minhas pálpebras são ineficazes de abrir totalmente, pareciam dormentes, até que de uma vez consegui abri-las e ergui meus braços assustando os enfermeiros ao meu redor. Deve ter sido uma visão idêntica do Frankstein.
— Clarita... Clarita… — sussurro balançando as mãos.
— Ela está acordando, chamem a médica. — diz um deles afobado.
Mais imagens se iluminam em meus olhos, aquilo me irritava, mas parecia ser necessário para me reanimar. Tudo se tornou desfocado novamente, como se o breu me quisesse levar para casa e retornar a sua própria escuridão como forma de brincadeira.
Uma brincadeira de muito mal gosto.
— Laura? — balbucia uma voz familiar me puxando à realidade, era Henriqueta. — Ai, meu Deus! Eric, ela está acordando!
— Graças a Deus! — falou meu pai ao adentrar pela porta como um furacão, seus braços vieram rapidamente ao meu redor e só pude compreender o que acontecia depois que ele se afastou. — Ficamos sabendo do assalto relâmpago.
— Assalto? Que assalto? — digo confusa.
— Os vizinhos ouviram os sons de tiro na rua, depois te viram caída no chão e ligaram pra polícia e a ambulância, eles logo te examinaram constatando que recebeu um golpe muito forte na cabeça, por isso desmaiou. — esclareceu minha governanta.
— Céus... Não lembro nada disso. — sussurro esfregando as mãos na nuca, ali encontro uma saliência dolorida e constato que foi o local do machucado. — E Clarita? Como ela está? — suspiro me deitando novamente na maca.
Seus olhares preocupados e a falta de diálogo me alarmam. Tem algo que eles não querem me contar.
— O que aconteceu com a Clarita? O que houve? — repito me sentando abruptamente resultando em um doloroso beliscão naquela região.
