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Amor Família.
É o amor dos pais para os filhos e entre os familiares. É um amor baseado nos laços sanguíneos ou espirituais.
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Corre o menino pela estrada do tempo, leva em seu peito a fé e brilha em seu olhar a esperança. Veste as cores da paz, vai nas asas do amor a desenhar um rastro de luz para o mundo seguir.
Trabalhou para não perder o trem da história, e em seu céu interior brilham a caridade e o amor.
Haechan parecia iluminar todo lugar que passasse.
Aprendera a duras penas que, como a natureza, a humanidade tem suas estações que modificam as paisagens do tempo. Sabia, agora, que por mais fortes que sejam as chuvas de verão, elas são passageiras.
E viviam dias de outono. O vento sopra, as folhas voam longe. Tudo tem cor de pôr do sol, mas, como sol, ainda hão de sumir e renascer. Como o próprio garoto tivera que fazer.
Gostava de pensar daquele jeito. Teimava, até, pois preferia mil vezes aquela alusão baseada nos livros vindos das estradas do norte do que a realidade, que eram apenas duas estações bem definidas: chuva e seca - estas que representavam seu lado dramático bem demais, mas não lhe permitiam muita aventurança poética.
Olhou para o pequeno manifesto que tinha feito, pensando em qual poderia ser a reação do mais velho quando o recebesse.
"Eu fico calado observando o que acontece. Me sinto preso nesse mundo que empobrece, de gente como a gente que se diz saber pensar. Apanhamos por todos os lados e não podemos nos defender. Indefesos, somos levados, muitas vezes sem saber porquê.
Mas não pretendo permanecer calado. Só quem sente quer lutar para não sofrer. De pés no chão e braços atados, vou lutar por quem sofreu como você e eu.
Não somos a poeira que nasceu do universo? Ora, pois eu tenho a força, eu tenho o verso. Eu sou homem, sou mulher, posso ser quem eu quiser. Não importa de onde eu vim nem onde eu estiver."
Sorriu satisfeito, e logo tratou de guardar o pequeno papel entre os tecidos da calça, sabendo que o material bufante, laranja e amarelo, poderia escondê-lo bem. Talvez tivesse sido mais prudente deixar no bolso do colete que vestia - este também com coloração um tanto chamativa demais para as bandas em que estavam -, contudo, duvidava que a peça ficaria no lugar e impediria que olhos curiosos o avistassem, uma vez que não tinha nenhum botão.
De todos os negociantes na feira que chegava ao fim, certamente ele e o homem que o acompanhava eram os que mais chamavam atenção. Donghyuck não só usava os tecidos bonitos das Índias, como também tinha o tom de pele moreno raro de se ver tão longe do país natal. Não sabia ao certo onde estava, pois tinham ido tão longe naquela estrada, fazendo dinheiro em cada parada, que já não se prendia mais a mapas ou datas.