Eu abro os olhos. O que será que aconteceu?
Pessoas ao redor de alguém, e esse alguém sou eu.
Às vezes é difícil de entender essa chegada. A bagagem pode estar um tanto leve ou pesada.
Tento voltar, mentalizando o meu quarto, minha família, minhas coisas. Minha vida.
As enxergo, mas não posso tocar. As almejo, sem poder alcançar.
Olho ao redor, me exasperando com pessoas de semblante tranquilo e aura luminosa.
Sem que eu pergunte, elas me elucidam, como se pudessem ver meus pensamentos.
"Que buscais aqui, nesse mundo de provas?" - me perguntam.
Por um momento, não sei responder. Vejo os sorrisos caridosos direcionados a mim, e aceito a mão que me é estendida. Quase que imediatamente, retornamos ao local de antes, que se assemelhava a um campo extenso, repleto de flores.
Vejo que atrás de mim há uma construção. Um edifício que seria de vidro, se tentasse fazer uma comparação, mas vidro não tinha o brilho aureolado que a estrutura emanava.
Com um chamado calmo, retorno minha atenção ao homem e à mulher ao meu lado. Tecidos brancos, vestes até os pés, eles me convidam a olhar para algo como uma tela, que surge em minha frente.
"Que irás mostrar de belo, em tua história?" - perguntam, logo antes de as imagens começarem a se desenhar bem diante de meus olhos.
Reconheço-me na estrada do tempo, e meu peito se enche de uma sensação reconfortante. Como se estivesse em casa.
"Serão planos azuis, que têm guiado sua trajetória? Tens moldado de amor, os tantos contornos de tua memória?"
"Assim será, quando puderes ver além do luzir de um mundo tão necessitado. Felicidade é quando achares ter bem firme em ti, a real essência da vida" - a mulher complementa a fala do amigo. E sem explicação, meu peito se aperta.
Olho ao redor. Pessoas vêm e vão. Observo a caminhada. Umas passam tão tranquilas, outras tão desinformadas. E entendo que a vida é feita assim, de partidas e chegadas.
Agora estou aqui, e começo a relembrar.
Já fui nobre, já fui plebe, já fui pobre, já fui rico, já fui novo, já fui velho, já fui homem e mulher... Já bati em muitas vidas, mas também já apanhei.
Das pessoas, dos caminhos.
Carinhos, amor... que é bom... não cabe em uma noite.
E as nossas noites em vão, não vão iluminar.
Pois as formas vem e vão, e a gente aprende, então... a separar o que importa da antiga letra morta, o que consola, o que é moda, do que é só opinião.
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˚⁀➷。Todos os Tipos de Amor
FanficOnde Donghyuck aprende sobre os 7 tipos de amor ੈ♡‧∞˚