Capítulo 4

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Karol Sevilla

Ruggero havia retirado o paletó, arregaçado as mangas da camisa social e tirado um papel de sua maleta de couro.

Eu estava apenas o observando, esperando que ele diga algo para engatarmos em uma conversa de como eu sairia daqui, mas ele não dizia nada, apenas lia o papel com aquele óculos de grau que com certeza o deixava sexy.

- Michael falou sobre o por que de eu estar aqui?- Pergunto enquanto olhava para uma poça de água suja que havia na sala.

- Seu pai foi assassinado com dois tiros no peito, sua digital foi encontrada na arma ultilizada para matá-lo e havia mais digitais suas na roupa indicando que talvez a pessoa tenha o segurado antes de qualquer coisa.- Ele diz e coloca o papel sobre a mesma passando a me fitar.

- Acha que foi eu não acha?- Encaro seus olhos intensos e sérios.

- Não, eu não acho. Você ja disse que não foi você, Karol! E eu acredito em sua palavra.

- Então por que diabos tinha digital minha lá? Eu estava dormindo! Não tem como eu ter invadido o escritório do meu pai, além do mais ele era mais forte que eu, como eu o mataria sem que não houvesse pelo menos uma luta?- Me altero e ele rapidamente segura a minha mão.

- Karol, você não pode se exaltar! Tem que manter a calma.- Ele diz e eu suspiro tirando minha mão de baixo da dele.

- É difícil manter a calma estando em um lugar desse injustamente, Ruggero!- Passo a mão no rosto.

- Eu sei, mas você tem sorte! Eu já tive clientes que passavam por coisas piores que isso.- Diz calmo e eu concordo.

- Você tem razão, eu não posso demonstrar demais! Mas eu simplesmente não consigo ficar calma sabendo que estou aqui sem ter feito nada.- Falo.

- Eu sei, eu entendo.-Ele fala sincero.

- Quando vou poder sair daqui?- Pergunto desviando o olhar.

- Em duas semanas, eu até posso entrar com um pedido antes, mas não acho que eles concordariam sem ter pelo menos passado por um julgamento.

- Duas semanas?- Murmuro e ele concorda.- Você promete que me tira daqui em duas semanas?- Ele ri do meu desespero e eu fecho a cara.

- Sim, eu prometo te tirar daqui em duas semanas! Mas para isso, precisamos pelo menos do mínimo possível de provas de que você não é a responsável pelo o assassinato.

- E o que eu posso fazer?- Pergunto prendendo meu cabelo em um coque.

- Você pode começar a me falar  nomes de possíveis pessoas que poderiam matá-lo.- Eu me segurei para não rir.

- Você ficaria chocado com o tanto de gente que queria a cabeça dele!- Ruggero me olha confuso- Você não entenderia! Mas eu acho que tem uma pessoa que o mataria sem hesitar e para se safar me usaria.- Falo e Ruggero me olha atento- Dominic Palmeiras, o nome é estranho igual o dono.- Falo revirando os olhos.

- E o que ele faz?- Pergunta e eu o olho.

- Ele é dono de boate, se é que me entende.-Falo fazendo cara feia.

- E por que ele mataria seu pai?- Pergunta anotando.

- Ele e meu pai tinham uma richa antiga, nossas famílias se odiavam porque era para minha mãe ter se casado com o Dominic, mas ela e meu pai se apaixonaram.- Ele concorda.

- Quem achou o corpo?- Ele pergunta.

- Marta, empregada antiga da casa. Ela é como uma segunda mãe!- Falo e ele anota concordando.- Mas você não acha que foi ela né?- Ele riu.

- Todos são suspeitos, Karol! Eu não posso descartar ninguém.- Diz e eu suspiro concordando.- Se lembra quem estava na casa antes de ir dormir?- Quando eu ia falar, a guarda que havia ficado na porta esse tempo todo, me interrompeu entrando na sala.

- O horário acabou!- Ela diz séria e Ruggero concorda guardando suas coisas.

- Você vem amanhã?- Pergunto e ele sorri.

- Sim, no mesmo horário.- Concordo e observo ele sair da sala.

...

Um poquinho maior esse...

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