Karol Sevilla
Fiquei martelando a conversa com o advogado por horas, tanto que quase não consegui dormir.
Estava nervosa e aflita, não sabia o que fazer e o que eu podia falar para ele.
- Iai princesinha, vai sair daqui quando?- Lina, vulgo colega de cela, perguntou.
- Por que quer saber?- Perguntei me mexendo na cama.
- Princesinhas como você não ficam muito tempo na cadeia, é tão rápido que quase nem parecem que estiveram aqui.- Falou e eu engoli.
- Duas semanas, eu talvez saia em duas semanas.- Ela ficou quieta e quando se mexeu na cama, parecendo que ia falar mais algo, a guarda abriu o portão e me chamou.
- Visita para a madame.- Diz com voz de nojo e eu ergo as sobrancelhas.
- Mas já passou do horário!- Ela ri negando e eu dou de ombros me levantando.
Caminho com ela até aonde eu recebo as visitas e ela abre a porta me empurrando para dentro.
- Credo que indelicadeza!- Murmuro me recompondo e olho para o lado vendo Mike.- Michael!- Corro em direção a ele e me jogo em seus braços.- Eu pensei que não viria me ver...- Falo o abraçando com força.
- Ei, é claro que eu viria te ver princesa!- Ele diz beijando minha testa e minha bochecha.
- Não me chama de princesa, já basta as pessoas daqui me chamando assim.- Ele ri um pouco e concorda.
- E então, conheceu o Ruggero?- Ele pergunta entrelaçando nossas mãos e eu deito minha cabeça em seu ombro.
- Sim, conheci. Ele parece bom e tem convicção com as palavras.
- Eu tive a oportunidade de falar com ele um pouco, mas realmente, ele parece muito bom.
- Obrigado por ter chamado ele, Mike! Eu não sei o que eu faria se não tivesse você na minha vida.- Falo baixo e calma.
- Você sempre vai ser aquela meninha que eu cuidava depois de mais uma daquelas sessões no quarto escuro, sempre a menininha que dormia agarrada em mim.- Eu rio.
- Você era como um ursinho de pelúcia, mas nada macio.- Faço careta e ele gargalha.- Mike, você sabe o que aconteceu?- Ele suspira.
- Nós já conversamos sobre isso, Kah! Eu estava dormindo, você também... Eu só ouvi os gritos da Marta.- Coloco a mão no rosto.
- Como? Como colocaram minhas digitais lá?- Ele dá de ombros.
- Você sabe que todos no nosso meio são capazes de qualquer coisa.- Concordo- Mas logo descobriremos quem foi, ok? Agora eu tenho que ir, tem muita coisa para fazer e agora que seu pai morreu, tá tudo uma loucura.- Balanço a cabeça negando.
- Eu sei. Você vem me ver, não vem?- Ele sorri.
- Com certeza! Assim que eu tiver uma folga daquele um monte de trabalho, eu venho.- Concordo e ele beija minha testa. Vejo ele ir até a porta e a guarda abrir para ele sair, mas antes ele virou para trás e me olhou nos olhos.- Lembre-se, eu por você e você por mim...- Sorrio e completo.
- Nós para sempre.- Ele me manda um beijo no ar e sai da sala.
...
Gente, hoje a Jo não pode escrever então eu escrevi! Espero que não se importem.
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Where It All Began
Fiksi PenggemarKarol Sevilla já foi vista por muitos como uma empresária de sucesso, herdeira de uma elegantíssima rede de hotéis de luxo. Por outros como uma alma caridosa que já doou milhões à caridade. E até mesmo, como alguns poucos a conhecem; Dona da Máfia...