Karol Sevilla
Aguardei a policial me chamar para mais uma visita do Ruggero, enquanto pensava no que falar para ele. Era muito confuso, eu não podia falar demais se não podia comprometer muita coisa.
- Ae, princesinha!- Lina me chama e eu a olho.
- O que quer?- Pergunto seca, estava muito ocupada para escutar as baboseiras que sai da boca dela.
- Nada.- Ela diz e eu ergo as sobrancelhas.
- Aqui Lina, o que você fez de tão terrível para estar nessa cadeia?- Pergunto. Isso estava me pertubando desde que entrei nessa cela.
- Isso não é da sua conta!- Ela diz séria e eu rio.
- Calma ai, o estressadinha! Não é só você que pode saber das coisas não, você acha que só porque eu sou "princesinha" sou otária? Você vive vinte e quatro horas nessa pose de durona, mas sei muito bem que não é nem a metade disso.- Falo caminhando até a grade e antes que ela pudesse falar algo, a guarda chegou.
- Visita para você!- Falou e abriu a cela.
Acompanhei ela até a porta de ferro, aonde recebíamos as visitas e ela abriu a porta, me empurrando com força para dentro.
- Quanta educação!- Debocho olhando para ela que fecha a porta.- Ridícula!
- Bom, estava esperando um tratamento cinco estrelas?- Escuto a voz de Ruggero e me viro para trás vendo ele sentado.
- No máximo um duas estrelas, não sei, acho que ela sente prazer em me empurrar para dentro dessa caixa.- Falo caminhando até a mesa e me sentando enfrente a ele.
- Talvez sinta!- Ele fala dando de ombros e eu amarro o cabelo em um coque.- Fiquei sabendo que Michael veio até aqui.- Concordo.
- Sim, ele veio. Estava preocupado comigo!- Falo ajeitando aquela roupa laranja feia.
- Certo e então, vamos ao que interessa! O que mais tem para me contar?- Falou abrindo o caderno.
- Antes de começarmos, você pelo menos já dúvida de alguém?- Pergunto e ele me olha.
- Eu não posso ir acusando e muito menos desconfiando, todos são suspeitos, Karol! Todos. Empregados, funcionários, parentes, pessoas próximas e até amigos.- Ele fala dando de ombros- Andei pesquisando e sei que seu pai trabalhava com uma grande quantidade de pessoas por causa da rede de hotéis, então é meio impossível saber.- Suspiro concordando- Vamos mudar a pergunta hoje, como era a relação do seu pai com o funcionários?
- Ele sempre foi muito fechado, meu pai não era e nunca foi uma pessoa amorosa ou que demonstrava sentimentos. Mas ele não tratava ou desmerecia ninguém, muito pelo o contrário, ele ajudava, mas nem sempre era os melhores dias dele.- Falo apoiando meus braços na mesa e abaixando a cabeça- Ele podia demonstrar ser um monstro, mas no fundo, sei que ele só fazia o que achava que era melhor para todos.- Meus olhos marejam, mas eu seguro e me recomponho.
- Você o amava, Karol?- Ruggero pergunta e eu levanto a cabeça olhando nos olhos dele.
- Amar é uma palavra muito forte- Rio fraco enquanto encaro seus olhos- Eu e ele não nos dávamos bem, nunca nos demos. Mas isso não significa que eu o mataria, ele podia ser a pior pessoa para mim, mas eu não teria coragem de levantar uma arma olhando nos olhos dele e o matar. Ele era meu pai.- Dou de ombros.
- Pelo o que eu entendi, ele só foi te colocar em uma escola quando você já estava com 13 anos. Por que?
- Ele costumava dizer que era uma perca de tempo e que a educação deveria vim de casa, ele pagava algumas aulas particulares para mim como, matemática e idiomas. Ele queria que eu soubesse tudo sobre isso, queria que eu fosse perfeita dominando todos os idiomas possíveis e que soubesse todos os cálculos para ajudar ele na rede de hotéis. Michael o convenceu a me deixar pelo menos frequentar uma escola para eu ter alguns conhecimentos básico de outras matérias.- Falo brincando com meus dedos.
- Você ama muito o Senhor Ronda, estou certo?- Sorri e concordo.
- Ele é meu irmão, meu melhor amigo. Eu o amo.- Confirmo.
- Ele parace te amar muito também!- Ele fala.- Certo. Como seu pai era em relação a falhas?- Eu rio seca.
- Ele era cabeça dura, meu pai queria que tudo fosse perfeito e do jeito dele é claro. As vezes ele pegava pesado quando as coisas não davam certo.- Falo e ele concorda anotando.
- Eu pesquisei muito ontem e achei um caso no qual seu pai agrediu uma funcionária.- Fecho os olhos pensando e consigo me lembrar perfeitamente do acontecido, afinal, a razão era eu.
- Sim. Beatrix. Ela era uma faxineira do hotel. Meu pai e eu fomos até lá para checar como estavam as coisas, e quando eu dei uma pausa para tomar algo, esbarrei nela, nós ficamos conversando enquanto ele resolvia os assuntos dele e em um momento, não me lembro qual, ele veio furioso até mim porque eu não tinha finalizado uma planilha, ele estava prestes a me bater quando ela entrou na frente e me defendeu, só que ele estava tão irritado que acabou dando um tapa na cara dela.- Passo a mão no rosto- Ela ficou furiosa e prometeu que o denunciara, ela fez isso, mas...- Engulo seco.
- Ela foi morta.- Ruggero concluí.
- Sim e eu nunca soube se foi ele que a matou. A polícia disse que ela estava devendo uma máfia, mas eu não sei.- Dei de ombros.
- Acha que ele a matou?- Ruggero pergunta e eu dou de ombros mordendo o lábio.
- Eu nunca o tinha visto com tanta raiva, ele estava furioso, acho que talvez ficou com medo de acabar sujando o nome da rede e enfim...- Rugge concorda.
- Nós progredimos muito.- Fala e sorri para mim, retribuo.- Como estão as coisas?
- Péssimas, minha colega de cela é uma muralha e de tédio já basta esse lugar!- Falo e ele ri.
- Eu entendo, mas tome cuidado. Ela está aqui a bem mais tempo que você.
- Espera, você sabe quem é?- Ele concorda.
- Carolina Menezes.- Falou.
- Menezes, então hein?- Ele riu- Você sabe o porque ela está aqui?
- Ela assaltou um supermercado a um ano, já era pra ter saído mas acabou que descobriram que ela também tinha participado de um assassinato.- Arregalo os olhos.
- Nossa! Mas porque?- Ele dá de ombros.
- Enfim, eu tenho que ir. Preciso estudar mais. Fica bem, ok?- Ele diz e se levanta.
- Obrigado por tudo o que está fazendo!- Falo e ele sorri.
- É um prazer, Sevilla!- Sorrio de lado.
- O prazer é todo meu, Pasquarelli!- Ele ri e bate na porta para abrirem.
-A propósito, são 17:00 horas da tarde!- Ele pisca e sai. Como ele sabia que eu queria saber o horário?
...
Iai? O que acham da Carolina?
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Where It All Began
FanficKarol Sevilla já foi vista por muitos como uma empresária de sucesso, herdeira de uma elegantíssima rede de hotéis de luxo. Por outros como uma alma caridosa que já doou milhões à caridade. E até mesmo, como alguns poucos a conhecem; Dona da Máfia...