Capítulo 9

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Karol Sevilla

Fui empurrada mais uma vez para dentro da caixa cinza e fiz careta para a polícial.

- Agora eu sei que ela realmente te odeia!- Ruggero comenta rindo.

- Realmente.- Me sento enfrente a ele- Mas o que eu posso fazer não é mesmo? Isso tudo é inveja.- Ele gargalhou e eu sorri, era muito gostosa a risada dele.

- E do que ela teria inveja?- Arqueeio as sobrancelhas.

- De você ué!- Ele tombou a cabeça para o lado e eu ri- Ela te chama de advogado gostosão, quase todas chamam, você é quase um Deus aqui dentro e bom, só eu posso falar com você!- Dou de ombros e ele ri.

- Oh, então sou um Deus é?- Falou com diversão e eu assenti.

- Para elas, ah e para algumas das prisioneiras aqui também, as vezes é constrangedor ouvir elas falarem sobre o quanto meu advogado é gostosão.- Faço gestos com a mão e ele ri.

- Bom, tenho que agradecer então.- Faço careta.

- Não tem não, você é o MEU advogado e não delas.- Falo e ele volta a rir.

- Ciúmes?- Estreito os olhos para ele.

- Não tem nada de ciúmes! Só estou dizendo. Agora, podemos voltar ao real motivo de você e eu estarmos aqui?- Ele concorda ficando sério rapidamente e eu quase me bato por isso.

- Bom, então, nós temos muitas coisas para analisar sobre o seu pai, mas nada que prove realmente que você não estava lá na hora.- Assinto e começo a pensar.

- Na hora do assassinato, eu estava dormindo no meu quarto...- Falo e ele assente- Existem câmeras nele, só meu pai tinha acesso, mas aposto que Michael pode conseguir!- Falo e Ruggero me olha.

- Por que tinham câmeras no seu quarto, Karol?- Suspirei estralando o pescoço.

- Eu te disse, Ruggero! Meu pai e eu não tínhamos uma boa relação.- Sorrio sem humor- Pense nelas como uma forma dele saber se eu não estava aprontando.

- Hum... Certo!- Concorda anotando no caderno que ele sempre trás.- Alguma coisa mais?

- Bem, o escritório do meu pai é praticamente do outro lado da mansão, não teria como eu o matar e depois correr para o meu quarto sem que pelo menos alguém me visse- Ruggero assente.

- Bem, vou conversar com o Sr. Ronda e ver o que consigo.- Concordo.

- Ah, você pode pedir para ele vir até aqui? Eu preciso muito falar com ele!- Falo e Ruggero assente.

- Claro, vou dar o aviso.- Assinto.

- Mudando de assunto, Ruggero, você sabe o quanto foi roubado do mercado que a Carolina assaltou?- Ele riu.

- Eu sou seu advogado, Karol! Não o dela.- Reviro os olhos.

- Eu sei disso, mas eu preciso saber!- Ele arqueeia as sobrancelhas e suspira.

- 10 mil, foram roubados 10 mil em dinheiro.

- Pode me empresar uma caneta e um papel rapidinho?- Pergunto e ele arqueeia as sobrancelhas olhando para a porta.

- Tem uma câmera aqui, se eu te der o papel e a caneta vão estranhar.- Sorrio e olho para o lado aonde tinha a câmera.

- Me empresa o seu casaco?- Ele ri como se me achasse doida, mas não nega. Pego ele e faço uma bolinha tacando na câmera aonde fica pendurado.- Ok, eu tenho cinco minutos até alguém aparecer.- Ele me entrega o papel e a caneta. Faço a pequena carta com tudo o que preciso, amasso e coloco no bolso.- Obrigado, por isso!- Ele sorri e o casaco cai me fazendo sorrir para a câmera.- Oh, bem na hora!- Me levanto pego o casaco mostrando para a câmera e entrego para o Ruggero.

- Você é maluca!

- E você é o advogado gostosão, tá reclamando de que?- Arqueei as sobrancelhas e ele riu de novo.

- Certo. Me pegou!- Levantou as mãos em rendição e eu sorri.

- Faltam só 8 dias.- Ele assente- Você vai me tirar daqui não vai?

- Eu prometo!- Falou segurando minha mão que estava em cima da mesa e eu sorri.

- Tá bom!

...

A gente nem ama um casal não né?

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