Prólogo

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Desde bem pequena, eu nunca tive amor de pai e muito menos o de mãe.

Minha mãe morreu no meu parto e desde então meu pai que cuidou  de mim, não teve um dia sequer que ele não jogou na minha cara que foi minha culpa ela ter morrido.

Ele nunca me elogiou, nunca perguntou se eu estava bem, nunca perguntou o que eu queria da minha vida e minhas opiniões nunca foram sequer consideradas por ele.

Eu fui criada para matar, para administrar e para não ter dó de ninguém, fui preparada desde criança a ser independente e nunca pensar nos outros.

Aos seis anos de idade, ao invés de estar em uma sala de aula aprendendo a colorir e escrever, eu estava trancada em um quarto no escuro e só saia quando parava de chorar.

Aos sete, eu já sabia como segurar uma arma e acertar em um alvo.

Aos oito, eu já sabia como desarmar bombas e como invadir sistemas.

E aos nove, bom, eu já sabia como lidar com meu pai quando ele vinhesse mais uma vez me humilhar e para um alívio meu, ele nunca me bateu ou encostou a mão em mim.

Até os meus vinte e dois anos foi assim, e eu acho que só aguentei passar por tudo isso porque tinha meu melhor amigo Michael ao meu lado.

Michael foi acolhido por meu pai quando o pai dele morreu, ele tinha só cinco anos quando aconteceu e eu tinha quatro.

Eu o amo como um irmão porque desde sempre ele que cuidou de mim, ele que me arrancou os  melhores sorrisos e ele que me fazia dormir depois de mais uma noite no quarto escuro.

Eu acho que meu pai só me maltratava para de alguma forma parar de culpar ele mesmo, não que seja uma justificativa por que não é.

Eu sempre desejei que ele morresse, mesmo que desejar a morte fosse tão errado, mas eu nunca o mataria, afinal ele era o meu pai.

Era, eu disse.

A duas semana atrás meu pai foi morto com dois tiros no peito e alguém fez com que tudo apontasse para mim.

A pessoa foi boa em me incriminar, parecia que estava planejando isso a anos e parece que o plano deu certo porque nesse exato momento, eu estou sentada no banco de trás de uma viatura com algemas no meu pulso.

Sim, acham mesmo que eu matei o MEU pai por algum tipo de vingança idiota.

Eu tinha acabado de acordar e estava com uma calça moletom, um cropped e meia nos pés, nem deixar eu me arrumar eles deixaram, acordei com um mandato de prisão na minha fuça e mal tive tempo de raciocinar.

Graças ao meu bom Deus, eu  tenho um melhor amigo que nesse momento deve estar ligando para um dos melhores advogados daqui e me substituindo até eu voltar.

Eu iria descobrir quem havia me incriminado e mataria essa pessoa sem dó nenhuma, assim como fui criada para fazer ou não me chamo Karol Sevilla Ityzery Cisneros.

...

Ok, bem vindos a Where it all began! Espero que gostem da história tanto quanto eu e a Gi😉😂🧡

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