As vezes não se tem tudo que quer, procura ou espera.

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Eu odeio as manhãs.
Sem contar os começos de tarde e bares chiques a esquina de estalagem.
Amon.

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Amon.

Amon estava confusa.
Ela não sabia como interpretar aqueles sentimentos que sentiu ao ser agarrada por ele. Ao sentir o corpo de Azriel novamente colado no seu.
A única certeza que ela tinha, era arrependimento.

Aquilo poderia ter tido um final diferente se ela não o tivesse afastado .
E depois de duas semanas pensando nisso, ela decidiu criar coragem, sair da zona de conforto e ir atrás dele.

|Aᴍᴏɴ, ᴅᴇᴢᴇssᴇɪs ᴅɪᴀs ᴅᴇᴘᴏɪs |

          ᶦˡʰᵃ ᵈᵉ ᵛᵉˡᵃʳᶦˢ          

A ilha de Velaris era confusa, mas extremamente acolhedora.
E extremamente sem informações.

Nos dois dias que Amon estivera a procura de Azriel na cidade, ela não o encontrou de maneira alguma. Não encontrou ninguém que o conhecesse.
E já estava começando a desistir de procurá-lo, talvez ele não quisesse ser achado.

Os dois dias na estalagem de baixo escalão da cidade já estavam a dando dor nas costas, sem esquecer da comida que não era a das melhores.

Amon estava exausta fisicamente e psicologicamente. Então, nada melhor que uma bebida? Pensou.

- Onde encontro um bar? - Ela perguntou ao dono da estalagem velha que estava sentado atrás de um balcão de madeira simples na entrada da construção da pousada também de madeira.

- Não tem bar para sua laia aqui - o velho com poucos cabelos na cabeça e uma grande barriga a responde com nojo.

Laia? As bruxas.
A linhagem é evidente em qualquer lugar. Mas os seus poderes? Não.

Uma vida pode custar 5 segundos, e a desse senhor, estava sendo ameaçada por menos de três.

Em menos de três segundos Amon pulou sobre o balcão de madeira. Prendeu o homem em uma parede ao lado do balcão e posicionou sua adaga prata no pescoço enrugado do homem, bem na veia jugular interna.
Um movimento em falso e ela o fazeria sangrar até morrer em menos de três segundos.

- Vou repetir a pergunta feérico de merda, onde encontro um bar? - Amon sussurra ríspida no ouvido do velho apertando mais a adaga no pescoço.

- N-na esquina, no R-Rithas - ele gagueja em pânico com lágrimas cortando sua bochecha enrugada e dolorida na parede dura e fria da pousada.

- Ótimo. - Ela o solta abrutamente, pula novamente o balcão com movimentos ágeis e vai na direção do bar.

Não sem antes pagar o dia na estadia com alguns trocados a mais pelo dano emocional no homem.

Ela poderia ser de uma linhagem bruxa obscura e perdida, mas seu caráter era puro e valioso.

Amon seguiu as instruções do velho estaleiro e entrou no bar que parecia sim, chique demais para uma bruxa da laia dela.

Mas os seus planos de beber rum e pensar em como encontrar o Azriel, foi reduzido para a segunda etapa do plano. Infelizmente sem uma dose de bebida forte para prepara-la para a visão que ela teria dele e ela.

|  Editado primeira vez: 04/01/2021 |
| Editado última vez: 21/01/2021 |

Como Eu Nunca Percebi Ela? (Azriel & Amon)Onde histórias criam vida. Descubra agora