on your strings | hualian

1 - Sinto que já o conheço de algum lugar.

Olá!!!! Aqui estou eu de volta com uma fanfic, e dessa vez é HuaLian! 💜 Eu estava com vontade de escrever algo sobre os HuaLian há muito tempo, mas só agora consegui postar. Espero que gostem!

Ah, só deixando avisado aqui que essa história tem muitas descrições de animais machucados, ferimentos etc, então só leia se você não tiver problema com isso. Não quero deixar ninguém mal, por favor 🙏🏻 Vamos lá!

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O único objetivo de Hua Cheng naquele dia extremamente quente era chegar em casa, se jogar na cama grande demais para uma pessoa só e dormir pelo máximo de tempo que pudesse – ou seja, até alguém da sua empresa ligar para resolver mais um dos inúmeros problemas que aconteciam diariamente nela. Eram nesses momentos que Hua Cheng ponderava o quão iludido estava quando pensou que ser o diretor e estar na mais alta posição de uma empresa o garantiria paz. Ao invés disso, o que ele recebeu foi uma bela dose de estresse.

As paredes de vidro de sua sala – as quais Hua Cheng havia pessoalmente pedido para serem instaladas por achá-las "elegantes" – faziam o compartimento se tornar insuportável quando o tempo ficava quente; a luz do Sol entrando sem permissão no seu local de trabalho o deixava irado. Além disso, dezenas de clientes haviam ido reclamar de seus seguros – que eles mesmos haviam concordado em assinar! – e os funcionários da Crimson Rain pareciam não conseguir resolver nada sem precisar ligar diretamente para Hua Cheng e pedir sua permissão.

Em outro momento, Hua Cheng ficaria satisfeito por saber que tem poder absoluto sobre aquele lugar e que ninguém ousaria passar por cima de sua palavra, mas, naquele dia, ele já estava de saco cheio. Hua Cheng precisava de um tempo para arejar sua mente antes que perdesse o seu réu primário com alguém que não valia a pena.

Foi por isso que Hua Cheng decidiu sair mais cedo da empresa, antes mesmo de o sol da tarde se por. Também foi por isso que ele pegou seu carro e tentou dirigir por todos os atalhos possíveis para fugir do trânsito. No entanto, o que Hua Cheng não esperava era ter que parar o carro bruscamente no meio de um desses atalhos porque um objeto preto havia aparecido subitamente no meio da rua.

Hua Cheng pisa no freio do veículo com força, mas não consegue impedir que seu corpo vá para frente rapidamente por causa da maldita inércia, apenas evitando uma colisão do seu nariz com o volante graças ao cinto de segurança. Quando seu corpo volta à postura inicial, Hua Cheng cerra o olho para enxergar o que havia quase lhe causado um nariz quebrado e se surpreende ao ver o tal objeto se movendo.

O "objeto", que agora Hua Cheng registra ser um gato preto, parece se sentar no asfalto e começa a lamber seus pelos sem nenhuma preocupação no mundo. Extremamente abusado e brincando com a paciência já bastante curta de Hua Cheng, que aperta a buzina do carro com o intuito de assustá-lo e fazê-lo sair do meio da pista.

E nada. O gato preto apenas para de se lamber por alguns míseros segundos, mexe as orelhas como se o barulho alto da buzina não passasse de um leve zumbido, e volta às suas ações. Hua Cheng bufa, já no limite de seu estresse e impaciência, e buzina mais três vezes para o animal, que se atreve a fingir que não é com ele.

Então, Hua Cheng sai do carro com passos irritados e vai até aquele gato abusado, pronto para ele mesmo carregá-lo e o colocar na calçada. Porém, o que o homem vê assim que se aproxima mais um pouco do animal o faz parar subitamente e arregalar o olho.

De dentro do carro, Hua Cheng conseguia ver apenas o lado esquerdo do corpo do gato, mas, quando chega mais perto, é possível vê-lo por inteiro. E a visão não é nada boa.

O olho direito do gato está absurdamente inchado, de uma forma que faz as pálpebras do animal se fecharem e torna impossível avistar seu globo ocular. Além disso, há várias manchas de sangue – seco e vivo – ao redor do olho do animal. Sua orelha direita também não está numa situação muito boa e, Hua Cheng percebe, ao longo do corpo do gato também há alguns cortes abertos. Era isso que o animal estava lambendo quando o homem o avistou no asfalto.