Perdido.
É assim que Noah sentia-se no momento. Havia chego na sala de aula à, somente, duas horas segundo seus cálculos e já se sentia de saco cheio.
Não era fácil aturar duas aulas seguidas de matemática em plena manhã de segunda-feira, mesmo que a lição que Augusto estivesse passando na lousa, já fosse de seu conhecimento.
Trigonometria.
Tinha visto a matéria no ano anterior, em Los Angeles e novamente achava uma merda ter que estudar aquilo tudo de novo. Mais que diabos, o colégio estava com o plano de estudos atrasado ou a escola que frequentava antes era adiantada?
Entediado ele encara a caneta esferográfica em sua mão, já que a mesma estava mais interessante que a aula e a voz incrivelmente irritante do professor.
Inconscientemente suspirou alto demais, o que atraiu a atenção do ruivo em frente a lousa.
- A aula está te entediando, senhor Noah?
Surpreso o moreno ergue o olhar ao ouvir seu nome ser pronunciado.
- O quê?
Com os lábios em uma linha fina de desagrado, Augusto deixou de lado a caneta que usava para escrever na lousa e passou a encará-lo.
- Já que parece saber o assunto da aula para estar tão entediado assim, resolva essa questão aqui na frente.
Mentalmente Noah via-se assassinando o professor ruivo que desde o momento que lhe viu colocando os pés na sala, implicou com ele sem motivos aparente.
Talvez matemáticos ficassem gagás cedo demais, passando assim a implicar com os outros da mesma forma que idosos implicam com crianças hiperativas.
Em silêncio encaminhou-se até a frente da sala e pegou a caneta do quadro branco e encarou o triângulo retângulo desenhado alí. Sorriu discretamente ao constatar o quão fácil seria responder a questão e dois minutos depois terminou a resolução.
- Pronto.
Olhou para o lado onde o ruivo estava e riu internamente ao ver a expressão impassível do mesmo.
- Vá se sentar.
Tranquilamente Noah se vira nos calcanhares e segue de volta para sua mesa, ainda segurando a vontade de rir por ter conseguido responder a questão na lousa, que, provavelmente, Augusto pensou que ele não iria conseguir resolver.
- Você foi muito bem! - Sina cochicha assim que ele se senta.
- Eu já estudei sobre.
- Oh, e eu pensando que você iria precisar da minha ajuda - Ela ri constrangida - Acho que na verdade, eu irei precisar de sua ajuda para entender algumas partes.
- Não tem problema, eu te ajudo.
- Obrigada.
>★<
Respirando fundo em completo alívio após ouvir o sinal musical do colégio tocar alto, quase que desesperado Noah empurra seus cadernos para dentro da bolsa e fecha o zíper já levantando-se da cadeira.
- Onde você vai?
- Pra minha casa, onde mais eu iria?
Confuso o moreno permanece impassível ao ver sua - mais nova - colega de classe, rir colocando-se ao seu lado.- Não é hora de ir embora ainda.
- O quê?
- Aqui é horário integral, ficamos na escola das oito da manhã até às quatro da tarde.
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uma noite
General FictionO que nós fizemos Josh? Isto foi errado, melhores amigos não trocam carícias, não se beijam, melhores amigos não transam e nem trocam juras de amor. Cometemos um erro que, infelizmente, danificou nossa cumplicidade. Não posso ficar e fingir que nad...