culpa

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Any quando menor era como um livro aberto,suas emoções e pensamentos ficavam evidentemente estampadas em
seu rosto para que qualquer um percebesse, mas agora já adulta ela havia mudado drasticamente.

Sentada de modo despojado na cadeira
giratória ela não liga para o vestido que
havia subido em suas coxas, sua
expressão é impassivel mesmo após
Josh narrar todos os acontecimentos
daquela noite isto é, aqueles que ele
lembrava antes de ficar terrivelmente
bêbado a falta de expressão da mesma
o deixa tenso e ele finca as unhas curtas
por baixo da madeira da mesa onde está
apoiado, desesperado tentando adivinhar
por fim qual será a reação dela.

-  Gaby?

-Ta me dizendo que você ficou furioso por que não consegui comprar o espaço da boate lá em Los Angeles e bebeu até perder a noção?

-Desta forma tão direta Any o
fazia parecer um tolo.

- Isso mesmo.

- E que acordou com ela semi nua do
seu lado?

- Sim...

- Que droga Josh! - Any exclama irritada e ele encolhe os ombros.

-Eu senti nojo de mim mesmo.

- Imagino mesmo.

Ambos ficam em silêncio refletindo
sobre o que acabara de acontecere
Josh observa Any resmungar
algumas coisas incompreensíveis.

- Seja como for a Heyoon parece estar
muito bem em descobrir que está grávida.

- E ela não estaria? - Josh revira os olhos- Heyoon é uma maldita gananciosa e eu atualmente tenho uma situação financeira muito boa.

- Está dizendo que ela manterá o bebê por dinheiro? - Any arqueia as sobrancelhas incrédula.

- Por qual outro motivo seria, Gaby? Casamento? Porque nem morto eu me casaria com ela.

- De qualquer forma você tem responsabilidades. 

- Eu sei.

- Você precisa falar com ela ou tenho certeza que ela irá novamente na minha empresa.

Josh respira fundo e se afasta do móvel onde estava, ele se aproxima cauteloso da Soares estudando suas expressões e em seguida se ajoelha apoiando-se no braço da cadeira.

As orbes castanhos brilham com uma certa raiva e ele sorri.

- Eu amo você, Any. Mais do que pode imaginar.

- Ainda estou magoada - Ela se levanta de supetão e se curva pegando os sapatos do chão - vou para casa tentar dormir.

Sem se virar para olhá-lo ela deixa o escritório e Josh solta o ar ruidosamente enquanto se senta na cadeira planejando ir encontrar o motivo de sua dor de cabeça.

(•••)

De cara fechada o primogênito Beauchamp cruza o lobby do prédio de alto padrão, as portas do elevador abrem-se assim que ele se aproxima e uma mulher saí segurando um gato peludo ronronando, ele entra e aperta o botão para o último andar enquanto bate o pé ritmicamente no chão.

Quando chega em frente a porta do apartamento de seu tio ele não aperta a campainha como deveria fazer, Josh puxa a chave de dentro do bolso da calça e destranca a fechadura. Uma música clássica ecoa pelos cômodos e ele estranha já que pelo horário Allan já está trabalhando e a casa estaria vazia, o loiro segue a música alta que vem do quarto de hóspedes e bufa ao encontrar Heyoon alí, dançando e cantando enquanto arruma suas malas de viagem.

uma noite Onde histórias criam vida. Descubra agora