One-shots [Alicia Sierra]

3 - Luna

Plot: Um dia na vida da filha de Alicia Sierra. Cinco anos após o assalto ao Banco da Espanha e a pequena aniversariante de cabelos vermelhos não poderia estar mais animada e ansiosa.

#família #amizade #hurt/comfort #humor

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Ela abre os olhos ainda incerta e confusa quanto ao porquê de ter acordado. Os raios solares mal começaram a iluminar o quarto e o som dos pássaros cantando na árvore em sua janela indicam que ainda é cedo para se levantar.

Com um sorriso no rosto, ela suspira aliviada e volta a fechar os olhos, aconchegando-se ainda mais no homem que dorme tranquilo ao seu lado. No entanto, os passos apressados no corredor da casa a fazem entender o motivo de ter acordo.

— Ela está de pé.

— Mas ainda é cedo. — Ele reclama com um gemido abafado.

— E você não conhece a figura?

Antes que o homem possa respondê-la, eles escutam a porta se abrindo e, no momento seguinte, sentem a cama se mexendo enquanto a garotinha engatinha apressadamente até os dois.

— ¡Mamá, mamá, mamá! — A menina chama empolgada. — Acorda!

— Sua mamá ainda está dormindo. — Ela sussurra.

A garotinha encara o rosto da mulher com certa desconfiança, mas resolve ignorá-la e se vira para o homem.

— ¿Papá? — Ela pergunta e coloca suas pequenas mãos no rosto dele, observando-o atentamente. — Você está dormindo?

— Estou. — Ele responde com os olhos ainda fechados. — Ainda é muito cedo, mi amor, você deveria estar dormindo, não?

— Mas eu não consigo dormir, a mamá prometeu que hoje eu vou ganhar um presente muito especial.

— Ela prometeu, foi?

— Sim! — A garotinha praticamente grita e, ainda de joelhos, começa a pular na cama enquanto bate palmas animadamente.

Ele ri e, mesmo com o som abafado pelos travesseiros, a mulher consegue entender o que ele fala. — Eu vou. — Ele oferece e faz menção de se levantar, mas ela o impede.

— Não, deixa que eu vou. — Ela responde com um pequeno sorriso e se vira totalmente para a menina. — Agora, mocinha, que dia é hoje mesmo?

Ansiosa demais para controlar sua voz, a pequena fala alto mais uma vez. — Meu aniversário!

— E qual é o presente que todo aniversariante ganha pela manhã?

Confusa, ela franze o cenho. — Bolo?

— Cócegas!!!

E, no próximo instante, o quarto se enche com o som de risadas e pequenos gritos de socorro oriundos da menina. — ¡Papá, ayudame!

— Como eu vou te ajudar se eu sou o monstro das cócegas, mi pequeña?

Os olhos da garota se arregalam. — Socorro! — Ela grita entre gargalhadas. — Alguém me ajuda, o monstro das cócegas está aqui!!!

Os três brincam por alguns minutos até que a mulher finalmente se levanta da cama e coloca a aniversariante em seus braços, envolvendo-a em um abraço carinhoso.

De mãos dadas, as duas caminham até o quarto da menina enquanto ela não para de tagarelar e fazer perguntas, como sempre.

— Mamá, conta uma história do meu papi?