Minha Perdição.

38° Capítulo - Brigas sem fim

Anteriormente em Minha Perdição:

— Então, lembra que quando voltamos eu disse pra você que a gente ainda tinha coisas do que conversar? Do que fizemos?

— Sim. - ele estranhou - E no fim de semana em grumari a gente conversou sobre tudo, não?

— Não, esqueci de contar uma coisa. - engoli em seco e ele esperou eu dizer, com a sobrancelha arqueada.

***

— Mika - peguei a mão dele - promete não surtar? - supliquei - Nós não estávamos juntos e aconteceu do nada sabe...

— Olha Sophia, eu já to ficando nervoso com essa enrolação, fala logo.

Eu fiquei longos segundos o encarando e eu já conseguia ver que realmente ele já estava se estressando, suspirei e abaixei a cabeça. Queria que fosse mais fácil.

— Houve um fim de semana que fui pra casa do Rô como sempre fiz, de costume... de verdade eu não sei o que aconteceu que a gente acabou - balancei a cabeça - que a gente acabou ficando Mika. E-eu eu transei com o Rodrigo. - disse a última frase com a cabeça baixa não me permitindo encara-lo, eu não conseguia.

Ele puxou as mãos dele das minhas.

— Você o que Sophia?

— Mika, aconteceu. - disse pegando em seu braço, ele já queria levantar da cama - Eu juro pra você que não tem nada haver, foi só uma vez e você mesmo viu que nem estamos nos falando.

— Caralho, foda-se!- disse gritando na minha cara - Eu tô contigo o tempo todo e você me escondendo um caralho desse?! - soltou seu braço de mim de novo - Sophia já não basta você ter dado pra quem já tinha dado, pra completar você vem me dizer que transou com a porra de fachada de melhor amigo?

— É sério que você vai falar assim comigo? - perguntei chateada com as palavras dele - Eu tô aqui te contando, numa boa, por iniciativa própria e você vai falar assim comigo?

— E você quer que eu fale como Sophia? Que legal que eu namoro com uma menina que dizia ter um melhor amigo e aí depois que a gente termina transa com ele.  Aliás, se não já transou outras vezes enquanto a gente namorava né.

Eu o fuzilei com os olhos e o empurrei na cama, com raiva. Eu sei que eu errei em não ter dito antes mas ele precisa medir as coisas que me fala quando tá com raiva, não sou nenhum saco de pancadas.

— Tá me chamando de que Micael? Vai se fuder!

Ele olhou pra mim com raiva e levantou.

— Eu quero amassar a cara daquele verme de tanta porrada! - disse andando pelo quarto, logo dando um soco na parede.

— Para com isso, vai se machucar.

— Eu vou lá bater nele. - disse indo até a porta rápido.

Eu corri e o puxei pelo braço.

— Você não vai bater em ninguém! - disse gritando pra vê se ele conseguia me escutar, estava cego de raiva. - Micael nós NÃO estávamos juntos.