Anteriormente em Minha Perdição:
— Eu acho que a Sophia sabe se defender né... - Micael diz querendo mostrar medo.
— Pega uma, leva duas de brinde. - Lua diz.
— Ta, já avisamos as consequências. Agora posso fazer snap? - Mel nos olhou com um sorriso no rosto com a maior expectativa.
***
—Melhor não amiga. - digo receosa.
— Poxa - ela lamenta - já estava até vendo a repercussão no meu snap: "COMO ASSIM A SOPHIA E O MICAEL JUNTOS?" - soltou um risinho e eu ri também, imaginando.
Seria grande, quando Micael postou aqueles snaps no hospital que eu apareci, deu, imagina agora sendo meio que oficial.
— Tenho que ir embora, não arrumei minhas coisas pro colégio ainda e tá tarde. - eu disse pegando meu celular no bolso pra ver a hora, e na tela de bloqueio já estavam as notificações das inúmeras mensagens da minha mãe. Já sei que quando chegar em casa vou ouvir.
— Nós todos também já vamos. - Lua diz.
— Ta com o motorista neném? - Mel me pergunta e eu nego com a cabeça.
— Vim a pé, tão pertinho.
— Vamos comigo amiga, te deixo lá. - Lua diz dando a canga pra Mel.
Quando eu ia abrir a boca pra aceitar Micael me interrompeu.
— Eu levo ela.
— Eu nasci pra ver isso! - Lua diz animada.
— Né, e me deixa de stand-by. - Mel diz rindo - Vou com o Chay então.
— É pra ir pra casa tá. - Micael diz sem brincar e Mel fez uma careta pra ele, logo foi até o Chay.
Depois de arrumarmos tudo pra ir embora, nos despedimos e saímos do parque. Micael estava me guiando, provavelmente pra o lugar que o carro estava. Quando chegamos não vi nenhuma semelhança com o carro dele, ele tirou as chaves do bolso e o alarme apitou, destrancando. Quando vi o que especificamente apitou tive vontade de bater com o capacete que ele estendera pra mim, na sua cabeça.
— Filho da pu...
Ah, tia Antônia. A senhora tem tanta sorte do tanto que eu gosto da senhora.
— Pensei que terminaria - deu um sorriso de canto e subiu na moto - confia em mim.
Encarei a mão dele estendida pra mim pra que eu subisse na garupa e hesitei, mas depois de alguns segundos subi.
As ruas pareciam ser mais longas, tinha a impressão que eu estava encima daquela moto a horas, minha cabeça girava com tal velocidade e o ar frio. A única coisa que me satisfazia naquele momento era minhas mãos, percorrendo pelo abdômen do Micael automaticamente, vez ou outra ele acariciava a mesma.
Quando ele estacionou a moto eu desci rapidamente e me apoiei no banco, estava um pouco tonta, tudo girava.— Ei. - ele levantou minha cabeça - O que houve, tá tudo bem?
— Só um pouco tonta. - ele me olhou desconfiado e eu suspirei - É porque tenho um certo trauma. - digo por fim dando de ombros e ele entende que não queria entrar em detalhes.
— Sua mãe deve estar te esperando. - mudou de assunto e olhou rapidamente pra minha casa - A luz da sala está acesa.
Mentalmente eu estava torcendo mesmo pra que fosse ela, não meu pai. Na verdade, torcer mesmo, eu estava torcendo pra não ser ninguém.
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Minha Perdição.
Roman d'amourEla é desejada. Ele a deseja. Ela é líder de torcida. Ele é o melhor jogador do time. Ela é jogadora de vôlei. Ele tara em assistir vôlei. Ela se perde em pensar nele. Ele inicialmente se perde ao olhar pra ela. "Não vou dizer que não o acho boni...