Capítulo 10 - Lucca

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Eu talvez não devesse está bebendo essa segunda garrafa de vinho com Maiara, não que isso seja capaz de me embebedar, mas pode fazer isso a ela. Estamos muito a vontade com o outro, e fico feliz com isso, afinal ela vai está com minha filha nos momentos em que eu não estarei presente.

A minha ideia inicial era comer uma pizza hoje, algo que sou apaixonado, mas não iria demorar na pizzaria já que me empolguei no Du Bernardi, então trouxe pra casa. E como não sou mal educado convidei Maiara pra comer comigo, e o vinho foi uma forma de comemorar a mudança do meu regime pra semi-aberto.

Amo a minha filha, mas não poder ir na esquina sem ela é cansativo.

- O que está achando? – Maiara falou me trazendo de volta a realidade.

- Não é uma série que eu assistiria sozinho...

- Então não gostou? – Ela falou fazendo biquinho. Tentação!

- Não é não gostar... Só não tem nada que prenda a minha atenção... – Foi eu terminar a frase e um gemido sair da televisão, virei pra olhar e encontrei um mulheres fazendo sexo oral na outra. – Uou! Isso é um pouco quente pra você não?

- Não! É só uma cena de sexo... – Olhei surpreso pra aquela menina. – Tem muitas inclusive... – Talvez ela não seja tão menina assim...

- Talvez isso prenda a minha atenção...

Voltei o olhar pra televisão, estava curioso pra vê como terminaria. Pelo que eu entendi elas eram prostitutas e estavam treinando, havia um cara dando instruções de como fazer aquilo parecer real, aquilo era muito real pra mim. Elas começaram a masturbar, uma fodia a outra com os dedos. Isso com certeza é um gatilho!

Olhei pra Maiara e percebi que a forma dela respirar estava diferente, sua boca estava entre aberta, ela com certeza estava excitada, assim como eu. Merda! Hora de encerrar a noite! Peguei o controle e desliguei a televisão.

- Hora de dormir...

- Lucca! Espera terminar o episódio... – De novo aquele biquinho tentador.

- Melhor não, vai pra cama...

- Me dá o controle! Eu estou de folga... – Ela realmente bebeu de mais.

- Folga revogada! Vai...

- Você é um chaato! – Ela levantou mas caiu sentada no mesmo lugar rindo. – Eu bebi de mais...

Respirei fundo tentando recuperar todo autodomínio do meu corpo e levantei.

- Vem. – Estendi o meu braço e ela levantou o agarrando.

- Eu não quero dormir ainda... – A ajudei a chegar no quarto dela e parei na porta, mas ela não entrou. – Se você não gostou da cena a gente pode só continuar conversando... – Eu sorri malicioso.

- Se a gente continuar conversando a gente não vai conversar, porque eu gostei muito da cena...

- Eu quero não conversar com você... 

Ela disse sorrindo e eu não tinha certeza se ela tinha entendido o sentido do “não conversar”. Antes que eu pudesse esclarecer ela agarrou o meu pescoço e me beijou, se eu tivesse um pouco mais distraído teria caído com o ataque dela.

E como eu queria esse beijo correspondi com a mesma intensidade, era um beijo completamente carnal, completamente sexual. A coloquei contra parede e prendi o seu corpo contra o meu, eu queria sentir aquele corpo por inteiro.

Levei a minha boca para o seu pescoço chupando a sua pele e escutando um gemido delicioso. As suas mãos apertavam as minhas costas, coloquei minhas mãos na sua bunda a suspendi na parede, voltando a beijar a sua boca.

O choro de Niara me despertou do transe, coloquei Maiara novamente no chão recebendo um olhar de desejo. Nota mental: agradecer a pretinha de ter me salvo de fazer algo que talvez fôssemos nos arrepender. Interrompi o beijo dando um selinho na boca de Maiara.

- Entra no seu quarto e vai dormir. Amanhã a gente conversa.

Dei as costas entrando no meu e fechando a porta antes que eu pudesse voltar e fazer algo potencialmente perigoso. Por um triz a gente não transou no corredor, e o pior, ela está nitidamente bêbada e poderia achar muito bem que eu me aproveitei dela.

Assim que cheguei ao lado do berço Niara sorriu pra mim.

- Só queria salvar o papai, né? Obrigada. – Ela estendeu os braços na minha direção. – Quer dormir com o papai?

- Papa.

- Papai vai no banheiro e já volta, espera aí.

Segui pro banheiro pra escovar os dentes e dormir, por mais que eu quisesse permanecer sentindo o gosto da boca de Maiara também havia vinho e pizza, então melhor cuidar da higiene. Com a boca limpa voltei pro quarto e levei Niara pra cama comigo, o que evitaria eu levantar ou Maiara deitar comigo.

E assim que Niara dormiu eu me permitir dormir e sonhar com uma menina que não é tão menina assim...

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Acordei com a sensação que havia dormido de mais e me assustei ao não encontrar Niara do lado. Sentei na cama a procurando e a achei sentada no berço brincando com alguns brinquedos. Maiara esteve aqui. Respirei aliviado e peguei o celular pra olhar as horas, já passava das nove, havia uma mamadeira vazia e um bilhete ao lado do celular.
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Bom dia, senhor.

Como não acordou até às sete dei o leite a Niara e a coloquei no berço antes de ir embora.
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Por essa eu não esperava, achei que conversaria com ela agora pela manhã mas além dela ir embora antes de eu acordar deixou clara a nossa relação profissional me chamando de “senhor”. Nota mental: Não posso dá bebida a Maiara.

Resolvi aproveitar que Niara está tranquila no berço e tomar logo um banho, é bom que esfrio a cabeça e o corpo, que acordou animado.

Lucca - Bernardi 03 (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora