Juntos

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De banho tomado, pronto para vestir uma roupa e se deitar na cama e cair no mundo dos sonhos até o dia seguinte, Metawin bufou ao ouvir batidas na porta. Queria ficar sozinho. No entanto, era Bright na porta. Ficou bastante surpreso em vê-lo ali, com uma carinha de cachorro perdido. Não sabia exatamente o que fazer. Sempre que o via, parecia que todas as coisas ruins desapareciam, inclusive a própria mágoa.

— O que está fazendo aqui? — Perguntou, meio sem paciência. Se fosse para ficar naquele esquema de briga, encontro, sexo, briga, encontro, sexo, em um ciclo sem fim, Metawin estaria pronto para colocar um basta.

Bright tinha as mãos atrás das costas, nervoso. Sabia que não tinha o direito de visitar o garoto depois de semanas afastados um do outro, mas... porra, estava com tanta saudade... gostava tanto de Metawin... não queria continuar com aquela distância.

— Te parabenizar pelo campeonato, eu acho.

Bright abaixou a cabeça. Merecia toda aquela frieza, mas não sabia que Metawin podia ser uma pedra de gelo. Voltou a olhá-lo, implorando mentalmente para que pudessem ter uma conversa civilizada. Estava disposto a voltar atrás, só não sabia se Metawin iria querer também.

— Não me trata assim, Win.

— E como você me tratou todo esse tempo, Bright?

— Não é bem assim. Eu te levei pra minha casa e a gente curtiu, não?

Metawin responderia no impulso, mas segurou a língua, fechando a boca rapidamente. Estava com raiva, não sabia que Bright estava se tornando um babaca igual aos amigos. Pensou direito antes de continuar a conversa.

— Então o que temos é só o sexo?

— Não. Meu Deus, Metawin, é claro que não. Gosto de você, sabe disso. Mas não posso... você sabe, não posso assumir o que temos.

— Não estou pedindo que me assuma, Bright, mas que pelo menos tenha a decência de não se afastar de mim.

— Eu não quero mais ficar longe de você. Foi por isso que eu vim aqui.

Com a frase dita e o olhar firme no seu, o desespero saindo na voz, Metawin se desarmou. Talvez Bright estivesse sendo sincero. Afinal, eles conversavam sobre tantos assuntos, riam um do outro, gostavam da companhia um do outro... definitivamente não era apenas sexo. Metawin tinha sido um bobo em pensar naquilo.

Meio sem graça, tentou não sorrir feliz. Estavam começando a se resolver, e só em pensar em ficar pertinho de Bright novamente, o seu coração batia mais rápido e ele sentia uma felicidade absurda.

— Quer entrar?

Bright entrou no quarto. Eles trocaram alguns beijos e ficaram agarradinhos o resto do dia, conversando sobre a mudança do mais novo, sobre os amigos de Bright, sobre Metawin e a relação com a nova faculdade. Em algum momento, eles perceberam que foram feitos um para o outro.

Na hora da despedida, na porta do quarto, Bright olhou para os lados no corredor, e como não havia ninguém, pegou no rosto de Metawin e o beijou, um beijo lento, apaixonado, calmo e carinhoso. Quando se separou, não teve medo de ser meloso ou romântico, quando sabia que aquilo agradava o garoto em sua frente — e agradava a si mesmo também.

— Você é precioso demais, Metawin, não esqueça disso, não importa o que aconteça entre a gente. — Metawin, corado, empurrou o ombro de Bright e olhou para qualquer coisa que não fosse a cara cínica e risonha dele. — Agora é sério, eu tenho uma coisa pra falar.

— Hm.

— Amanhã, o Frank vai competir na natação e eu quero você lá com os outros.

— E por que faríamos isso? A gente nem conhece o Frank, fora que o Toptap vai estar lá, e o Mike vai, e os dois no mesmo lugar... não sei se é uma boa ideia.

Amor de VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora