Capítulo XII - Sophie

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Estava tensa, frágil e sem defesa. Acabei abrindo guarda e deixando Adam entrar. E não estou falando somente de sexo.

Mas deixá-lo permanecer na minha vida seria um erro enorme. Colocaria a vida dele em risco e o meu maior segredo também.

Precisaria pensar em uma forma de resolver tudo e afastar o Adam de mim. Não podia esperar mais, as coisas ficavam cada vez mais sérias. E talvez, se eu esperasse, o caminho não teria mais volta.

Mas o que eu poderia fazer? Quando achei que o afastaria de mim, o efeito foi contrário. Era muita coisa para pensar. No entanto, resolvi dormir e descansar.

***

Acordei com o vibrar do celular. Era uma mensagem de texto:

"Bom dia! Não gostei de ser expulso. Você me fez pensar que mulheres são criaturas realmente assustadoras... Só queria dizer que foi maravilhoso e que a quero hoje na minha cama. "

Como ele conseguiu o meu número? Só me faltava essa.

"Oi. Como conseguiu o número do meu celular? "

A resposta chegou quase imediatamente, como se ele estivesse esperando que eu respondesse.

"No dia em que esteve em casa. Você deixou a bolsa na biblioteca e eu não resisti. A que horas o Hamilton pode buscá-la no restaurante? "

Que absurdo! Ele xeretou a minha bolsa e o meu celular.

"De onde eu venho, mexer em bolsas alheias é crime. "

Ele precisava saber que eu não gostei da atitude. Precisava colocar uma senha na porcaria do celular.

Em um segundo, o telefone tocava.

— Alô.

— Não fica brava. Precisava saber como localizar você fora da casa de shows e sabia que não me daria o número.

— Você é maluco, sabia? Invadiu a minha privacidade. Prezo muito as pessoas que respeitam o limite do espaço pessoal. Não faça isso de novo ou me dará um motivo para nunca mais falar com você.

— Espera. Dessa vez você não conseguiu superar as minhas expectativas. Estava esperando um surto de gritos e palavrões — escutei a risada abafada dele — A que horas posso pedir ao Hamilton para passar no restaurante?

— Não vou para a sua casa.

— Tudo bem. Então, a que horas posso ir para a sua casa?

— Você não entendeu. Não quero ir e não quero que venha. Se o Neal imaginar que tem algum homem na minha vida, nos matará.

— Sophie, não me interessa se esse cara é da máfia italiana, russa, chinesa, mexicana ou do quinto dos infernos. Nada me afastará de você. Sabe por quê? Eu quero mais com você. Quero mais que uma noite. Quero mais que uma trepada sacana. Quero ter a chance de conhecer você e ver o que acontece com o tempo. Não tenha medo. Ele pode até ser peixe grande, mas eu sou tubarão. Estamos entendidos?

Fiquei em silêncio absorvendo aquelas palavras. Ele queria mais do que fazer sexo. Aquele homem perfeito me queria na vida dele.

— Sophie? Você ainda está me ouvindo? Responda.

— Adam... — suspirei — Você é um cabeça dura. E está sendo um idiota também.

— Não olhe para trás, Sophie. Jamais coloque o foco da sua vida no passado. Pense em um futuro menos problemático. Eu farei tudo que estiver ao meu alcance para te ajudar.

De repente o destino - Livro 1 - Trilogia De Repente - (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora