libertinos ... ainda existe palco para esse tipo de rótulo hoje em dia?Eu estava quieta, tomando conta da minha vida – o que não é muito o que faço, geralmente –, quando escutei alguém dizer que Anthony Bridgerton eram um libertino. Isso não faz muito tempo, confesso que não foi por esses dias, mas não deixei de ficar intrigada como que alguém, em pleno século vinte e um, ainda usa termos tão arcaicos para rotular os outros.
Que ele é todos nós sabemos que é, mas isso já deixou de ser algo que poderia deixar de ter mulheres implorando nos pés deles e virou um certo tipo de qualidade de um homem. De um homem, não de uma mulher. Uma mulher com atitudes semelhante provavelmente seria chamada de puta e seria completamente mal julgada pela sociedade.
Ao mesmo tempo que isso me intriga, me traz revolta.
Whistledown.
↠↠↞↞
Aubrey Hall
Véspera de ano novo
.
"Então essa é a minha deixa," Anthony anunciou enquanto vestia a cueca e suas calças.
Ele olhou para Maria, lindamente nua deitada em sua cama. Uma tentação que ele havia provado várias e várias vezes naquela noite. Ela sorriu sedutoramente para ele e Anthony cogitou voltar para os braços da amante. Ah, que mal teria ser pego pelo marido da minha amante comendo ela na cama deles, não é? Ele pensou, mas balançou a cabeça tirando aquele pensamento de si e buscando sua camisa para passar pelo seu corpo.
"Isso é tudo culpa da sua mãe. Ela quem convidou ele para o aniversário dela," Maria brincou o vendo calçar seus sapatos.
Enquanto estar casada com seu marido havia lhe dado o status e as oportunidades para lhe transformar em uma das maiores cantoras do mundo, ter Anthony Bridgerton como amante lhe dava o maior prazer carnal que jamais experimentou com um homem. E mesmo ela gostando dele, sendo apaixonada por ele, ela fingia muito bem ser apenas a amante sem apegos emocionais. Ela não sabia como conseguia fingir isso tão bem, mas conseguia. Ele era lindo, rico, educado, cheiroso, bom de cama e completamente sem elos emocionais com uma só vagina que comeu em toda sua vida. Ele não precisava dizer a ela que ele não a amava, ou que jamais conseguiria se apaixonar por ela, podia ver em seus olhos e gestos. Uma mulher sabe quando um homem a ama, e Maria de Rosso era bem realista quanto a isso.
Anthony resolveu dirigir o curto caminho da mansão dos Rosso até Aubrey Hall com a capoteira de seu conversível aberta, aproveitando um raro momento de sol em pleno inverno da Inglaterra. Estacionou em frente à entrada, desceu do carro e entregou as chaves a um dos funcionários que se daria o trabalho de colocar na garagem.
Kate voltava de sua caminhada matinal. O lugar era lindo demais para que ela não aproveitasse uma corrida logo cedo e ver o sol nascer naquela manhã fria. Ela viu Anthony chegar e não conseguiu evitar as palavras que saíram de sua boca quando estava logo atrás dele subindo as escadas.
"Rico demais para colocar um carro na garagem, mas não rico o suficiente para os novos estudos da minha pesquisa," sibilou o vendo estremecer só de ouvir sua voz.
Ela se perguntou, naquele momento, o que tanto havia feito os dois se odiarem desde o primeiro momento que colocaram os olhos um no outro. Anthony pensou o mesmo, mas já ele sabia bem a resposta para isso, mas preferiu deixar essa pergunta não respondida para si.
VOCÊ ESTÁ LENDO
the bridge
RomanceSentimentos são coisas incontroláveis. E quando se trata de amor nem o mais racional dos homens foi capaz de quantificar, explicar ou controlar. Nem o mais racional dos homens, muito menos os jovens irmãos Bridgerton. Enquanto alguns deles tentam nã...