uma enorme dúvida eu deixo aqui para vocês:
O que fez Simon Basset ainda estar em Londres em pleno Janeiro?
Será que ele - pela primeira vez em sua vida - está namorando?
Essa autora irá propor um acordo a vocês: eu darei uma pista sobre a minha identidade caso alguém consiga matar essa charada por mim.
Sempre atenta,
Whistledown.
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apartamento do simon
south kensington, londres
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simon
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Daphne era uma criatura muito, muito peculiar.
"Hum..." ela murmurou enquanto lia a coisa que o tal do aplicativo havia calculado depois que disse a ela que horas e que dia eu havia nascido. "Que você tem o sol em libra, eu sabia. Eu tenho meu ascendente em libra, sou péssima para tomar decisões e sempre quero agradar todo mundo que está a minha volta, menos eu. Você tem esse ar de quem tem o sol em libra, de fato, é bonito, charmoso e gosto de pergar 100 mulheres ao mesmo tempo. Mas você tem seu ascendente em capricórnio, uma combinação interessante."
Ergui a sobrancelha direita e tratei apenas de escutar. Não sabia que merda ela estava falando mesmo.
"Ascendente em Capricórnio?" Indaguei e ri um pouco.
"Sim, você tem capricórnio na casa 1," disse distraída e começou a rolar o dedo pela tela. "Vamos ver como está a sua Casa 4, porque se você tiver Saturno na Casa 4 ..." um minuto de silêncio e depois sua explosão: "Meu Deus! Simon! Você tem Saturno em Câncer na Casa 4! Meu Deus!"
Quase derrubei meu chá com o susto que tomei quando ela ficou de joelhos na cama e começou a pular em cima de mim.
"Eu deveria saber o que isso significa?" Indaguei e achei melhor colocar a xícara no criado-mudo enquanto ela surtava com a tal da casa 4.
"A Casa 4 fala sobre seus pais, sua infância, suas raízes familiares. Saturno nessa Casa representa problemas na infância, pais distantes, traumas. E com Câncer enfatiza mais ainda que o miolo do problema é os pais e não algum trauma causado por um terceiro," explicou sem tirar os olhos do celular. "Eu amo astrologia!"
Ela exclamou essas três palavras com tanta paixão, tão natural e tão do nada, que minha pergunta foi natural e automática:
"Porque não estuda isso ao invés de Arte Contemporânia, então?" Eu não quis demonstrar desprezo no meu tom de voz ao falar do curso de Daphne, mas foi inevitável.
Isso deve ser chato pra cacete!
Pela primeira vez, em quarenta minutos, Daphne tirou os olhos verdes e grandes do seu celular e me encarou. Encarou-me por uns bons dois minutos, tanto que tive que estalar os dedos em frente ao seu rosto para trazer ela de volta para mim, pois já estava viajando em pensamentos e divagações.
"Eu nunca pensei sobre isso," murmurou após uns segundos.
"Não? Como não? Você ama isso, acabou de falar!"
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the bridge
RomanceSentimentos são coisas incontroláveis. E quando se trata de amor nem o mais racional dos homens foi capaz de quantificar, explicar ou controlar. Nem o mais racional dos homens, muito menos os jovens irmãos Bridgerton. Enquanto alguns deles tentam nã...