uma conversa... importante

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[Capítulo não revisado]

O som do sinal nunca foi tão agradável aos meus ouvidos quanto hoje.
(?!*#&)- e não se esqueçam de finalizar o trabalho até semana que vem— diz arrumando seus óculos enquanto terminava de ajeitar os papéis da aula.

Eu mal espero a professora terminar de falar direito e saio correndo da sala com a minha bolsa em meus ombros. Se o que a "Eliza" disse está certo, o Frisk realmente iria me pedir em namoro.
Por mais que eu não vá com a cara dela, eu não posso negar que sem ela eu provavelmente não estaria indo que nem uma louca atrás do Frisk pelos corredores da faculdade.
Quando eu estava perdendo a esperança e pensando que o mesmo já havia ido embora eu acabo por esbarrar em alguém.
(S/n)- ah desculpa aí moço... Eu não te v-
(Frisk)- moço? Primeiro você  me da um gelo durante o dia todo, e agora vem me chamar de moço?— diz rindo um pouco no final
(S/n)- o qu- Ah Frisk!— eu pego rapidamente a minha bolsa que eu havia deixado cair no chão e seguro o seu braço para que o mesmo não vá embora— eu queria conversar contigo.
(Frisk)- ué,  você não estava me ignorando não?— ele estreita um pouco os olhos em minha direção, com um certo olhar de desaprovação.
Por mais que o Frisk tenha começado a falar mais e a realmente ficar "com os olhos abertos" desde que nós saímos do subsolo, eu ainda não estava acostumada com certos olhares ou falas que ele me lançava, e essa sem dúvidas, era um desses olhares.
(S/n)- é... Bem, eu... me desculpa tá? É que pra início de conversa, eu...— acabo olhando para qualquer lugar que não fosse seus olhos enquanto falava.
(Frisk)- você...?
(S/n)- *suspira* eu tava com ciúmes ok? É que... você parecia bem próximo dessa Eliza e tudo mais, fiquei me sentindo um pouco mal com isso— digo o nome Eliza com um certo nojo, por mais que tenha tentado não transparecer muito, só citar o nome dela já mostra o quanto eu "gosto" dela.
Eu estava esperando qualquer reação vinda do Frisk, menos a que ele me deu... Ele começou a rir. Comecou a rir como se o que o que eu tivesse dito fosse a coisa mais engraçada do mundo, começou a rir como se o que eu tivesse dito fosse uma grandessíssima piada.
(S/n)- você sabe que isso não tem graça nenhuma certo? Eu estou sendo 100% séria aqui— digo com uma certa raiva, por que ele não está me levando a sério? Por quê?!

(Frisk)- é que é engraçado ver que você está com ciúmes— diz dando ênfase no "você"— eu sempre pensei que de nós dois, o mais ciumento fosse eu.
Ele diz isso e se recompõe, me olhando de uma forma séria de novo, Deus esse garoto tem algum problema emocional? Ele vai de oito a oitenta muito rápido.
(S/n)- eu não sei por qual motivo você seria o mais ciumento de nós dois, mas isso não importa— digo retomando o meu foco e olhando em seus olhos— por que você estava tão "amiguinho" dela? Eu fiquei desconfiada... eu fiquei...— engulo em seco e continuo— eu fiquei um pouco pra baixo sabe? Pensei que você tivesse sei lá, partido pra outra.
Ele segura meu queixo e me olha com um olhar doce e com um sorriso compreensivo no rosto
(Frisk)- você não deveria ficar assim, me desculp por ter te deixado assim— ele solta meu queixo só para segurar meu rosto com as duas mãos e acariciar minhas bochechas com seus polegares— eu não gosto de te ver triste, me perdoe.
Quando eu digo que ele vai de oito a oitenta eu estava falando disso, como que ele estava sendo frio comigo alguns segundos atrás? Agora ele parece estar realmente arrependido e preocupado, coisa que me deixou deveras culpada.
(S/n)- t-ta tudo be-bem Frisk— digo segurando a sua mão que estava segurando meu rosto, em uma tentativa de o acalmar.— eu só... bem, vamos esquecer isso okay?
(Frisk)- okay— ele sorri pra mim e logo solta meu rosto— bem, vamos indo majestade?

Eu vou ao seu lado até a em casa, durante todo o caminho eu estava nervosa, eu queria perguntar para o mesmo se o que a Eliza disse era verdade.
Nós estávamos andando lado a lado, a nossa frente dava para ver o sol poente que pintava o céu com uma tonalidade alaranjada rosa e azul. O vento frio do início da noite do inverno em que estávamos deixava o clima muito agradável.
(S/n)- sabe Fri-
(Frisk)- você conversou com ela não é? Ela te disse que... que eu ia...
Ele nem precisou terminar, eu já sabia do que ele estava falando, e no fundo eu até agradeço por ter sido ele que começou essa conversa.
(S/n)- sim, ela me disse...— eu olhava para o céu, vendo a beleza do fim da tarde, tentando não desviar o meu olhar da paisagem e olhar na sua direção, pois tinha medo do possível rumo da conversa.
(Frisk)- *suspira* então? O que me diz?— eu conseguia notá-lo pelo canto do meu olho. Ele estava me olhando, esperando avidamente a minha resposta.
(S/n)- eu...
(Frisk)- você poderia, ao menos me olhar?— ele pega no meu braço com gentileza e segura meu queixo, fazendo com que eu o olhe— se você não quiser ter nada sério eu entendo, eu... Eu só quero uma resposta!
Dava pra ver na cara dele que ele não entenderia caso eu o negasse. Ele tentava me olhar de uma forma calma mas eu conseguia ver uma certa urgência em seus olhos, como que se a mínima possibilidade de eu acabar rejeitando ele fosse algo que o deixasse em pânico.
(Frisk)- você... você pode não querer nada sério, mas... mas só me diz— ele olha para o lado— eu prefiro uma resposta negativa do que nada, eu s-

Eu lhe dou um beijo lento,  interrompendo a sua tentativa desesperada de me convencer a dizer algo. Por mais que eu, de fato não tenha dito nada, só esta ação já prova as minhas intenções, pelo menos eu acho.
(S/n)- as vezes eu penso que você tem um certo desespero em me ter— eu digo ao me deparar do mesmo, segurando o seu rosto com delicadeza e olhando em seus olhos enquanto encostávamos nossas testas— mas uma coisa que você vai ter que aprender é que eu nunca vou ser sua...
Eu vejo ele fechar os olhos com força, como se estivesse se forçando a aceitar esse fato, ele parecia incomodado com isso, mas eu resolvi ignorar.
(S/n)- eu... Eu adoraria namorar contigo, você sabe disso muito bem, eu... sei lá... Eu só quero que na próxima vez que você resolver fazer algo do tipo, você venha falar comigo diretamente ao invés de ficar confabulando com suas "amigas"
(Frisk)- se é isso que você quer...— ele se afasta e me olha, dava pra ver em seu rosto que o mesmo estava radiante— na próxima eu venho falar diretamente contigo.

Eu sorrio vendo que o mesmo que parecia estar alarmado antes, agora estava radiante, como se esse fosse o melhor dia da sua vida.
Com um suspiro eu olho para o céu, estando genuinamente feliz de poder realmente "estar" com o Frisk, feliz de o mesmo ter tomado alguma atitude
(Frisk)- ei— eu o olho e acabo dando uns quatro passos para trás — bem, você disse que eu deveria falar diretamente contigo não?
Ele se aproxima e eu só consigo andar pra trás, assustada. Quando eu disse que estava feliz por ele tomar uma "atitude" eu não estava falando disso!
(S/n)- F-Frisk! Vo-você não acha que é um pouco cedo não? Tipo, cedo demais???
(Frisk)- ah... eh?! Do que você tá falando?— ele me olha como se eu estivesse louca.
(S/n)- Frisk, a gente começou a namorar não faz nem dez minutos, e você me vem com isso?!— eu chego perto do mesmo e pego a caixinha felpuda azul-marinho da sua mão— s-sabe, eu acho, SÓ ACHO que sou nova demais para casar...
O Frisk pisca rapidamente e logo começa a rir de novo de uma forma quase histérica. Eu o olho sem entender o que estava acontecendo

(Frisk)- ah, meu DEUS!— ele cai na risada de novo e logo pega a caixinha da minha mão— não, não não, você entendeu TUDO errado!
O mesmo seca os olhos que estavam marejados de tanto rir, e após se acalmar ele continua:
(Frisk)- isso não é um anel de casamento, isso é... bem— ele olha para a pequena caixa de veludo em sua mão, abrindo-a e logo me olhando de novo— isso é tipo um anel de... um anel de compromisso?
(S/n)- que???
(Frisk)- sabe, um anel de namoro. Isso é mais comum do que você imagina, é uma forma de eu expressar...— ele foca o seu olhar no pequeno anel, como se estivesse pensando na melhor forma de expressar em palavras o que o mesmo queria dizer.
(S/n)- de você expressar o que?
O Frisk me olha e logo sorri, e continua com as bochechas rosadas:
(Frisk)- para expressar todo o meu amor por você! Eu... eu quero que todos possam ver que você está comigo, quero que todos vejam o quanto eu te amo e que você é única, majestade

Eu estava em estado de choque, ele falou de uma forma tão honesta e tão... apaixonada que me deixou completamente sem jeito
(S/n)- bem, eu não tenho como negar isso depois dessa... confissão— digo rindo um pouco, logo vendo o sorriso do Frisk aumentar.
(Frisk)- acho que a partir de agora eu sou completamente seu majestade— diz colocando o anel com delicadeza em meu dedo anelar— já que você não pode ser minha, então me permita ser seu

Logo após isso o mesmo me puxa para um beijo voraz, me segurando com força como se tivesse medo de que eu fosse simplesmente fugir.

Mas eu não ia. Eu nunca seria capaz de fugir dele.

Após esse pedido... anormal de namoro, eu e o Frisk voltamos para casa de mãos dadas. Durante o caminho todo eu conseguia sentir o Frisk acariciando levemente a minha mão, onde coincidentemente estava o anel.

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