(Deku)
Eu não esperava que logo o Kachan ia dar um jeito de levantar o humor de todo mundo. Aquilo tirou completamente a tensão de antes, mesmo que momentaneamente.
- Ele deve ter algum plano para descobrir quem é o traidor. - o esverdeado começou, com tom baixo.
- O diretor nem disse que tinha mesmo um traidor... Será que a gente pergunta? - Ochako perguntou, mais para si mesma do que para o garoto ao seu lado.
- Não. O diretor quis dizer exatamente isso. Tem um traidor entre nós. - ele caminhava ao lado dela. - Quero saber por que não fomos incluídos no plano dele.
- Vou descobrir quem é, custe o que custar. - a garota sussurrou. - Mas agora eu preciso treinar a minha nova técnica.
- Cê tem treinado bastante sozinha... - comecei, olhando-a de canto e coçando o braço direito de maneira nervosa.
- Vamos treinar juntos! - ela exclamou, saindo de um transe repentino e agarrando minha mão para sair em disparada.
Senti o calor dela passando para mim, num choque que percorreu meu corpo todo. Engoli em seco e continuei correndo. Agora toda a proximidade de uma "amizade" definitivamente não ia funcionar. Pelo menos não para mim. Ela pensa assim também, né?
Quando chegamos no local para treinos, ouvimos uma grande explosão, que fez com que nós dois pulássemos e caíssemos pelo impacto. Ela em cima de mim, mas sentada de costas em cima "do lugar". O ar saiu dos meus pulmões e orei para não acabar "me entregando". Ela saiu rapidamente de cima de mim, e me olhou com os olhos arregalados, corada como um tomate.
- SAI DA FRENTE!! CÊS SÃO CEGOS?! - Bakugou gritou do outro lado do campo de treinos, havia acabado de explodir uma rocha que tinha ido na nossa direção, pelo visto.
- Como você conseguiu jogar uma pedra DOS CAFUNDÉ DE JUDAS PARA CÁ?! - Uraraka gritou de volta, realmente irritada.
E olha que fui eu que morri de dor.
- Ele já tá saindo, né? - olhei para o Bakugou, puxando a Uraraka para evitar um massacre loiro. E conseguir ficar sozinho com ela.
Nem pergunte quem eu acho que vai morrer nessa briga.
- Tsk... - ele pareceu entender o que eu queria, porque fez a cara de "falso incômodo".
- Então... Vamos treinar em lugares diferentes ou...
- Eu quero melhorar um golpe, e eu sei que você é melhor nesses golpes, v-você podia me ajudar? - comecei com a minha desculpa.
- Eu vou ter que ver primeiro... Tenta me golpear! - ela fez uma cara de determinada extremamente fofa.
Tentei dar uma rasteira nela, mas ela conseguiu escapar.
- Viu? É fácil sair dessa!
- Hm... Tenta intercalar golpes, depois você podia ir para uma sequência de socos! - ela simulou socos na posição típica do boxe.
Estávamos praticando vários golpes e fiquei impressionado com o estilo novo que ela tinha desenvolvido só para ela misturando lutas e a própria individualidade. Sorríamos no meio dos golpes e eu podia ver a animação dela. De repente, ela parou de bloquear meus golpes, e ficou séria.
- O que fo- ela me interrompeu com uma rasteira, que eu desviei, mas logo depois fui recebido por uma chuva de socos.
Fiquei surpreso, mas sorri enquanto bloqueava e ás vezes recebia alguns, mas ela sempre diminuía a velocidade para garantir que não ia me acertar a centímetros do meu rosto ou de algum ponto que eu sabia que ia doer.
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As pistas
Teen FictionDois anos depois, ainda na U.A., Uravity se aproxima muito de Midoriya, e eles viram melhores amigos por algum tempo. O problema é que ela não conseguiu manter seus sentimentos suprimidos. Havia escondido por tantos anos... E, no último ano, se afas...