Capítulo 2- "Game Start"

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Eu ainda não consegui raciocinar, que lugar é esse? Oque aconteceu???
Agora todo mundo tbm via Oque eu via, pera, elas tbm viam isso? Eu aproveitei a dúvida e perguntei:
-Manas, vcs vêem oque eu vejo?- falei enquanto virava o rosto pra olhar pra elas.
Duda me encarou e falou
- mana, se vc vê um bando de prédios
- inclusive alguns destruídos- foi vez de Ana falar, Duda apenas assentiu com a fala e continuou
- sim nós estamos vendo o mesmo que você.
Esse era um costume delas, elas sempre completavam as frases uma da outra e eu já estava acostumada. Sabendo que não era alucinação, eu ousei me aproximar um pouco mais, Duda só falou
- Cuidado pelo amor de zeus garota.
Eu só soltei uma risada e continuei. Pulei a cerca e pisei numa área com piscina, eu olhei para o lado esquerdo e tinha uma espécie de depósito, eu olhei pra trás e disse:
- Vcs não vão vir?
Duda e Ana se olharam e soltaram uma risada
-Mana se eu pular dessa cerca eu quebro uma perna - Ana falou e eu ri enquanto voltava lá pra dentro pra ajudar elas.
Eu tive que quebrar a cerca pra elas descerem, e ainda assim, Duda quase caiu, vindo delas duas é normal, já que as duas são sedentárias, eu não sou tanto como elas pq comecei a praticar exercícios físicos, ainda assim sou meio sedentária.
- mano Oque rolou aqui? Eu ainda não entendi - falei virando e olhando para as duas. Duda por algum motivos estava se alongando e Clara verificava a bolsa que sempre anda com ela.
- será que a gente entrou pra alguma dimensão alternativa?? - Duda falou enquanto tocava as pontas dos pés sem dobrar as pernas.
- se a gente mudou de dimensão a gente tem que encontrar alguém para sabermos em q dimensão estamos - agora foi vez de clara falar enquanto tirava uma injeção ainda no pacote da bolsa, Oque quase me fez gritar
- TA LOKA, GUARDA ISSO OU JOGO FORA- falei alto enquanto dava alguns passos pra trás.
- Calma Andy, desculpa mesmo, esqueci do teu trauma a agulhas e injeções - Ana falou guardando a injeção de volta na bolsa enquanto fechava ela. Eu respirei fundo e falei meu tipico:
- D boa - enquanto sorria pra ela se sentir calma. Uma breve explicação, algumas vezes elas me chamavam de Andy pq foi a pena que ganhei por perder um desafio, mas eu até gosto desse nome. Duda que estava alongando os braços enquanto essa cena acontecia, abaixou os braços e falou: -acho melhor a gente sair daqui.
Foi dito e feito, a gente foi em direção a um hotel? Duda automaticamente fez careta e falou:
- Que arquitetura ridícula, o certo seria o hotel no lugar da escola e a escola no lugar do hotel em direção a rua que fica atrás desse hotel.
Eu apenas olhei pra ela e fingi entender, e acho que clara fez o mesmo, mas anyways. Duda tomou a frente enquanto clara ficava entre nós duas e eu ficava atrás protegendo clara, Duda apontou pra uma porta e colocou o dedo indicador sobre os próprios lábios em sinal de silêncio, Clara concordou com a cabeça e eu fiz o mesmo. Duda tentou girar a maçaneta mas, estava trancada, ela soltou um "Poxa!" Totalmente frustrada, eu semiserrei os olhos pra pensar e perguntei:
- a porta abre pra dentro ou pra fora?
Duda confusa só respondeu:
- pra dentro. Pq?
Eu dei meu tipico sorriso de canto de boca e cheguei perto dela e falei:
- sai de perto, vc pode se machucar.
Ela só concordou e ficou perto de clara que assistia a cena ainda confusa. Eu olhei pra porta, lembrei de todos os momentos do rpg O Segredo na Floresta no qual o Thiago Fritz tentava arrombar a porta e conseguia com glamour, mas também lembrei de quando o César Cohen tentou arrombar e torceu o pé. Eu fechei os olhos, respirei fundo, e peguei distância de meio metro. Duda arregalou os olhos percebendo o que eu ia fazer enquanto clara estava de cabeça baixa com a mão no rosto em sinal de frustração. Eu sem pensar duas vezes, como sempre, saí correndo em disparada em direção a porta, eu tentei parar e dar um chute em cheio na porta que caiu no chão fazendo um barulho enorme, eu só coloquei minha perna de volta no chão e olhei para as garotas, Duda estava ainda com os olhos arregalados porém agr estava surpresa, e Clara olhava pra mim com um sorriso sem mostrar os  dentes como sinal de orgulho, eu apenas levantei uma sobrancelha e sorri virando pra "porta" se podemos assim dizer. Entrei, liguei a luz, na verdade tentei, não tinha energia, eu apenas estranhei e fiquei com um pouco de medo, já que odeio escuro, Duda perguntou:
- pq tu não ligou a luz?
Eu olhei pra trás encarei ela e falei:
- mana, não tem energia.
Ela sorriu e falou:
- eu não entro aí
- a mana vai, eu tbm odeio escuro- falei tentando encorajar ela
- eu vou pq Ana ignorou nossa discussão e já tá lá dentro encarando a gente enquanto come um pacote de alguma coisa.
Eu arregalei os olhos e olhei lá pra dentro, e realmente dava de ver a silhueta dela e dava de escutar um barulho de algum saco vamos assim dizer. Ela começou a rir e falou:
- bom, se eu não morri, é pq não tem nenhum bicho papão por aqui, vamos logo, acho q tem mais comida aqui.
Eu olhei pra Duda q balançava a cabeça negativamente, segurei a mão dela e puxei ela pra dentro, se fosse pra morrer nós morreriamos juntas. Um fato sobre mim, eu estranhamente consigo ver muito bem no escuro, e esse foi o motivo que me fez não atropelar nada. Eu fui pra cozinha ainda puxando Bastos q agr puxava Ana e falei:
- okay, aqui tem que ter comida, procurem porque Tem que ter.
Eu só escutei passos e logo escutei sons de coisas abrindo. Nós conseguimos juntas 6 pacotes de amendoim, 12 de bala de goma e 9 de salgadinhos, sem contar as 10 garrafas de água que encontramos. As duas iam em direção a porta que nós entramos, mas eu olhei pra trás e vi uma porta de vidro.
- meninas acho q a entrada é ali - falei fazendo as duas se virarem pra mim
- quer ir pra lá? Certeza? - Ana falou com desconfiança talvez.
- acho q a gente vai descobrir onde estamos se sairmos por ali - falei.
- okay, vamos - Duda falou segurando a mão que sobrava de clara e puxando ela em direção a porta. Chegamos na porta e eu nem tentei abrir. Só peguei uma cadeira que estava do meu lado e taquei na porta que virou centenas de cacos de vidro, passamos pela porta e nos demos de cara com uma rua cheia de mercados, lojas de roupa, de acessórios, frutarias etc.. eu peguei meu celular do bolso e falei:
- acho q o GPS pode nos ajudar.
Eu olhei pro celular e estranhamente não ligava, sendo q coloquei ele a noite inteira pra carregar, quando eu já estava quase desistindo a tela do meu celular liga, só que com um nome na frente, em inglês "Game start"

Andy In borderlandOnde histórias criam vida. Descubra agora