Que venha tempestade na terra da garoa

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O barulho do trovão é retumbante no céu.
Em uma terra hoje árida, a chuva umidece nossos percalços.
As gotas são recebidas pelo chão com aplausos.
Aplausos que encondem o medo e não por acaso.

Antes, em tal terra, a água era abundante.
Rios e mais rios, árvores e bandeirantes.
Mas o tempo foi levando tudo.
O tempo, o homem, o asfalto, o mundo.

Enfim, a vingaça chegou.
Não em um prato frio.
Mas em um calor descomunal
E sem água no rio.

Ainda assim, os habitantes dessa terra parecem despreocupados.
O bem da vida jorra na mangueira, limpando calçadas e carros.
Quando iremos perceber de verdade.
Quem será nosso arauto?
Quem brandará aos quatro ventos:
Salvem a terra da garoa,
salvem esta terra boa.

Poesias para sorrirOnde histórias criam vida. Descubra agora