❝Na escuridão,
no meio da noite.
No silêncio,
quando não há
ninguém
ao seu lado.
Você me
chamaria em
nome do amor?❞
"Você queria atirar na minha cabeça."
"Eu sei e sinto muito, garoto."
"Exatamente, garoto . Estou na porra do colégio e você...
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Tendo tomado aquele maldito banho, penteado seu cabelo com uma pitada de pasta de cabelo e colocado algumas roupas lavadas, Peter decidiu que realmente poderia parecer pelo menos um pouco aceitável se quisesse e tivesse motivação suficiente para tentar. Sim, motivação, isso era algo que faltou nos últimos meses, ele pensou consigo mesmo enquanto abotoava sua camisa de flanela amarela na frente do espelho do banheiro.
O relógio bateu quarenta e poucos minutos desde o telefonema de maio, quando Peter entrou na sala de estar, encarando Quentin, que olhou ligeiramentemais do que apenas nervoso. Ele parecia ter andado ao redor da sala nos últimos minutos, pelo menos, com as mãos nos quadris e outra camiseta abraçando a parte superior do corpo - desta vez era uma branca com as palavras LÓGICA impressas na frente.
O menino parou ao lado do sofá, observando-o. "O que está acontecendo? Não me diga que você está nervoso por causa de Happy, "ele meio que brincou, um canto de sua boca se contraindo ao ver o olhar surpreso no rosto de Beck. O homem suspirou pesadamente e parou de andar também, movendo as mãos para escondê-las nos bolsos de trás da calça jeans.
"As coisas que eu disse antes ... eu estava falando sério, Peter," ele disse em um tom sério que fez as entranhas de Peter se contorcerem desconfortavelmente. Ele odiavaesta nota - fazia com que a voz de Quentin não fosse mais calmante, não fosse mais calorosa e consoladora. Ele apertou os lábios em uma linha fina.
"Vamos deixar por enquanto."
"Eu quis dizer cada coisa que eu disse," Beck repetiu teimosamente, dando um passo à frente. "Eu estou triste por deixar cair mais trauma em você."
E foi isso, e então silêncio. Peter esperava algo mais - mais explicações, mais bobagens, qualquer coisa -, mas Quentin descobriu que não adiantava quando se tratava dele.
Ele acenou com a cabeça rigidamente, os olhos nunca deixando o homem. "Não muda nada, mas. Entendido."
Beck acenou de volta e franziu as sobrancelhas ligeiramente, algo semelhante a um sorriso se formando em seu rosto. Parecia que ele queria falar, adicionar algo desnecessário, mas então a fechadura da porta da frente chacoalhou, fazendo Peter olhar bruscamente para ela.
Ah sim. Não podia esperar. Seu olhar voou de volta para Quentin, que ainda tinha os olhos fixos em Peter - atento e suave mais uma vez, e segurando tanta curiosidade. Era tão estranho receber tanta atenção pela primeira vez em sua vida, ser ouvido e cuidado, e o garoto finalmente começou a se sentir um pouco sobrecarregado. Mas inferno se não fosse bom. "Não fale a menos que eles peçam, certo? E mesmo assim, por favor, tente não falar merda. "
"Entendi", respondeu o homem, com um sorriso quase infantil aparecendo em seu rosto e Peter teve certeza de que não era apenas fisicamente capaz de não sorrir mais para ele.
Deus, foi estúpido. Parecia aquele começo de sua paixão por MJ e inferno, ele realmente não precisava de outro fardo na forma de sentimentos calorosos por ele, não vamos esquecer essa parte, inimigo.
A porta cedeu e se abriu, revelando o sorriso ofuscante de May. Ela estava vestida com uma de suas camisas florais arejadas e seu macacão jeans favorito que ela comprou em sua viagem para a Califórnia não muito tempo atrás - descobriu-se mais tarde que não foi tecnicamente ela quem os comprou, mas Happy, e ela apenas escolheu o estilo. Para ser honesto, Peter tinha certeza de que havia muito mais sobre ela e Hogan que ele ainda não sabia, porém, neste momento, ele não tinha certeza se queria.
