❝Na escuridão,
no meio da noite.
No silêncio,
quando não há
ninguém
ao seu lado.
Você me
chamaria em
nome do amor?❞
"Você queria atirar na minha cabeça."
"Eu sei e sinto muito, garoto."
"Exatamente, garoto . Estou na porra do colégio e você...
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Logo descobri que sim, as habilidades culinárias de Quentin, felizmente, incluíam fazer chocolate quente e, Deus, era um bom. Peter não tinha isso desde a sexta série ou algo assim, com ele sempre se esquecendo de fazer e May provavelmente pensando que ele não gostava mais, e só agora percebeu o quanto sentia falta disso. Ele sentia falta do gosto doce que iria arranhar sua garganta, e ele, honestamente, sentia falta do calor que se espalharia em seu peito e estômago.
"Parece que você realmente gostou, hein?" Quentin riu baixinho, apoiando os quadris no balcão da cozinha, os braços cruzados e olhando para Peter sem vergonha. Desta vez era o menino que estava sentado no balcão de madeira com os pés um pouco mais altos do que os de Quentin antes, curvando-se um pouco para se enrolar em torno da caneca que segurava. Ele sorriu calorosamente, deixando seu olhar vagar para o rosto do homem.
"Você nem mesmo sabe," ele respondeu e olhou para a caneca, o olhar intenso de Beck de repente demais. Ele balançou as pernas como uma criança por dez segundos ou mais, deixando o silêncio rolar ao redor deles, antes de olhar para trás. "Então você está me dizendo que o enigmático e mortal Mysterio estava tomando uma xícara de chocolate quente à noite?"
Quentin bufou, tentando parecer presunçoso, mas falhando, a timidez voltando ao seu rosto. Era fofo, Peter decidiu, era fofo ver o homem tão vulnerável e suave, e às vezes o garoto se esquecia que havia uma escuridão se escondendo embaixo dele.
Uma escuridão que ele esperava que o homem tivesse deixado para trás.
"Eu devo concordar por uma questão de educação."
"Sim, você diz isso," Peter bufou, balançando a cabeça com ligeiro divertimento, um sorriso se esticando em seu rosto. "Eu sei melhor."
"Você poderia parar de me expor, por favor? Eu tenho uma reputação a defender, "o homem sussurrou em um sussurro exagerado, uma mão cobrindo sua boca de forma dramática. Ele se virou para limpar depois de si mesmo, mas seria difícil não notar a careta de conteúdo que pintou seu rosto e, honestamente, Peter não pôde evitar um sorriso ainda mais amplo.
Era bom sorrir tão facilmente. Parecia que estava tudo bem, como se sua vida não fosse um desastre e ele fosse feito para ser feliz.
Mas ele estava?
A caminhada não tinha sido exatamente o suficiente para se livrar de toda a rigidez e excesso de energia que seu corpo decidira manifestar, mas era algo. Isso o ajudou a se acalmar um pouco, diminuir o pulso e parar o tremor, e ele achou que devia ser o suficiente por enquanto. Ele realmente não se sentia pronto para ir lá sozinho - em parte por medo de que suas memórias fossem ativadas novamente; em parte por medo de ver o mais novo grafite do Homem de Ferro, desta vez mais claro. Ele não se sentia tão imprudente ainda.
Ele queria que esse sentimento certo durasse.
Desta vez, ele pediu a Quentin que o deixasse verificar o ferimento por conta própria e recebeu um olhar que gritou surpresa e admiração, um olhar que o fez lembrar um animal selvagem.
