A neve que cobria o chão deixava as ruas molhadas. Tudo era uma pintura de pinheiros verdes escuros com uma enorme camada de gelo por cima. As nuvens carregadas e acizentadas no céu faziam uma paisagem assustadora. — Ou era apenas os meus pensamentos conturbados que gritavam à procura de algum aconchego? —
[ flashback on ]
— Não precisa ficar se martirizando para me manter aqui. Você sabe muito bem que sou uma causa perdida, me deixe morrer em paz. — os gritos de Kisashi ecoavam pelo quarto de internação.
— Você é um mal agradecido, estou fazendo tudo isso porque te amo. — Sakura se tremia — Você é a única coisa que sobrou em minha vida... você é a minha única família, pai. — E ela chorava, chorava desesperadamente por saber que a hora da partida estava cada vez mais próxima.
— O envelope em baixo da minha cama vai te deixar bem. — O velho se aproximou da garota com dificuldades. Apesar de ser restrito de esforços, ele não se importou. Sabia que esse poderia ser o último contato que ele teria com a filha. — Me perdoe por ter feito você sofrer tanto minha filha. Deixei tudo pra você, mesmo que não tenha nada.. o pouco é seu. Não se desfaça da nossa casinha, ela é simples mas tua mãe que reergueu, guarde isso como uma memória de nós dois.
— Tudo bem pai, eu te perdôo. Isso vai passar. Por favor, não se esforce tanto.
Sakura ajeitou o seu pai na cama hospitalar e se aconchegou em seu peito, procurando o conforto que seu pai nunca pode lhe dar.
[ flashback of ]
Deslisei os dedos sobre o corrimão da rampa que da acesso ao pronto socorro do hospital e lentamente ia vagando à procura de alguém que possa me dar pra informações sobre Kisashi.
Me perco aos redores com à multidão, o hospital estava cheio e agitado.
Aqui os funcionários nunca dormem e sei exatamente como funciona. Médicos exaustos após passar horas em plantões ou cirúrgias, enfermeiros correndo de um lado para o outro auxiliando seus superiores e pacientes desesperados à procura de cura.
Mas agora meu pai não pode exigir isso, no estágio em que sua doença estava agravada, nem por um milagre ele conseguiria se safar.
Meus pensamentos voltavam ao passado desenterrando lembranças ... lembranças de como eu tinha uma vida quase perfeita.
Kisashi era apenas um pai comum que levava a única filha ao parque de diversões junto com minha mãe. Comíamos pipoca, algodão doce e pizza na hora do jantar.
Antes de dormir, eu era acolhida como um filhote de pássaro no ninho de seus pais protetores. Eles me contavam histórias e se despediam com um beijo em minha testa.
Isso faz tanto tempo que me senti impressionada por ter lembrado desses bons momentos.
Mas então meu pai se entregou para a bebida. Vivia perdendo seu salário em jogos e apostas que nunca ganhava, mas ele insistia nisso. Insistia em ser humilhado por donos dê bares e de agiotas infiltrados. Insistia que estava fazendo o certo, mas não se importava em machucar sua única família.— Oi, você poderia me ajudar? Estou procurando pelo doutor Akasuna. — Perguntei a uma enfermeira que passava por mim.
— Todos estão procurando pelo doutor, procure por aí, estou ocupada salvando vidas garota. — Ela respondeu arrogante.
— Sua desgraç.. — Neji se exaltou e tentou bater boca com a enfermeira, mas não queria mais confusões. O impedi segurando em seu braço.
— Por favor.. — Supliquei com o olhar marejado — Só por hoje.
Neji me abraçou apertado, fazendo minha angústia se controlar aos poucos.
— Senhorita Sakura? — Um homem dê cabelo ruivo me tirou de meus devaneios.
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O amor é Rosa. NejiSaku [ CONCLUÍDO ]
Fiksi Penggemar" - Porque você perdoaria pessoas que fazem mal a você ? - Sussurrou Neji enquanto acariciava meu rosto. - Pra mostrar que não sou igual à elas. - Mas essa é à questão, talvez eu possa ser pior que todas elas. " { aviso geral } créditos da fanart...