Voltei \o/
Um mês se passou depois de sua viagem, o juiz teve sua melhor decisão. Segundo ela foi o melhor a se fazer. Pude sentir sua dor ao vê-la se despedir de seu pai no aeroporto. Sua mãe mantinha um olhar de repulsa para aquilo, mas também pude ver sua dor. Acho que nem ela entendia o que estava fazendo. Ou talvez fosse apenas remorso.
O juiz havia decido que pela distância, ela poderia vir nas férias. Mas isso era pouco.
Mantínhamos contato por um programa de vídeo. Julia foi bastante racional ao terminar com Betinho, ele parecia gostar dela realmente, até chorou. Nem vou falar de mim e do Rafa, parecíamos uma nascente. Ele nos ameaçou se contássemos que havia chorado para alguém. Agora posso dizer que odeio despedidas. Não queria que fosse.
Nesse mês que passou Dinho e Rafa estavam um pouco distante por causa dos treinos excessivos. Eles teriam um torneio em recife. Era muito importante para eles. Teriam alguns olheiros por lá. O que fez com que treinassem mais e mais.
Isso fez com que Samuel se aproximasse ainda mais de mim, pois até meus pais estavam longe. Espero o dia em que eles estejam mais presentes, mas entendo que é o trabalho deles. Eles não podem deixa a própria empresa á ver navios. Como não tem um filho mais velho, esperam que eu cresça para poder administrá-la.
Mesmo Samuel estando mais perto, ás vezes me deixava sozinha. Não sabia para onde ia, mas sempre era arrumado. A noite sempre se trancava em seu quarto. Talvez fizesse isso sempre e eu não tinha percebido, pois estava acompanhada. E quase sempre ele parecia querer se distanciar.
– Docinho, o que iremos fazer no nosso aniversário? – Dinho acariciava meus cabelos, enquanto assistíamos ao filme. Estava deitada no sofá minha cabeça estava sobre suas pernas.
– O que? – O olhei ainda deitada.
– Está chegando e ainda não decidimos. – Sentei-me ao seu lado, entusiasmada.
– É mesmo!
– Dois meses juntos.
– O tempo passou rápido, não? – Sorri. – Nunca imaginei estar aqui com você. Tudo era apenas um sonho para mim. – Ele passa seu braço em volta de mim para abraçar-me.
– Eu te amo tanto. – Beijou minha bochecha descendo aleatoriamente até meus lábios, parando no cantinho da boca. – Já sei o que vou fazer!
– O que? – Disse animada me distanciando um pouco para olhá-lo melhor.
– Será surpresa!
– Ai conta! – Pedi no meu sorriso mais angelical.
– Vou te buscar amanhã à tarde no colégio.
– E para onde vamos?
– Quero que você se surpreenda.
– Mas amanhã você não vai treinar?
– Posso falar com meu mestre, mas se ele não deixar vou mesmo assim.
– Promete?
– Faço tudo por você meu doce.
O Filme acabou e ele teve que ir. Senti por isso queria que ficasse mais. Sinto-me só. Mais uma vez Samuel some. Todo domingo é isso. Fico aqui sozinha, nunca o vejo quando chega. Mas domingo passado ouvir bater a porta de seu quarto, e já estava tarde.
Mais um dia longo se passa, chegando a segunda. Que me trazia de volta para a rotina. Mesmo não suportando estar no colégio sem meus amigos era necessário ir.
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Sem Querer
RomanceNunca esperei que isso acontecesse comigo, mas enfim aconteceu. O que me fez descobrir também que... "O amor não se ver com os olhos, mas com o coração." William Shakespeare.