Capítulo 1

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- Ana você não vai acreditar! - Julia falava para mim toda entusiasmada. Não estava prestando tanta atenção, mas a olhei com ansiedade esperando que falasse. - Betinho me chamou para sair! - Bem, como explicar? Betinho é um menino novo do colégio, por sinal bem gatinho, Julia estava de olho nele desde que entrou no colégio. Ele começou andar com o pessoal "popularzinho" e logo em seguida começou a namora com Nicole, uma das meninas do seu grupo. Sério assim de cara quando chegou ao colégio. Julia ficou chateada, mas esqueceu, achou que era uma "apaixonite" boba. Mas ai a menina que ele estava namorando por algum motivo saiu do colégio depois que eles terminaram. E agora ele a chama pra sai. Não queria chateá-la com o que eu estava sentindo, poxa ela é minha amiga eu tinha de ficar feliz.

- Que ótimo amiga! - Sorri forçado. - Me conta como ele te chamou e aonde vocês vão? - Peguei uma almofado que tinha no sofá e a abracei, cruzei as pernas voltando minha atenção para Julia, mostrando minha curiosidade.

- Vamos para o cinema! - Diz toda contente, seu sorriso deixava clara a sua felicidade, eu perceberia se não estivesse. Afinal somos amigas há anos. - Ele me chamou na hora do intervalo. - Ela me contou tudo em detalhes eu a escutei. Sério! De verdade a escutei, deixei pra lá o que rolou comigo esta manhã. Em pensar que.

Ai eu tenho que esquecer isso!

Logo ela foi embora, estava ansiosa para o seu encontro que seria às 19h e ainda tinha que decidir o que ia vestir, ela parecia estar um pouco nervosa. Ela também me chamou para ajudá-la a escolher, mas não, eu não estava a fim de sair. Ela insistiu, mas logo viu que não tinha jeito. Fui comer algo. Chegando a cozinha encontrei batata frita, ai como eu amo batata frita. Peguei meu notebook e me deitei no tapete da sala, minha sala não era tão pequena tinha um sofá branco de camurça com três lugares, um console por trás dele, duas poltronas no canto das duas pontas do sofá, também de camurça da mesma cor do sofá uma de frete a outra, uma mesinha de centro sobre o tapete persa que mamãe amava. A Televisão e outros objetos, minha mãe era muito detalhista quanto à decoração, mas quanto a mim tudo está bem de qualquer jeito e se esse qualquer jeito for simples tá legal. Verifiquei minha rede social e dei uma leve passadinha na conta do João Pedro. Bem, e tá ai um dos motivos pelo qual eu fiquei chateada. Vi uma foto dele com uma loira que estava agarradinha de mais nele para o meu gosto. Ele estava vestindo uma bermuda xadrez branca com uma blusa de manga curta azul, justa o suficiente para ver a marca de seu abdômen levemente definido, ele estava com seu boné pra trás, seu cabelo é curto e liso dava para ver uma parte saindo pela abertura do boné, isso o deixava muito fofo. Ao redor deles estavam alguns de seus amigos que conheci essa manhã. Lá estava ele. Roberto. Em pensar que não o teria visto hoje se não fosse minha mãe que me mandasse passar lá para entregar o bendito convite. Sair de casa com a maior cara de tonta. Fui torcendo para que João Pedro atendesse a porta e eu pudesse falar com ele novamente. Estava curiosa pelo motivo que nos fizeram tomar rumos diferentes. Demorou um pouco até atenderem a porta, seu irmão mais novo o Lucas que atendera, ele era tão fofo tinha seis anos seus cabelos castanhos e cacheados estavam bem cortados, parecia bastante com João, ele estava com roupas de banho provavelmente estava na piscina. Pedi que chamasse sua mãe, mas ele insistiu para que eu entrasse. Logo dei de cara com João saindo da cozinha sem camisa com seu abdômen a mostra, nossa acho que ele estava malhando muito, tipo muito mesmo, acho que vi um Deus grego na minha frente. Não me importaria de abaná-lo e dar uvas em sua boca... Epá! Isso é feito com os faraós, viajei. Tentai afastar-me de meus pensamentos.

- Anastácia...? - Ouço uma voz distante. Ele acenava em frete do meu rosto, Droga! Acho que estava com uma daquelas caras de retardada, minha especialidade. Minha boca também estava aberta. Eu apenas pisco os olhos e dou um sorriso, foi um sorriso tipo... Como dizer? Apaixonantemente retardado.

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