Prólogo

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Gostosa.

Sexy.

Sexual.

Mas nunca boa o bastante para ser mais que uma noite na vida de alguém.

É incrível como as pessoas tiram suas próprias conclusões apenas pela capa, no meu caso, apenas pelo corpo. Cresci ouvindo que deveria ser mais que um corpo bonito, pois sendo negra e pobre, ser inteligente era o mínimo de diferencial que eu deveria ter, e foi assim que cheguei onde estou agora. Me graduei em Ciências Contábeis pela UERJ, fiz pós na UFRJ e vim para uma proposta de emprego em São Paulo e por aqui fiquei, mostrei para muitos que eu era além de gostosa na minha cidade, para os amigos dos meus pais, para os meus pais. Por mais que ainda escute que "quem é o velho por trás de suas roupas?" Ou "tá andando muito em asilo, tá ostentando abeça." eu sabia ser bem diferente, que eu me bancava, me dava meus luxos e podia me divertir o quanto eu quisesse, porque o amor não era para mim, nunca foi.

Conheci vários homens na minha vida, alguns que valiam a pena e outros que é melhor não lembrar. Mas nunca ninguém foi tão desafiador como ele, Daniel Fonseca, o delegado mais gato que já vi na vida. Era irônico por se dizer, eu não deveria me envolver com ele, não quando ele fazia parte de uma das corporações mais abusivas que existiam no Brasil, mas ele não me quis, mesmo sendo inteligente, engraçada e sexy, para ele eu era sensual demais, gostosa demais, e claro livre demais.

E foi isso que me fez querê-lo, pois tudo o que disseram que eu não conseguiria, mostrei conseguir e ele não difere disso, um jogo.

Homens são todos iguais, e isso é algo universalmente comprovado, eles podem dizer que não querem você por ser tudo aquilo que representa de negativo na mente pequenininha deles, mas basta a mulher querer de fato que acontece. Não é questão de ser insistente, é de reconhecer se existe a possibilidade do fato acontecer.

Daniel era arisco, em todos os eventos que compartilhávamos juntos sua cara em minha direção era de reprovação, como se eu estivesse fazendo algo de errado, chegava a ser engraçado ver o quanto ele lutava para não olhar para o meu corpo e quanto ele falhava miseravelmente.

O nosso único embate foi quando nos encontramos em um bar, ele estava lindo de preto e ainda não sabia da sua profissão e muito menos que ele era irmão do meu chefe. Ele estava encostado no balcão e olhando tudo ao redor, e eu como boa menina que sou não poderia perder a oportunidade de conseguir uma noite com um cara gato daqueles.

- Oi? Me vê outro Dart Vader, por favor? - pedi ao barmen e olhei para o outro lado do bar, que também tinha outro balcão, e observei Juliana conversar com alguém diferente do seu ex babaca.

- Aqui, gatinha. - me entregou a bebida e sorri em sua direção.

- Obrigada. - lhe respondi e continuei ali, esperando quando ele falaria algo.

- Se está parada aqui pensando que o barmen sairá com você, sinto lhe informar que o mesmo já marcou de sair com a garota na outra ponta. - sua voz grossa e com desdém soou em meus ouvidos.

- Não estou interessada no barmem, não que ele não seja um gatinho, mas não faz o meu tipo. - sorri para ele e o mesmo continuou sério.

- E você tem um tipo? - indagou e pude deixar o meu sorriso aumentar ao lhe responder, não antes de lhe dar um olhar mais atento.

- Tenho, gosto dos que tem cara de mal e vestem preto. - pisquei. - Você não acha isso incrível?

- Acho, porem não estou interessado. - disse e olhei bem para os olhos deles.

- Uma pena! Mas posso lhe perguntar porque não? - perguntei querendo saber o que o levava a negar os olhares que estava dando para os meus peitos.

- Gosto das tímidas. - disse e eu ri. - O que é tão engraçado?

- O quanto você se esforça para mentir para si mesmo, bonitinho. - deixei o copo em cima do balcão e mexi em meus cabelos. - Mas sabe o que é mais legal ainda? - ele negou com a cabeça. - Continuarei me divertindo essa noite e você vai se arrepender de gostar das tímidas. - pisquei. - Até mais. - sai dali em busca da minha próxima vítima, deixaria o bonitinho para a próxima vez que nos encontrássemos, pois, algo me dizia que aconteceria em alguma curva da vida.

Algum tempo depois o encontrei em um jantar na casa de seus pais, era o jantar de apresentação de Juliana a família do Eduardo que acaba por ser da mesma família dele, e foi ali que descobri seu nome, Daniel Mendes Fonseca, delegado em uma delegacia na grande São Paulo. Minha intuição raramente falha, e dessa vez ela foi certeira. Daniel preferiu fingir que eu não existia, e eu, bom, não iria atrás dele como uma cachorrinha, eu seria letal.

Só não contava que ele fosse tão letal quanto eu.

Que o meu corpo sentiria falta do seu!

E muito menos contava em me apaixonar.

Mas me apaixonei e não foi bonito.

E então, segui e venci, porque eu sempre vencia.

Mas guardei algo desse amor e agora precisava compartilhar com ele, só não sabia qual seria A Cor do amor que ele escolheria daqui a adiante.

Eu gosto que quando elas querem
Elas vão e fazem, ya, ya, ya
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OLÁ MINHAS LUZES!
É com muito amor e carinho que eu apresento esse novo enredo para vocês! Espero que gostem desses personagens assim como eu que já estou apaixonada.
Eu só digo uma coisa: VAI PEGAR FOOOGO!

BEM VINDAS EM A COR DO AMOR!

#VEMAGNES #VEMDANIEL

A cor do amor (Livro 3 - Amores)Onde histórias criam vida. Descubra agora