Tem dias que você faz merda consciente, era o meu caso hoje, fiz uma das merdas mais gostosas e não imaginei que seria tão bom. Daniel era tudo o que prometia com o olhar, talvez até mais e meu corpo ao sair daquele chalé ainda vibrava e sentia seu toque sobre meu corpo. Pedi um uber assim que acordei e fui para o meu apartamento, tomei um banho no meu banheiro cheiroso pensando como seria um banho com aquele homem, mas logo tirei isso da cabeça porque eu, assim como ele não gostava de repetir figurinha e o que queria dele eu havia conseguido, uma boa noite de prazer. Deitei em minha cama com a consciência leve, pois ainda era domingo e eu estava propensa a dormir muito, pois no dia seguinte eu voltaria a trabalhar.
Acordei à tarde com o meu estômago roncando de fome, dei graças a Deus que minha geladeira estava abastecida de comida vindo da casa da dona Eva, santa mão de fada safada, a mão era de fada, mas a alma era de safada. Por isso nos dávamos tão bem, ela era uma pessoa singular, diferente da minha avó que era crente assembleiana e tudo o que eu fazia era tido como pecado. Sorri ao lembrar-se da minha família, ela era grande, barulhenta e me dava uma dor de cabeça enorme, mas já estava morrendo de saudades deles novamente. Meu celular tocou e senti meu coração se aquecer quando li "mãe" no visor do celular.
- Boa noite, dona delícia.
- Boa noite minha filha, como você está? - sua voz suave que sempre me acalmava perguntou do outro lado da linha.
- Bem, tive um dia bem calmo hoje. Passei o dia dormindo, recuperando as minhas forças para retornar ao trabalho amanhã. Como estão as coisas aí? Estão precisando de alguma coisa? - havia me formado não somente para ter uma vida mais confortável, mas também para ajudar a minha família no que estivesse ao meu alcance.
- Não, querida. O dinheiro que você mandou ainda tem um pouco guardado para alguma emergência. Só estava com saudades da sua voz... - mamão era uma mulher linda, que não se via bem, mas que era uma mulher maravilhosa e sofrida pela vida.
- Também estava com saudades, me conta as fofocas recentes por aí...
Terminei a noite conversando com a minha mãe, sobre a confusão que era nossa família e prometendo a visitar no próximo feriadão. O bom de estar a oito horas de carro de distância, era poder matar a saudade de quem eu amava em curto espaço de tempo.
Cheguei à empresa alguns minutos antes do expediente começar, a primeira pessoa que vi foi Giovana com sua cara de insuportável. Não me preocupei em lhe dar bom dia, pois assim que me viu virou a cara para outro lado. O dia correu como o esperado por mim, uma mesa abarrotada de trabalho, o que era bom, pois me impediu de pensar em quem não deveria. A semana transcorreu assim, em alguns dias tive almoços de trabalho e em outros tive um momento de paz com Juliana, me colocando a par do que estava havendo em sua vida. Na sexta-feira, Renata uma das gerentes juniores me convidou para um happy hour, estava cansada da semana, mas, nada melhor do que relaxar com uma boa bebida e quem sabe uma noite quente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A cor do amor (Livro 3 - Amores)
ChickLitLinda, leve e afrontosa. Agnes sempre foi um espírito livre, de um senso de humor maravilhoso, dona de um sorriso sedutor e um corpo arrebatador. Dona também de uma língua afiada, de uma personalidade forte e um coração enorme, Agnes é completamente...