Amor e conflito

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No dia após o jogo de quadribol eu estava no banheiro com Rosena, Penny e Rowan. Ismelda entrou, ficou me olhando de longe, parada! Quando eu estava saindo, falou:
- Você acha que a Mérula gosta de você? - e me olhou com um sorriso de canto.
Duvencel: Você é tão desesperada pelo amor dela que precisa vir até mim tentar me fazer desacreditar no quanto ela me ama?
Ismelda: Ela já disse que te ama? - como ela ousa me perguntar justamente sobre isso?
Duvencel: O que eu e a Mérula vivemos não é da sua conta, Ismelda! Sei que deve ser difícil não ser o tipo dela, mas você vai superar!
Ismelda havia mudado o sorriso de canto para um olhar emputecido:
- Você acha que vocês vão dar certo? Você age como se Mérula tivesse que ser como você quer? Até quando acha que ela vai aguentar ter que se encaixar no seu mundinho? Você vai perceber aos poucos que vocês duas não vão dar certo e uma das coisas que vai separar vocês vai ser o quadribol! Quando a Mérula perder para vocês, você vai ver quem ela realmente é e não vai gostar! Ela ao menos te perguntou como você ficou depois do jogo de ontem? - Riu.
Rosena: Alice, vem... não fica ouvindo essas coisas! Ismelda é ridícula!
Ismelda: Eu ainda vou ver o fim de vocês!
Fiquei pensando no que Ismelda falou, durante a aula de poções. Eu estava distante e Mérula percebeu:
- Duvencel, não está preparando sua poção! Snape vai tirar pontos da Grifinória!
Duvencel: E você se importa?
Mérula: Como assim?
Duvencel: Eu sou da grifinoria, e quanto mais pontos perdermos, melhor para vocês!
Mérula: Por que está dizendo isso?
Duvencel: Nada! é só que... - Snape interrompeu:
- Vou precisar ir até as duas pombinhas e forçá-las a fazer a poção?
Duvencel: Conversamos depois da aula!
Após a aula, fui até a biblioteca pegar alguns livros e Mérula estava comigo. Ainda, em silêncio, eu sentia a respiração impaciente dela e o olhar de quem estava confusa!
Duvencel: Eu acho que tudo bem se você não gostar de perder, eu entendo! E eu sei que vai fazer tudo pelo seu time, tudo pela sua casa porque eu também faço! Acho que está tudo bem mas você não me perguntou como eu estava por ter perdido ontem...
Mérula: Eu estava feliz com a vitória da sonserina. Você queria que eu ficasse triste junto com você? Você me parabenizou? Acho que nenhuma de nós se importou com a Vitória ou a derrota da outra, Duvencel!
Duvencel: Ismelda estava certa! Nós duas não vamos nos entender, não nascemos para dar certo... nossas casas são diferentes e - fui interrompida por Mérula:
- E quando isso importou para você? Você agora escuta as bobagens dos outros?
Duvencel: Como você se sente tendo que se adaptar à mim e aos meus amigos?
Mérula: Você quer dizer... Como eu me sinto tentando ser melhor? Esse é o problema? Eu não sou boa e se eu não for boa você não vai me querer? E acha que estou querendo me adaptar à vocês? - Me olhou com cara de esnobe.
Duvencel: Você se acha melhor que nós? Talvez minha mãe não estivesse tão errada..
Mérula: Sua mãe, assim como você e todos os seus amigos idiotas, não passam de pessoas que fingem que são boas mas no fundo está sempre julgando e apontando o dedo na cara dos outros! Uma novidade, talvez difícil de ouvir: Vocês não são legais só porque não são da sonserina!
Duvencel: Mérula...
Mérula: Você está errada, sua mãe está errada! Eu não sou como meus pais e eu quero ser melhor do que eles foram! Por que você me ama?
Houve um silêncio... Mérula nunca havia falado que me ama mas demonstrava seu amor sempre que podia. Eu, falei que a amo e não consegui nem ao menos responder o porquê! Mas eu acho que se houver uma explicação, não vai ser amor. Amor a gente sente, vive! Se eu perco meu tempo tentando entender o porquê eu a amo, talvez eu não a ame... mas acho que Mérula, nunca entenderia meu silêncio! Passaram- se um mês desde que não estávamos mais juntas e os boatos pela escola eram os mesmos, porque afinal, todo mundo já sabia que não ficaríamos juntas! Ismelda conseguiu o que queria e agora andava com Mérula para cima e para baixo com um sorriso no canto do rosto!
Estava no treino de quadribol e nas arquibancadas alguns alunos de todas as casas assistia. Na verdade, creio que nem prestam muita atenção! Mérula, Barnabay e Ismelda estavam lá também! Marquei vários gols até que um balaço me acertou e eu caí! Desacordada, me espatifei no chão e não vi nada. Horas depois, acordei na enfermaria com Mérula ao meu lado!
Mérula: Duvencel??? Você está bem?
Duvencel: Mérula? Você está... você...
Mérula: Você precisa descansar!
Duvencel: Mérula... mérula..
Rosena chegou: Ela acordou!
Eu estava um pouco confusa ainda. Escutei Rosena comentar que havia algumas pessoas na escola para investigar o gelo maligno. É bizarro, temos torneio tribuxo, as criptas ainda nada se sabe e agora o ministério veio até à escola, por causa do torneio, mas acabou descobrindo o gelo maligno. Rosena está preocupada com irmão, o gelo está se alastrando, teremos uma partida de quadribol com a corvinal e eu só penso na Mérula!
Duvencel: O que está acontecendo?
Rosena: Muita coisa!
Rowan entrou na enfermaria: Rápido, todos precisam ir para seus dormitórios! - disse ofegante por ter corrido até ali!
Rosena: O que está acontecendo?
Rowan: Tem um lobisomen em Hogwarts. Dumbledore pediu que todos voltassem para os dormitórios. A lua cheia está surgindo e ouvimos os uivos!
Mérula: Vou ficar aqui com ela!
Duvencel: Está tudo bem! É a Chiara... ela toma acônito e não vai fazer mal à ninguém!
Rosena: É melhor nao arriscar!
Duvencel: Não contem à ninguém sobre ela! Eu descobri no segundo ano e a ajudei! Não contem nem para Penny!
As meninas foram para seus quartos  e Mérula ficou ao meu lado a noite inteira!
No outro dia Chiara me contou que apenas estava salvando outros lobos que estavam presos em Hogwarts! Me contou que alguém os prendeu e que já estava tudo bem! Eu sabia que não precisava de pânico mas Mérula não desgrudou de mim.
Encontei com ela no corredor e agradeci pela companhia!
Mérula: Seu jogo é amanhã?
Duvencel: Sim...
Mérula: Bom jogo!
Eu a puxei e a beijei naquele momento!
Duvencel: Eu te amo porque você é exatamente você! Quando você fica brava, você franze a testa e aperta as duas mãos! Quando você está tímida, você passa a mão no cabelo e olha para o lado! Quando você está triste, abaixa a cabeça como se assim ninguém fosse perceber! Quando eu disse que te amava na minha casa, você me olhou assustada! Quando você me beija, você se desmonta inteira! Você não é como seus pais e mesmo se fosse, eu te amei e te amo em cada detalhe seu! E agora, você não sabe o que falar, não sabe como agir e vai segurar minhas mãos! Talvez você até saiba o que dizer, mas se você disser, não conseguirá lidar com o seu muro caindo! Mesmo que eu já tenha tirado alguna tijolos, ele ainda está firme no chão, e está tudo bem!
Mérula segurou minhas mãos e eu sorri porque já sabia que era o que ela faria e eu apertei uma das mãos entrelaçando nossos dedos e com a outra mão  segurei em seu rosto para beijá-la, e percorrendo o olhar da minha boca aos meus olhos, ela me disse:
- Eu amo você, Duvencel!

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