Capítulo V - Quarto mistério

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Passaram as férias e ao descermos do trem comentamos sobre as aulas do terceiro ano. Penny disse:
- Vocês sabiam que esse ano iremos estudar sobre bicho papão? E que trouxeram um para hogwarts?
Mérula que, caramba, surgiu do nada, disse em tom de pânico:
- b-b-b-bicho p-p-p-pa...
Alice: O que foi Mérula? Não consegue dizer o nome? Qual o seu maior medo?
Mérula: Não tenho medo de nada, Alice! - Ela me chamou pelo primeiro nome novamente.
Alice: Não é o que parece! Tá se tremendo toda!
Mérula: Você é ridícula!
Penny: Se disser Riddikulus para o bicho papão, ele se transforma em outra coisa!
Mérula: Você está me zoando?
Todas riram, inclusive eu. Falei baixinho: Riddikulus é um feitiço usado contra o bicho papão, ele deixa de assumir a forma do seu medo para...
Mérula: Saia de perto de mim, Duvencel! - Disse me empurrando.
Certo! Mérula é difícil de lidar mesmo, já deveria ter me acostumado.
No salão, Dumbledore falou novamente para que todos se afastassem do que se encontra escondido, nos dizendo que, às vezes, não saber das coisas nos protege muito mais. Ninguém sabia por onde ele andou e esquecemos de pensar sobre isso com tanta coisa que aconteceu no último ano. Mas sabemos que ele foi atrás de alguém para alguma coisa das criptas.
Mérula ficou o tempo todo me olhando no salão enquanto o diretor fazia seu discurso, iniciando mais um ano em Hogwarts. Eu prestei atenção em cada palavra mas não conseguia parar de olhar para aqueles olhos roxos... por que Mérula tanto me olha? Por que nós somos assim uma com a outra? Sei que Mérula é rude com todo mundo mas comigo é diferente, e aquele dia... aqueles dias. Eu estou sorrindo mas talvez eu só queira ver bondade nas pessoas, assim como quando olho para Snape mesmo sabendo quem ele é. Certo! Também preciso saber qual maior medo de Mérula, ela ficou nervosa demais com o bicho papão.
Na segunda aula de defesa contra as artes das trevas havia uma caixa, aparentemente fechada, que se abriu quando Mérula se apoiou e um bicho papão saiu de dentro dela em forma de um homem desconhecido. Mérula ficou com tanto medo que seu pânico a fez se encolher como um bebê. Muitos começaram a rir porque Mérula Snyde, logo ela, estava com medo. Snape, que estava substituindo nosso professor, conseguiu conter o bicho papão, mas Mérula estava em estado de choque e nenhum de seus amigos da sonserina a ajudou. Eu peguei em suas mãos e Ben me ajudou a levantá-la.
Mérula: para onde vamos? - Vi uma pessoa frágil, amedrontada e nada rude na forma como soltou as palavras.
Alice: Conhece a sala Precisa?
Mérula: Não! - sorriu
Alice: É uma sala que aparece quando precisamos dela, tem tudo que quisermos lá e podemos ficar sozinhas, longe desse caos.
Mérula: Por que está me ajudando?
Alice: Ora, você me ajudou também! E por que eu não ajudaria você?
Mérula: Porque eu te trato mal.
Alice: Você trata todo mundo mal. - Rimos juntas.
Chegamos na sala precisa, passamos a tarde lá, foi quando contei sobre a chave e Mérula decidiu me ajudar a entender sobre os Viezzini. Ela abaixou a guarda mas não muito, não me contou quem era o homem que apareceu, provavelmente porque teme que seja usado contra ela algum dia.
Depois de uma tarde conversando na sala precisa, a convidei para ir na dedos de mel, em hogsmeade, comigo. E disse:
- Agora, você vai sair daqui e vai ser a durona que sempre foi, não mostre que está abatida.
Mérula: Acho que não quero ser durona com você.
Eu sorri, fiz carinho de dedos em suas mãos e me despedi.
Alguns dias depois fomos até a dedos de mel comprar chocolates e decidimos passar no três vassouras para tomar uma cerveja amanteigada.
Mérula: Então até aquele trouxa do Ben cooper está ajudando?
Alice: Mérula, não fale assim! Nós não somos melhores que os nascidos trouxas. Lembre-se que Ben não riu de você, mesmo você o chamando de sangue ruim. Ele até me ajudou a te levantar.
Mérula: Viezzini!
Alice: O que?
Mérula: Ali, naquela mesa. - Apontou para uma mesa afastada com uma cadeira escrita Viezzini em letras enormes.
Levantamos correndo e fomos até lá, mas ao chegarmos próximo a mesa, fomos surpreendidas por um velho que surgiu, advinhem? Do nada! Eu fico realmente pensando como todo mundo consegue apenas surgir.
O velho: Vocês não podem sentar aí!
Mérula: Seu velho imundo, não tem ninguém sentado aqui!
O velho: Vocês estavam em outra mesa, não precisam sentar aqui.
Alice: Percebemos que essa é mais afastada que as outras e achamos que seria bom sentarmos aqui para podermos ficar mais em paz, viemos tomar cerveja amanteigada e colocar estudos em dia.
O velho: Ora, vá estudar em outro lugar. Aqui não é local de estudo, garota! Todo mundo sabe que nada de bom acontece com quem cruza qualquer coisa dos Viezzini.
Olhamos uma para outra com um olhar de: "vamos ver o que ele sabe" mas provavelmente Mérula pensou assim: "Vamos ver o que esse velhote sabe".
Alice: Nós não sabemos dos Viezzini, é só uma mesa.
O velho: Não é só uma mesa. Eram 4 membros da família: A mãe, que lecionava em Hogwarts; O pai, que viajava e vinha visitar a esposa e duas filhas antes de partir. Gostavam de sentar nessa mesa, marcaram seus nomes nela. Tudo que possui seu nome marcado...
Alice: A chave... - Falei intrigada
O velho: Que chave?
Alice: Achava... eu disse: "Achava".
O velho: Achava o que, menina maluca? Deixa eu terminar!
Mérula: Você é um velho chato!
O velho olhou de canto de olho para Mérula, voltou seu olhar para mim, e continuou:
- Dizem que todo mundo desaparece também, se ousar sentar aqui ou ter qualquer objeto que os pertenceram.
Mérula: Então porquê essa mesa está aqui ainda? Por que não mandaram para lixo?
Alice: Porque não vai adiantar, devem estar presos em alguma maldição.
Mérula: Mas você guardou a chave...?
Alice: E-e-eu guardei.
O velho: Você está há quanto tempo carregando essa chave?
Alice: Alguns meses...
O velho: Pobre menina... - Disse, balançando a cabeça, em negação, e saindo de perto de nós.
Mérula: O que a gente faz?
Alice: Ele está mentindo. Não é a história real!
Mérula: Por que não?
Alice: Eu não sei. Ele fala muito, tem cara de quem gosta de contar estórias. Vem, senta aqui!
Mérula: Você está maluca?
Alice: Não! Venha ler de perto! Está escrito Viezzinis e não tem mais nada por aqui!!! Mais uma vez não achei nada!
Mérula: Vem, vamos embora!
Ao sairmos, avistamos um cartaz anunciando a festa azul que acontece em Hogwarts há cada 10 anos!
Mérula: Festa azul?
Alice: Vamos?
Mérula: Juntas?
Alice: Por que não? Vou chamar meus...
Mérula: Eu não quero saber dos seus amigos.
Alice: Então não vai comigo!
Voltamos para o castelo convidei as meninas e o Ben para todos irmos à festa. Mas Hortência, uma aluna veterana da corvinal, que passava por perto, logo disparou:
- Essa festa não é uma boa ideia. A cada 10 anos ela acontece e em todas as vezes, alguém apareceu morto no meio do salão um dia após a festa, e ninguém nunca sabe o porquê continua acontecendo e porquê, mesmo assim, as pessoas vão! Dumbledore tentou proibir mas não funcionou. Os cartazes surgem do nada, sem nomes de quem está convidando, é bizarro. No dia da festa, Dumbledore vai impedir que todos saiam de seus dormitórios, mas não há garantias.
Eu pesquisei durante a noite toda sobre a tal festa, e é verdade o que Hortência nos contou. Essa não! Outro mistério!









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