2. "Férias" em Paris

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18.03.2021- 2 dias antes da Primavera

O sol estava a pino, seu reflexo retinia nos tijolos da rua e feria os olhos, eu estava bebendo um harmonioso chocolate quente entre a La Jacobine e Un Dimanche à Paris.

E você pode estar se perguntando: " o que eu faço em Paris?" Bom, com minha experiência de quase morte eu aprendi a valorizar o simples da vida, o belo e o natural, por isso decidi viajar... Claro que não é tão simples, um sonho que tive uns dias atrás me revelou que era em Paris que Perséfone estava, sim, ninguém viu ela desde o dia da Batalha.

Paris estava um caos, um terremoto tinha ocorrido próximo a Torre Eiffel deixando-a como que empinada, da mesma forma que a Torre de Pisa, ainda com minha bebida em mãos saí andando pela cidade em busca do local perfeito para realizar um encantamento de busca, passei quase o dia todo andando, mas no fim achei melhor ficar nos degraus da Basílica de Sacré Coer, local silencioso.

Tirei minha mochila das costas e me preparei para realizar o encantamento. Sim, eu o estava fazendo só para confirmaram minha frustração, se nem os deuses haviam conseguido localiza-la que dirá eu?

Me concentrei e olhei para o céu com os braços erguidos, invoquei o meu mais novo poder que vinha de Thanatos, que me permitia fazer magias mais fortes, logo senti meu coração acelerar e meu corpo arrepiar, senti a energia que estava ao meu redor e começei a recitar as palavras mágicas, senti tudo que estava ao meu redor, as pessoas e suas intenções, cada poeira, cada passo, me estendi em direção a cidade que via em baixo, cada prédio, cada loja, cada tremor de terra.

Estava para desistir, pois já tinha lançado a magia por toda a cidade, e se tentasse mais, poderia atrair monstros, ou a Ordem de Hécate, quando de repende senti no meu íntimo como que um crec seguido de um silêncio.

"Consegui, não acredito!"

A deusa tinha sido esperta, com os deuses concentrados nos Estado Unidos as magias não seriam tão fortes para encontra-la. Preciso mandar uma mensagem de Isis para Ethan e avisa-lo.

Senti ela se deslocar, Ah, teria que fazer isso depois, saí do transe do encantamento e para minha surpresa pessoas me olhavam admirados e outros enchiam o chão ao meu redor de dinheiro, que tipo de pirocinese eu estava fazendo? Ou talvez uma mimica? A névoa também nos faz passar por situações constragedoras, com um aceno envergonhado desapareço junto com  meus pertences e claro, com o dinheiro.

Perséfone tinha se dirigido para um loja, um tanto tosca, de doces, a loja estava vaga, ela sentava de costas para a porta de modo que quem passasse não visse seu rosto, entrei na loja fazendo um feitiço que impediu o barulhento sino acima da porta de anunciar minha chegada.

Sentei-me educadamente na cadeira a sua frente:

- Bonjour, puis-je vous aider? (Oi, posso ajuda-lo?)

- Sua pronociotion (Pronúncia) é perfeita Perséfone.- Falei rindo.

- Ah! E quem seria você mesmo?- disse a deusa se levantando e se cobrindo com um casaco que estava pendurado na cadeira.

-Você não lembra de mim? Você já me segurou nos braços quando eu era bebê. -Falei permanecendo sentado.

Ela ficou de costas para mim contemplando a rua pouco movimentada.

-Ah! Sim, claro que eu lembro de você.- disse ela virando-se

Não podia ser, como eu pude ser tão estúpido, seus olhos mudaram de cor, deixaram de ter sua coloração de terra, seu cabelo passou a ser loiro, seu humor sempre amável desapareceu, e junto com  desapareceu tudo que estava a minha volta, senti uma profunda vertigem e a última coisa que ouvi foi a familiar gargalhada maldosa... de minha mãe.

As crônicas do Olimpo, Livro 2: Justiça OcultaOnde histórias criam vida. Descubra agora