Capítulo 31

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Nove meses depois

Sentada em uma cama de hospital e com uma linda menina em meus braços. Tenho que admitir que meu pai tinha razão, esse erro vai me trazer grande alegria, eu sinto isso.

Meu pai me observa juntamente com Elena e George se abraçando, o guarda-costas de meu pai que agora namora Elena. Em 9 meses eles se conheceram bem e se apaixonaram.

Aqui também está Nicolas e Amber juntamente com seu pai Mike.

Vocês devem estar se perguntando "e esses quem são?". Bem, eu vou explicar.

Meu pai ao logos desses meses teve um grande sócio mas também um grande amigo que por acaso é Mike. Assim, ele passava grande tempo na minha casa, e o mesmo tem dois filhos, um com 18 anos, o Nicolas e a Amber, com 16 anos.

Eles se dão muito bem e se tornaram grandes amigos meus, me visitaram todos os dias para saber se eu estava bem e até estudavam comigo, eu adoro passar tempo com eles. Criar esses novos amigos até me fez bem, mas eu ainda não esqueço os meus outros que sinto muitas saudades.

Agora voltando para esses mesmo, eu os contactei durante esse tempo algumas vezes, tentando não parecer tão grávida nas vídeo chamadas. A única pessoa que eu não via era Miguel, por aquilo que Xico me falou, ele voltou a ser o cara antes de me conhecer, aquele que pega todas da escola sendo o maior fodão e popular, mas ele está principalmente envolvido com Patrícia, isso me destruiu por dentro.

Henrique lá de vez em quando falava comigo, mas só quando era a mãe dele falando comigo, se não fosse isso, ele nem fazia, Xico me explicou que ele andava mais triste que o normal, o que me deixava triste e preocupada também. Minha mãe já tem a casa pronta e pelo que sei ela ainda trabalha com Susana e pretende lá ficar. Xico e Sofia ainda namoram e as coisas entre eles andavam muito bem. Com todas essas notícias, as coisas estavam normais.

O médico entra no meu quarto e pergunta:

- Como a menina se sente?

- Muito bem. - Digo com uma lágrima a correr pela bochecha.

- Já sabe o nome que vai dar à bebé?

- Melissa... O nome de minha avó. - Sorri para a menina que dormia em meus braços.

- Melissa Batista. Um nome muito bonito. Bem, amanhã terá alta. Agora descanse, daqui a pouco a Melissa acorda para beber o leite. - Fala o médico. - Com licença. - Ele sai do quarto.

- Achei bem bonito você dar o nome de sua avó. - Fala meu pai.

- Se fosse um menino dava o do avô. Eles eram como pais para mim, você sabe disso. - Sorri carinhosamente.

- Sei sim... Posso pegar na minha neta? - Assenti.

Passei Melissa com cuidado para ele. Meu pai falou:

- Tem seus olhos.

- Como consegue ver se ela ta dormindo? - Perguntei e todos sorriram segurando o riso.

- Já tinha notado antes. - O celular do meu pai toca. - Desculpa filha, tenho que atender. - Ele me deu a minha bebé com cuidado e saiu.

Admirei seu rosto tão pequeno e frágil, ela segurava meu dedo com sua mão minúscula o que dava vontade de apertar ela todinha em meus braços.

- Você tem a boquinha igual à do Miguel... - Falei baixinho para eles não ouviram. - Me desculpa minha princesa... - Dei um beijo com cuidado em sua testa.

- Você tá bem? - Pergunta Nicolas me olhando preocupado.

- Nunca estive melhor. Ser mãe aos 17 pode não ser a melhor coisa do mundo mas olha só para essa princesa! Ela é muito linda!

- Igual à mãe! - Fala Amber.

- Isso não posso negar. - Diz Nico.

- Vocês fazem companhia à Isabella? - Pergunta Mike e eles assentem. - Tenho uma reunião e não posso atrasar.

- Eu também. - Fala meu pai entrando no quarto. - Bom, eu vou andando, quando a reunião terminar eu passo por cá. - Ele vem até mim e beija a minha cabeça e a da Melissa. - Txau.

- Txau. - Falamos.

Dia seguinte

Finalmente cheguei em casa, eu não gosto lá muito de hospitais, o habiente não é bom.

Melissa está dormindo aqui na sala em um berço enquanto eu estou jogando de tabuleiro com Amber e Nicolas.

- Ganhei! - Grita Nicolas.

- Xiu! - Eu e Amber mandamos ele se calar.

- Desculpa... Eu esqueci ué! - Ele diz levantando as mãos.

- Vou no banheiro. - Me coloco de pé e ando até ao banheiro.

Faço minhas necessidades e depois lavo as mãos e a cara. Eu estava cansada, o melhor que eu tinha a fazer era dormir. Mas seria falta de educação mandar eles embora. Suspiro e saio do banheiro.

Quando chego na sala vejo Nicolas embalando Melissa enquanto chorava e Amber tentando ajudar.

- O que houve? - Pergunto pegando minha filha.

- Ela começou a chorar e tentamos fazer ela voltar a dormir. - Diz Amber.

- Ela tem fome. - Fala Elena aparecendo na sala. - Você tem que a alimentar Isabella.

- Tá bom. - Sento no sofá e coloco meu peito de fora para ela beber o leite.

Elena ficou ali me ajudando, afinal eu só tinha 17 anos. Amber começou a arrumar o jogo juntamente com Nicolas que estava meio inquieto.

- Já vão? - Pergunto.

- Sim, você é mãe neh? Agora tem que ter essa responsabilidade para não falar que tem de descansar. - Diz Amber.

- É... - Fala Nicolas ainda meio inquieto.

- Tudo bem? - Pergunto ao mesmo.

- Sim... - Ele diz tentando evitar me olhar.

- O meu maninho aqui parece que nunca viu um seio antes! - Zoa Amber dele.

- Cala a boca! - Ele dá um tapa leve na cabeça dela e rimos.

- Adolescente... - Diz Elena sacudindo a cabeça.

- Bom, vamos indo. Txau! - Eles saíram e fiquei sozinha com Elena na sala.

- Isabella. - A olho. - Você sabe que ela vai precisar da parte paterna, não?

- Eu sei... - Suspiro olhando minha filha.

- Mais tarde ou mais cedo vai ter que arranjar uma solução... Nem que seja um namorado!

- Namorado não! Não quero mais homem! - Ela riu.

- Mas Miguel... Você quer, certo? Ele é um caso diferente.

- Não. - Encaro minha menina.

- E Henrique?

- Também não. - Digo tentando deixar claro que quero acabar com aquela conversa.

- Tudo bem. Entendo. Vou fazer o jantar.

- Tá bom.

Elena saiu e fiquei sozinha na sala de estar. Liguei a TV tentando não incomodar Melissa a beber o leite e fiquei assistindo um filme que passava lá.

Elena tinha razão, minha filha precisa de uma parte paterna. Mas ela acabou de nascer e eu já não estou pronto para partilhar esse ser com ninguém.

Veremos como vai ser o resto de minha vida e da vida da minha filha.

Fim

Entre Dois IrmãosOnde histórias criam vida. Descubra agora