Capítulo 2

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- Tudo bem? - Pergunta Xico quando chego. - Você tá com uma cara...

- Foi a cara que meus pais me deram. - Sento do seu lado entregando a garrafa de água. - Desculpa... É que eu me encontrei com a varrida da Patrícia...

- Eita...Sabe que daqui a uma semana vai ver ela mais vezes!

- É eu sei. É meio triste as férias estarem terminando, nem aproveitei nada. Meu pai, com o casamento e minha mãe, enfim, sempre trabalhando.

- Entendo, mas pelo menos demos uns passeios por aí de bicicleta e skate, lemos suas histórias de romance e ficção e ouvimos minhas novas batidas! - Ele finge tocar bateria. - E para terminar... Você me obrigou a correr logo de manhã em vez de me deixar aproveitar as férias para dormir!

- Não queria que você ficasse sedentário. - Eu ri. - Devia era me agradecer!

- Ah tá! Obrigada! - Ele ri. - Não é melhor você ir para casa?

- É, você tem razão. - Me coloco de pé arrumando minhas coisas. - Você vem?

- É claro! Quero me despedir do seu pai! Ele também é como um pai para mim.

Então fomos embora e chegamos lá na casa de minha mãe. Vi que meu pai ainda estava lá porque tinha o carro dele estacionado bem na frente.

Os meus pais apesar do divórcio deles, eles dão-se bem. Eles simplesmente decidiram se separar porque perceberam que não não se amavam como antes e eu respeitei isso. Eles mal se viam e quando isso acontecia eles estavam cansados do trabalho.

Eu e Xico saímos de nossos "transportes" e vemos Patrícia beijando o tal cara da lanchonete, eu conheço esse cara não só da lanchonete...

- Nossa! Pelos vistos os boates de Patrícia ter pegado Miguel na escola é verdade!

- Dou tanta importância a essa gentinha que eu até esqueci que ele era o tal popular Miguel da nossa escola.

- Como assim? Tá falando do quê? - Ele me olha confuso.

- Nada, esquece. Era só que ele tava lá na lanchonete com ela e já não sabia quem ele era, mas quando chegamos o vi melhor e tive a sensação que o conhecia de algum lado, e aí está o lado.

- Hum...tou surpreso! Miguel não é de pegar uma garota por muito tempo... Será que o relacionamento é sério... Ou não? - Ele coloca o, dedo nos lábios pensando.

-Tou nem aí! Vamos entrar.

Abro a porta com a chave que minha mãe me deu porque essa também é minha casa e eu costumo, quer dizer, contumava vir aqui para passar um tempinho com ela e lá de vez em quando até dormia aqui, mas raramente.

- Oi pai! Oi mãe! Oi Carla. - Falo sem emoção nenhuma quando a vejo.

- Papai só veio dar um beijo em você.

- Acho bem! - O abraço. - Boa viajem!

- Obrigado minha filha, se porte bem! Continua sendo responsável e uma boa entrada para a escola também. - Ele beija minha testa. - Vou ligar sempre que puder!

- Obrigada papai! Vai lá! Não quero que perca o avião por minha causa! - Dou um olhar frio à Carla.

Meu pai me dá muitos beijinhos no rosto me fazendo rir. Ele se despede de nós e sai com Carla.

Espero que corra tudo bem...Não falo só da viajem mas sim do futuro do meu pai e de Carla juntos. Eu sei que ela está com meu pai por dinheiro, mas não é só por essa razão que a odeio, ela é mesmo má pessoa, ela me tratou mal e isso não vou esquecer nem perdoar.

Entre Dois IrmãosOnde histórias criam vida. Descubra agora