Nem com todas as forças do mundo se é capaz de suportar a indiferença. Todavia, numa realidade hipotética onde ocorra a existência de uma pessoa plenamente boa, a mesma, ainda assim, nunca será imune ao descaso aparente da falta de afeto verdadeiro dos que o cercam.
A verdade, cada vez mais subjetiva aos olhos de todos, explana um delírio coletivo de uma amarga rotina, com intensas e gélidas relações, cada vez mais reais, cada vez mais nítidas no imaginário.
Com toda certeza, o que se preserva no discurso, se ausenta no lidar com o outro, olho no olho, face a face, mas que se materializa num coletivo constante de transações afetivas de manutenção de aparências.
O que fica mais nítido a cada linha escrita nas velhas folhas finas e encardidas do universo, é a máscara frente ao rosto do desejo, chamado, solidão.
E o que se confirma a cada passo dado em direção ao desejo mais próximo é a inevitável e lastimável companhia de si mesmo.
Sozinhos estamos todos, sempre estivemos, pois nada é mais concreto e certo do que a sua própria presença para sempre enquanto você existir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Resiliência
PoesíaPoemas, escritos e crônicas. "Não existe agonia maior do que guardar uma história não contada dentro de você" Deem destaque, assim vocês estarão me ajudando e me incentivando a sempre escrever mais. Talvez mais textos sejam acrescentados.