Capítulo 7

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- É isso mesmo que ouviu, mas agora conta. Por que é que ele precisava

- Primeiro vai me contar essa história, dona princesa. Tá achando que vai namorar meu chefe e amigo de infância e eu não vou surtar? Tá enganada

- Tá bom, tá bom. Eu dormi lá essa noite e no meio da... ele me pediu em namoro

- Pera aí lindona! Vocês transaram? Meu sobrinho tá aí dentro já?

- Ai louca, não né

- Então ele usou preservativo?

- Quer os detalhes, é isso mesmo?

- Claro fofa, você sabe que eu estou vivendo de migalhas de vocês desde antes de ontem. Aliás, eu nunca vi o Serkan assumir uma garota tão rápido desde a...

- A quem?

- Ih, senta que lá vem história

- Lembra que eu disse que eu fui praticamente morar com o Serkan? Então. Foi assim: ele tinha uma namorada, a Elif. Ele era apaixonado por ela, tipo, muito mesmo. Eles namoraram por anos, até que ela engravidou. Eles ficaram noivos e casaram em menos de uma semana. Foi tipo, UAU! O Serkan nunca foi muito sociável, então aquilo foi um susto pra gente, mas ela era boa pessoa, então tudo certo. Quando ela tava de mais ou menos uns sete meses, ela ficou doente de uma coisa, tipo, que NINGUÉM, absolutamente ninguém conseguiu descobrir. Sabiam que aquilo não fazia mal pro bebê, que era uma menina inclusive, mas não sabiam se era ruim pra ela. Alguns dias depois de descobrir a doença ela morreu. Quem encontrou ela foi o Serkan. Ele era novinho, nós dois éramos. A gente chegou, porque nesse dia eu ia visitar ela, que também era minha amiga. Quando entramos, e chamamos por ela, não ouvimos resposta. Ele saiu desesperado atrás dela e eu também. A Ayfer tinha saído, pra comprar coisas pra casa mesmo sabe, tipo, produto de limpeza e tudo mais. Eu tava no jardim quando ouvi ele gritar. Eu sai correndo e quando cheguei lá, encontrei ele no chão, ao lado dela, que já estava branca e fria. Ele fazia carinho nela. Eu nunca vi o Serkan chorar tanto. Eu liguei pra ambulância, mas não adiantou, a Elif e a bebê tinham morrido. Depois disso, o Serkan se tornou mais frio e distante, e eu ia lá todos os dias pra que ele não fizesse besteira. Depois disso, ele só teve uma namorada, que ficou grávida dele também, mas perdeu o bebê antes dos três meses. Ele ficou muito triste. Por um minuto ele achou que tinha recuperado a filha, mas a menina perdeu o bebê cedinho. Não tinha o que fazer. Ele ficou mal, bem mal. E essa é a história do seu namorado, dona Eda

- Caramba, eu não sabia de tudo isso, eu nunca imaginei

- Quase ninguém imagina, só eu e Ayfer sabemos. Agora você também sabe

- Obrigada por me contar amiga

- Imagina, acho que precisava

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Depois do almoço a Ceren foi embora, me deixando com uma pulguinha atrás da orelha.
Realmente eu e o Serkan não tínhamos usado proteção. E se eu estivesse grávida? Ele ainda ia me querer, ou ia lembrar de tudo e me mandar embora?

Eram mais ou menos cinco da tarde quando ele me mandou uma mensagem dizendo quem tinha vencido o concurso que eu fui desclassificada. Adivinha: a Selin ganhou. Aquela loira do caralho conseguiu o meu lugar. Filha da prostituta que deu a luz! Não sei como o irmão dela pode ser tão gente boa. Mesmo assim.
O Serkan também me chamou para ir lá na casa dele, comemorar o "1° dia de namoro". Muita cara de pau, não? Enfim. Eu fui. E passei uma das melhores noites lá. Caramba, como aquele homem consegue?! Eu acordei de manhã no outro dia e vim pra casa, e foi assim pro resto da semana.

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E aí arkadaşlar? Tudo suave? KkkkkDemorei mas cheguei...Gostaram? Esperavam esse passado do Serkan? HihihiEu sou má, não?!

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Beijinhos maléficos,

Lilith

Mrs. E Mr. BolatOnde histórias criam vida. Descubra agora