On the Edge (Sooshu / Shujin)

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Oii, estou de volta!! Minhas aulas começaram, então não vai ser mais tão frequente...

Essa humilde autora é uma incansável stan de GG, então, tem um GG maravilhoso que não tem tanto reconhecimento: Dreamcather, o conceito delas é uma coisa mais terror, cheia de teorias. As músicas além dos vocais incríveis tem um instrumental maravilhoso. Ontem elas lançaram a nova música que é parte da trilogia de álbuns Dystopia. Se chama Odd Eye. Se puderem vão lá <3

E sem mais delongas... Boa leitura!!!

Andando mais uma vez por aquele labirinto disfarçado de castelo, naqueles corredores com cheiro de mofo, sombrios e um tanto intimadores. Seguia os passos da Soojin, quer dizer... eu tentava, por causa da irregularidade do piso, somado ao fato de eu não estar enxergando quase nada, eu vivia tropeçando.

-Perdão por não trazer uma vela, esqueci realmente, nós não temos problemas em andar no escuro.

-Pe-percebi.

Disse isso, tropeçando outra vez. Queria enfiar minha cabeça embaixo da terra e não sair mais de lá
Ela falou gentilmente, tentando me consolar:

-Mas estamos quase...

Nem senti, quando vi já tinha me desequilibrado tanto que não consegui me sustentar em nada, e fui ao chão.

Puro e simplesmente assim, senti uma pressão mais forte em meu joelho e no outro momento, eu jazia naquele chão frio...

Que vexame.

Meu joelho ralado. E fiquei deitada ali no chão, com dor e vergonha.

-Shuhua, tá tudo bem? -Sua voz estava aflita.

Tampei a cara com as minhas mãos e veio uma onda de constrangimento, ao mesmo tempo que comecei a rir da minha situação, imaginei me vendo de cima. Eu simplesmente caí igual a uma fruta madura demais...

A minha risada ecoou pelo corredor e logo ouvi a de Soojin também.

Comecei a gargalhar mais levada pela risada da outra do que pelo acontecido.
Cômico e trágico.

Entre risadas ela me disse:

-Vem, hahaha, me dá a mão.

Senti sua mão encostar na minha e logo ela me levantou.

Meu joelho estava dolorido, mas nem me importava com isso..

-Ai ai... Que vergonha.-Rindo um pouco mais.

-Que tombo...
Ela riu

Quando eu parei para pensar melhor... ela estava rindo. Que saudade que eu estava disso. Normalmente variávamos entre conversas tensas e assuntos não tão interessantes, á uma conversa tranquila e sem propósito.

Ela fez outra coisa inesperada: não soltou.

O que em primeiro instante fiquei boquiaberta, sentindo aquela mão... Não tão quente, na minha.

-É caso você perder o equilíbrio de novo- Ela falou baixinho.- Não se iluda, estou fazendo isso só porque não quero que caia novamente.

Não evitei de sorrir.

-Você sabe que eu consigo te ver claramente, não é?

Sem pensar muito soltei:

-Não preciso mais esconder meus sentimentos, você já sabe deles.

Silêncio. Escuto apenas nossos passos, ainda estamos de mãos dadas. É claro que eu queria ouvir uma resposta da parte dela Tem borboletas no meu estômago. Estou muito animada, quase eufórica por causa daquele simples toque. O segundo pensamento que me veio foi: não importa se ela responda hoje ou não, estamos fazendo um progresso, pequeno, mas já é alguma coisa.