11 | Defesa |

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Emilly narrando:

   Chego em casa ao lado do visconde. Nosso casamento foi marcado para o mesmo dia do da Cassandra — Ideia da minha mãe. Vou para a biblioteca. Pego um livro aleatório e me sento na cadeira próxima a janela.
   Ouço a porta se abrir e tiro meus olhos do livro.
— O que está lendo? — Pergunta Apolo.
   O ignoro. Ele sabe que não gosto dele, então porque ainda quer se casar. Ele coloca uma cadeira ao lado da minha.
— Eu te fiz uma pergunta — Ele puxa o livro das minhas mãos.
   Tento me controlar, me levanto e saio da sala.
   Vou até o celeiro onde Alaric está. Ele está dando comigo ao relâmpago.
— Eu definitivamente ODEIO aquele homem! — Digo me aproximando dele.
— Tenta ficar calma, não é como se você fosse se casar com ele mesmo. — Diz Alaric saindo do celeiro com um balde vazio. O sigo.
— Eu sei mas... Ele é muito... — Não encontro uma palavra boa o suficiente para expressar minha fúria.
— Eu sei. Acha que eu não sei — Diz Alaric voltando seu olhar para mim — Ele veio aqui e me jogou no estrume dos cavalos — Revelou.
— E você não fez nada!? — Pergunto indignada — Por que?!
— Ele poderia reclamar ao seu pai, que poderia me demitir e eu nunca mais veria o Nicolas. — Diz indo até o poço.
   O sigo novamente.
— Falando nisso... Ele vem aqui hoje — Digo. Alaric larga o balde e se vira para mim.
— Sério?! — A sua felicidade é bem óbvia — Vou... Tomar banho — Ele sai correndo.
   Fico rindo da sua preocupação. Vou até o estábulo e pego meu cavalo.
   Monto o saio cavalgando.
   Depois de um tempo volto para casa, é quase a hora do chá. Entro e vou até o meu quarto. Quando entro Apolo está deitado na minha cama.
— O que você está fazendo aqui? — Pergunto
— Queria ver você, querida — Ele diz sínico — Onde estava?
— Saía do meu quarto AGORA! — Grito.
   Ele vem até mim e segura meus braços com força.
— Sua resistência não servirá de nada — Ele diz — Nós vamos nos casar e você não poderá fazer nada para impedir isso.
— É o que você acha. Eu nunca vou desistir!
— Eu pensei que poderíamos... Ensaiar a nossa lua de mel — Ele Diz olhando friamente os meus olhos — O que você acha?
— Me solta! — Grito — MÃE SOCORRO! ALGUÉM!
— Seus pais saíram e os empregados também. Estamos sozinhos minha querida. Você não vai escapar de mim.
   Consigo me livrar das suas mãos e corro até a porta. Mas ele se coloca a frente.
— Saí daí agora — Digo com o coração acelerado.
— Vamos querida... — Ele tranca a porta e coloca a chave no bolso da calça — ...Vem cá meu amor.
   Ele me agarra, e passa as mãos pelas minhas pernas.
— Me deixa em paz! — O empurro com toda a minha força, ele cai no chão e bate na parede. — Seu doente!
   Ele se levanta e vem até mim.
— Eu falei pra me deixar em paz! — Grito.
   Reúno toda a força que tenho e dou um soco no seu rosto.
— AAAaaaaahhhhhh!!!!! — Ele grita e cambaleia para trás com a mão no rosto — Meu nariz! — Ele tira a mão do rosto e vejo que seu nariz está sangrando muito.
   Corro até ele me dou outro soco, dessa vez no seu olho. Ele tenta me dar um soco de volta mas seguro seu braço.
— Meu pai, sempre me ensinou a lutar — Digo virando o braço dele que grita — Exatamente para me defender de homens como você!
   Ele geme e grita de dor. Chuto suas pernas e ele cai no chão. Me abaixo, pego a chave do seu bolso e abro a porta.
— Pense três vezes, antes de se aproximar de mim novamente — Cuspo no seu rosto.
   Saio do quarto. Vou até a cozinha e pego um pouco de água. Meu coração está acelerado. Por um momento achei que não conseguiria. Que bom que meu pai sempre me disse que eu deveria aprender a me defender. Vou até a sala de estar e ouço minha mãe chegar com Cassandra e Nicolas. Sorrio. Não vou contar a Cassandra o que aconteceu mas, para minha mãe eu vou.

A PrometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora