02 | SUZY.

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SINA DEINERT.

O hotel realmente fazia jus ao nome e a toda fama que tinha. Logo quando pisei os pés na minha suíte, fui surpreendida por um kit de sabonetes, shampoo, condicionador e mais algumas coisas necessárias para que eu pudesse usar nos dias em que estivesse por aqui.

Abri a mala e tirei todas as roupas, colocando-as em cima da cama para poder decidir qual seria a que iria usar para sair com Noah hoje à noite. Olhei para as três calças que havia trazido e optei por uma legging, pois eu não fazia ideia de qual lugar ele iria me levar e eu preferia estar confortável para qualquer situação. Escolhi a camisa e os sapatos antes de me dirigir ao banheiro e me deparar com uma banheira consideravelmente grande e um longo sorriso se abriu em meu rosto.

Em cima da bancada do banheiro, um balde com uma garrafa de champanhe e uma taça estavam apenas esperando para que eu pudesse usá-los, e foi o que eu fiz. Queria aproveitar ao máximo todos os dias que teria aqui, então nada melhor do que um brinde a mim mesma por ter conseguido chegar aqui.

Quando acabei de abrir a garrafa e despejei um pouco do líquido na taça, fiz um brinde a mim mesma na frente do espelho e sorri, dando o primeiro gole em seguida. Enquanto terminava de beber, coloquei a banheira para encher e joguei alguns sais de banhos e óleos perfumados, e bastaram alguns minutos para que o cheiro inundasse o ambiente.

Tirei as minhas roupas sujas de aeroporto e coloquei a mão na água para medir a temperatura antes de entrar por completo e sentir todos os meus músculos tensionados do desconforto do avião irem relaxando aos poucos, conforme os jatos de hidromassagem faziam seu devido trabalho. A sensação era tão boa que eu acabei fechando os olhos, aproveitando para relaxar também e quase perdi a hora.

Saí da banheira e me enxuguei rapidamente, vestindo a roupa que havia separado, arrumando o cabelo e fazendo uma maquiagem simples. Cerca de vinte minutos depois, me olhei no espelho por uma última vez e peguei uma bolsa, colocando os itens importantes para finalmente pegar o elevador e descer para o térreo do hotel.

Quando cheguei, Noah já estava sentado em uma das inúmeras poltronas de couro espalhadas e continuei a andar em sua direção, atraindo sua atenção quando estava alguns centímetros mais perto.

— Oi! — Ele disse e se aproximou de mim, me abraçando.

— E aí, vamos? — Perguntei, ansiosa.

Noah soltou uma risada e apertou o meu nariz de levinho.

— Vamos, apressada. — Ele estendeu o braço para que eu pudesse me apoiar e assim que o fiz, pude sentir o seu perfume delicioso invadir as minhas narinas e confundir um pouco do meu sentido.

Noah me guiou para fora do hotel e parou em frente a uma moto preta que estava com dois capacetes em cima.

— Suzy, essa é a Sina. Sina, essa é a Suzy. — Noah disse e eu olhei ao redor, procurando por qualquer espécime feminino que pudesse atender aos requisitos de ser Suzy, mas tudo o que eu via eram pessoas andando de um lado para o outro cuidando de suas respectivas vidas.

— Quem é Suzy? — Perguntei, franzindo o cenho.

Noah passou as mãos na parte acolchoada da moto e abriu um sorriso. — Suzy é a minha moto.

— Ah. — Segurei uma risada e olhei para a moto em nossa frente. — É um prazer conhecê-la, Suzy.

— Ela está muito feliz de te levar pra passear hoje, pode ter certeza. — Ele disse e sorriu mais uma vez, pegando um dos capacetes e estendendo em minha direção para que eu pudesse pegar.

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