MEETING ↯ noart

10 | DINNER.

NOAH URREA.

Sina chegou no meu apartamento por volta de 17:30h com várias sacolas, algumas malas e uma bolsa pendurada no braço direito. Assim que vi a figura loira tentando equilibrar tudo ao mesmo tempo, corri para ajudá-la e ela me agradeceu, depositando um rápido selinho em meus lábios quando as mãos ficaram livres.

— Oi. — Falei e nesse mesmo momento Angus veio em nossa direção, abraçando a perna de Sina, que não hesitou em sair do meu abraço para acariciar o cão.

— Oi, bebezão. — Ela fez um carinho na cabecinha de Angus, que colocou a língua para fora e fechou os olhos, deixando explícito a sua alegria por estar recebendo carinhos. — Estava com saudades de você.

— E de mim não estava com saudades? — Perguntei e cruzei os braços, fingindo estar com ciúmes.

Sina sorriu e se levantou, envolvendo minha cintura com os braços. Apoiei o queixo em sua cabeça e a abracei de volta, inspirando seu cheiro maravilhoso.

— Nós nos vimos ontem, mas eu também senti saudades. — Disse, contra o meu peito.

Nos afastamos após alguns segundos e olhei fixamente em seus olhos, que brilhavam, me encarando de volta.

— Precisamos fazer o jantar. — Lembrei e Sina começou a se mover em direção à cozinha, sendo seguida por Angus e por mim.

— Eu comprei alguns ingredientes para fazermos uma lasanha de quatro queijos. Você pode colocar o vinho na geladeira, por favor? — Ela começou a tirar os ingredientes de dentro das sacolas e os espalhou sobre a bancada da ilha. — Ah, e pode vir me ajudar. Você vai cortar essas cebolas aqui e depois pode fazer o molho branco.

Me aproximei dela e separei as cebolas para cortar, como ela havia pedido. Antes de fazer a função, coloquei uma playlist diversificada para tocar enquanto preparávamos a receita. Às vezes eu esquecia de fazer a minha parte porque parava para apreciar a forma como Sina cozinhava com perfeição. O cheiro inundava todo o apartamento e até Angus percebeu, pois soltava alguns latidos de vez em quando.

Terminamos de montar a lasanha na travessa e colocamos a mesma no forno, indo arrumar a mesa logo depois.

— Você é um ótimo ajudante, Noah. — Ela elogiou e eu sorri, enquanto colocava duas taças sobre a mesa. — Obrigada.

— Não fiz mais do que a minha obrigação, linda. Nós dois vamos comer, então não é justo que você faça tudo. — Falei e ela sorriu.

— Sabe... — Sina começou a falar e olhou para o chão, meio envergonhada. — Pode parecer bobo, mas nós dois cozinhando assim hoje me deu uma prévia de como vai ser a nossa vida daqui a duas semanas.

Um sorriso se abriu em meu rosto por saber que ela pensava em nós dois juntos.

— Eu tenho certeza de que tudo vai ser melhor porque vamos estar juntos, boozie. Tem ideia de como vou ser sortudo por acordar ao seu lado todos os dias?

— Tenho certeza de que assim que você ver como eu acordo vai repensar a ideia de ser sorte ou azar. — Ela riu e me fez rir também.

— Impossível. — Apertei o seu nariz de levinho, como de costume.

Conversamos sobre os planos para as próximas semanas. Sina já iria deixar algumas coisas por aqui para não correr o risco de pagar taxa extra de bagagem, e só de pensar que o fato de ela realmente estar vindo morar comigo iria se tornar realidade em algumas semanas meu coração já se enchia de ansiedade e expectativa.